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O último encontro com o Pe. Dall’Oglio na cela do Daesh em Raqqa

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29 Julho 2021

 

O relato de um enfermeiro sírio: “Trouxeram um homem encapuzado. Era o abuna Paolo. Na manhã seguinte, o levaram: ‘Ele vai entender o que é a liberdade’, disseram. Depois, não sei o que aconteceu”.

A reportagem é de Riccardo Cristiano, publicada por Avvenire, 28-07-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Uma memória que, ano após ano, alimenta iniciativas de diálogo inter-religioso: trata-se do Pe. Dall'Oglio, sequestrado no dia 29 de julho de 2013 em Raqqa – em revolta contra o regime e que estava prestes a ser hegemonizada pelo nascente Estado Islâmico – aonde ele tinha se dirigido para uma “mediação”.

O testemunho a seguir, depois de anos de silêncio, acrescenta importantes notícias sobre as primeiras horas do sequestro. Enquanto isso, multiplicam-se as iniciativas no rastro do ensinamento do jesuíta: nesta quarta-feira, no Centro Fonte di Ismaele, em Roma, Francesca Dall'Oglio, junto com Riccardo Cristiano, explicará a figura do irmão a menores não acompanhados, convidados pela estrutura de acolhimento. Nessa quinta-feira, em Verona, Combonifem, Nigrizia e o Conselho Islâmico de Verona organizam uma noite de reflexão a partir de frases do Pe. Paolo Dall’Oglio e da sua experiência no Mosteiro de Mar Musa, na Síria.

Ele me disse que posso mencionar o seu nome, mas eu prefiro citar apenas as suas iniciais: A. K. O que importa é o relato deste refugiado sírio, muçulmano observante, que fugiu de Raqqa em 2015. Depois de um bombardeio, ele se pôs em marcha, rumo à rota balcânica. A viagem que o levou à Europa durou quase dois meses: quando chegou à Alemanha, fez a sua opção de realocação.

Ele me falou muito sobre aquela viagem: “Os voluntários? Você não sabe como eles foram importantes para mim. Não só pela comida, mas também pela força que eles dão a você. É incrível como importa que alguém faça você entender que a sua vida tem um valor. O que eles fizeram por nós, nenhum país muçulmano fez. E agora eu sou voluntário da Cruz Vermelha”.

Isso me interessou: com um querido amigo sírio, tínhamos decidido ir ouvir o que ele queria nos dizer sobre Paolo, mas eu não escondo as minhas dúvidas. Muitos se apresentam dizendo que sabem de Paolo aquilo que não sabem, com muitas finalidades.

Mas ele me surpreendeu, porque imediatamente deixou claro que não sabia o sobrenome de Paolo. “Todos o chamavam de abuna – pai – Paolo. E nós gostávamos do que ele dizia.”

O relato: “Eu era enfermeiro em Raqqa e, assim, conheci combatentes de todos os grupos sírios, especialmente os mais ativos, islamistas ou ativistas de outras ideias. Eram todos dos nossos, como nós, expressões do povo, empenhados na nossa luta contra o regime. O Daesh, não. Quando o grupo se fortaleceu, ele nos pediu que lhe jurássemos lealdade, mas nós nos recusamos. Como enfermeiros, não podíamos jurar lealdade a ninguém, muito menos a esses estrangeiros que toda Raqqa sabia que eram infiltrados de muitos serviços secretos. Assim, uma noite, eles me prenderam porque, segundo eles, ao lhes negar lealdade, eu estava negando ajuda aos irmãos. Eles me levaram para a prisão, para o quartel-general”.

Pode ser que, devido à complacência de alguém que ele conhecia ou que ele havia ajudado e havia passado para o Daesh, o enfermeiro não acabou nos alojamentos, mas em uma pequena sala contígua. Depois, levaram outro prisioneiro, encapuzado. Ele tirou o capuz. “Era Paolo. Os carcereiros nos proibiram de nos falar, mas Paolo logo me perguntou onde estávamos. Eu lhe disse, e ele manteve um ar tranquilo.” Mais algumas palavras, e chegou um miliciano que se plantou entre eles para interromper aquela comunicação: “Então, eu comecei a pensar em mim, estava aterrorizado que me entregassem aos membros do regime”.

Que dia era? “Não sei, era 2013, durante o Ramadã.” De fato, Paolo foi sequestrado durante o Ramadã.

“Na manhã seguinte, o chefe da segurança do Daesh, Abu Hamza Riadiyyat, pegou o Pe. Paolo, dizendo com tom de deboche e maldade que ele queria fazer com que ele entendesse o que era a liberdade de que os ocidentais tanto falavam. Eu percebi isso como uma sentença [de morte], mas agora penso que agir assim não respondia ao método deles. O Daesh filmava todas as suas execuções. Porém, não sei o que aconteceu depois, mas senti que o condenariam, porque ele trabalhava na informação.”

Assim que foi sequestrado, foi dito que os líderes do Daesh estavam irritados com as acusações de Paolo Dall’Oglio sobre os seus massacres de curdos. “Me soltaram pouco depois, dizendo para não contar a ninguém o que eu tinha visto. Mas há muito tempo eu quero dizer que Paolo foi sequestrado pelo Daesh, embora eles ainda neguem isso. Era um verdadeiro amigo do povo sírio: não podemos esquecê-lo.”

Eu estava prestes a me despedir dele, quando o enfermeiro acrescentou: “Sabe, sobre os refugiados na Europa, eu vi que aqui se escreve muito sobre os maus tratos, que existem, mas não sobre o bem que é feito por muitos. Não está certo essa atitude de colocar os povos contra si mesmos”.

Não sei muito sobre ele, mas pensei que Paolo teria gostado do seu tom: ele não fazia exames de sangue do próximo, mas dizia: “Humildemente, fraternalmente, nos oporemos às cercas dos pertencimentos bloqueados”.

 

O jesuíta do diálogo

 

Paolo Dall’Oglio, 67 anos, jesuíta incardinado na Igreja síria, desapareceu em Raqqa. Expulso após 30 anos pelo regime, no distante 1982 ele iniciou a reestruturação do Mosteiro de Mar Musa, onde fundou uma comunidade monástica com a vocação para o acolhimento e o diálogo com o Islã.

Apesar dos inúmeros apelos e do interesse do Departamento de Estado dos Estados Unidos, que em 2019 prometeu uma recompensa a quem fornecesse notícias, não se soube mais nada sobre o seu destino.

 

A expulsão, o retorno à Síria e o desaparecimento

 

16 de junho de 2012 – Após 30 anos de permanência, o Pe. Paolo Dall’Oglio tem que deixar a Síria, expulso pelo regime por apoiar a revolta popular.

27 de julho de 2013 – O jesuíta retorna às escondidas a Raqqa, na Síria, em uma tentativa de abrir uma “mediação”, aparentemente para a libertação de alguns prisioneiros.

29 de julho de 2013 – Em Raqqa, há meses em revolta contra o regime e onde começa a conquista por parte do Daesh, os vestígios do jesuíta se perdem.

 

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