28 Agosto 2019
Frente a tantas agressões que sofrem do presidente, o Conselho Indigenista Missionário - Cimi manifesta solidariedade aos povos originários do Brasil.
A nota é publicada por CIMI, 27-08-2019.
O presidente Bolsonaro insiste na mentira e na sorrateira tergiversação. Diante da devastação ambiental provocada por desmatamentos e queimadas criminosas, especialmente na região amazônica, mantém atitude incendiária e de repugnante agressividade aos povos originários e aos seus direitos de existência digna.
Com isso, afronta e violenta não somente os povos indígenas, mas também a própria Constituição Brasileira, que garante a eles o direito originário às suas terras tradicionais devidamente demarcadas e protegidas, onde possam viver dignamente com suas organizações sociais, costumes, línguas, crenças e tradições (Artigo 231 da Constituição Federal).
O Artigo 20 da Constituição Brasileira estabelece que as terras indígenas são Bens do Estado brasileiro. Frente a isso, as acusações, públicas e recorrentes, do presidente da República de que a demarcação de terras indígenas atentaria contra o interesse e a soberania nacional são conscientemente falsas, injustas e potencializam o preconceito, o racismo e o sentimento de ódio contra os povos indígenas, cidadãos brasileiros historicamente vilipendiados e violentados em nosso país.
Frente a tantas agressões que sofrem do presidente da República, o Cimi manifesta irrestrita solidariedade aos povos originários do Brasil e reitera o compromisso no apoio às lutas que fazem em defesa de suas vidas e projetos de futuro.
Respeite os povos originários e a Constituição de nosso país, presidente Bolsonaro.
Conselho Indigenista Missionário (Cimi)
Brasília, 27 de agosto de 2019
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Bolsonaro mente e afronta a Constituição brasileira ao atacar os povos indígenas. Nota do Cimi - Instituto Humanitas Unisinos - IHU