03 Mai 2018
As vítimas encontraram-se com o Papa entre os dias 27 e 30 de abril e, ao final desses dias, esperam que “o Papa transforme em ações exemplares e exemplificadoras as suas carinhosas palavras de perdão”.
A declaração é publicada por Il Sismografo, 02-05-2018. A tradução é de André Langer.
Depois de passar quase uma semana na Residência Santa Marta, compartilhando com o Papa Francisco, gostaríamos de dizer o seguinte:
Durante quase 10 anos fomos tratados como inimigos porque lutamos contra os abusos sexuais e o acobertamento na Igreja. Nestes dias, conhecemos um rosto amigo da Igreja, totalmente diferente daquele que conhecíamos antes.
O Papa nos pediu formalmente perdão em seu nome e em nome da Igreja universal. Reconhecemos e agradecemos por este gesto e pela enorme hospitalidade e generosidade destes dias. Agradecemos também ao padre Jordi Bertomeu que, a pedido do Papa, nos acompanhou e soube transformar esta estadia em algo construtivo.
Não depende de nós fazer as necessárias mudanças na Igreja para deter a epidemia de abusos sexuais e o acobertamento.
Esperamos que o Papa transforme em ações exemplares e exemplificadoras suas carinhosas palavras de perdão. Caso contrário, tudo isso será letra morta.
Finalmente, gostaríamos de repetir que decidimos aceitar este convite em nome de milhares de pessoas que foram vítimas de abusos sexuais e do acobertamento da Igreja Católica. Eles deram o sentido à nossa visita.
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Declaração da coletiva de imprensa de James Hamilton, Juan Carlos Cruz e José Andrés Murillo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU