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Livro revela lados desconhecidos do falecido Papa Francisco

Foto: Vatican Media

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11 Novembro 2025

Um livro lançado recentemente na Argentina mostra dois lados do Papa Francisco igualmente desconhecidos do público em geral: o de amigo íntimo e o de diretor espiritual.

A reportagem é de Eduardo Campos Lima, publicada por Crux Now, 09-11-2025.

Escrito por Gustavo Vera, ativista de direitos humanos e ex-vereador de Buenos Aires, La Amistad no se Negocia (A Amizade Não é Negociável, 2025 Editorial Autores de Argentina) é baseado em cartas trocadas entre Vera e Jorge Mario Bergoglio (primeiro como arcebispo, depois como pontífice) ao longo de 17 anos de amizade.

O livro narra a história da relação incomum entre um membro de alto escalão do clero e uma ativista de esquerda, e demonstra como Bergoglio, pouco a pouco, conquistou o coração de Vera – não apenas com suas palavras sábias, mas também com seus atos.

Livro La Amistad no se negocia, de Gustavo Vera.  (Foto: Reprodução)

Muitos capítulos narram como Bergoglio guiou Vera em sua jornada de fé – grande parte dela uma jornada de recuperação – enquanto outras partes apresentam aos leitores os pensamentos de Vera sobre diferentes questões e problemas. Sua lealdade e compromisso com o relacionamento com um amigo próximo são uma camada onipresente da obra.

“Quando o conheci, eu estava cético em relação a uma igreja tão voltada para si mesma. Mas, ao ver sua coerência e como suas palavras correspondiam às suas ações, comecei a entender que ele era um homem muito especial”, disse Vera ao Crux.

Junto com o professor católico e ativista social Juan Grabois e outros, Vera é membro fundador da La Alameda, uma ONG especializada em tráfico de pessoas, exploração laboral, escravidão moderna e prostituição. Eles procuraram Bergoglio quando souberam que ele era uma das poucas vozes na sociedade a denunciar a exploração dos mais pobres.

Bergoglio concordou prontamente em colaborar com eles. Um mês após a primeira conversa, ele celebrou uma missa em um bairro pobre em homenagem às vítimas do tráfico humano e da exclusão social.

Um capítulo descreve como o então arcebispo havia preparado uma homilia e a levado consigo. Mas, ao entrar na igreja e ver todas aquelas pessoas pobres, com seus rostos de sofrimento e desespero, ele decidiu conversar com algumas delas e ouvir suas histórias. Acabou esquecendo-se da homilia que havia escrito e falando diretamente do coração.

“Ele tinha uma ligação muito forte com os pobres. Conversava com eles, dava-lhes um abraço, comovia-se com eles. Essas coisas me tocaram profundamente”, recordou Vera.

Ele também ficou surpreso com o estilo de vida austero de Bergoglio. Como cardeal, Bergoglio optou por morar em um apartamento comum e usar o sistema de transporte público da cidade.

“E era algo autêntico, a maneira como ele pegava um ônibus ou visitava uma favela. Ele repudiava qualquer tipo de ostentação”, disse Vera, lembrando-se de alguns provérbios que Bergoglio costumava usar, como “Quanto mais alto, mais baixo”.

“Quando suas responsabilidades aumentam, você precisa ser mais humilde”, explicou ele.

As missas do arcebispo contra o tráfico de pessoas e a exploração laboral entre 2008 e 2012 foram parte central da luta da ONG. Nesse período, foram identificados 1.200 bordéis e 2 mil oficinas clandestinas. Diversas organizações criminosas por trás do tráfico de pessoas – das quais agentes policiais faziam parte – foram desmanteladas.

Bergoglio visitou La Alameda em diferentes ocasiões e os laços com o grupo se fortaleceram. Depois de algum tempo, eles se tornaram bons amigos.

Quando a ONG denunciou uma rede de prostituição que operava em propriedades pertencentes a um juiz da Suprema Corte (aliado da então presidente Cristina Fernández), veículos de imprensa simpáticos à elite dominante acusaram Bergoglio de estar por trás do "ataque" e chamaram Vera e seus colegas de "trotskistas de Deus".

Após Bergoglio ir para Roma e ser eleito Papa Francisco, Vera o encontrou diversas vezes durante eventos relacionados aos direitos humanos. Uma parte fundamental da amizade entre eles, no entanto, era a correspondência epistolar. Escrever para Jorge tornou-se um ritual semanal para Vera.

O livro apresenta trechos de muitas dessas mensagens. Em muitas delas, Vera descrevia suas lutas contra a exploração e o aliciamento do trabalho, relacionando-as com passagens bíblicas que estudava ou sobre as quais meditava.

Francisco, por vezes, respondia com poucas palavras e explicava que estava ocupado preparando uma viagem, por exemplo. Mas sempre incluía uma reflexão sobre a passagem bíblica mencionada pelo amigo, aprovando sua compreensão do texto.

Por vezes, as respostas do papa eram longas e aprofundavam-se nos significados das Escrituras, relacionando-as a acontecimentos recentes na vida de Vera, na Argentina ou no mundo. Discutiam Judas Macabeu, Oséias e o Livro dos Atos dos Apóstolos, entre muitos outros.

Foi nessa dinâmica que surgiu a figura do diretor espiritual. Francisco deu uma Bíblia a Vera em 2014, e ele a estudou meticulosamente nos anos seguintes, discutindo continuamente sua compreensão com seu mentor.

“Bela figura a de Jó. Compreendo o que me diz sobre o momento que La Alameda atravessa em relação a Jó. Mas para Jó foi um tempo de consolo, não se esqueça disso. E tenho a certeza de que você está a viver esse momento. É um tempo de fecundidade”, comentou o Papa certa vez em resposta a uma carta em que Vera discutia alguns problemas enfrentados pela sua ONG.

Em outra carta, Francisco comentou a menção de Vera a uma passagem do Livro de Isaías (43, 1-7):

“O texto de Isaías é profundo. Pode nos dar a impressão de ser uma utopia, mas não é: é uma promessa. Quando as utopias estão enraizadas na história de um povo, como é o caso de Isaías, elas representam uma esperança real para o futuro”, escreveu Bergoglio, acrescentando que gostou da interpretação de Vera.

Em 2017, quando o presidente de direita Mauricio Macri governava a Argentina e o clima sociopolítico não era favorável aos ativistas de direitos humanos, Vera enviou a Francisco uma longa carta descrevendo a situação no país e mencionando uma passagem de Judite.

“A figura de Judite é inspiradora para todas as lutas humanas. Uma mulher de Deus, corajosa, realista e concreta. Ler o Livro de Judite me dá força espiritual”, escreveu Francisco em sua resposta de 20 de agosto.

Vera também conversava com o Papa Francisco sobre seu trabalho no Vaticano e como líder internacional. Antes de visitas a outros países, ele frequentemente informava Francisco sobre a situação sociopolítica e suas opiniões sobre os assuntos mais urgentes.

Por sua vez, Francisco comentava aqui e ali sobre suas próprias batalhas, como a reforma financeira que promoveu no Vaticano – um momento muito difícil para ele, como definiu Vera.

“Esses foram os momentos mais difíceis de seu pontificado”, disse ele.

Apesar dos desafios, em seus encontros com o papa, Vera percebia que ele estava muito satisfeito com suas responsabilidades e gostava de fazer as coisas à sua maneira.

“Ele foi para Santa Marta porque simplesmente não conseguia ficar longe das pessoas comuns. E os trabalhadores o adoravam e cuidavam muito bem dele”, acrescentou.

Certa vez, os dois estavam jantando quando um funcionário do Vaticano se aproximou de Francisco e sussurrou algo em seu ouvido. O papa riu e disse a Vera: “Ele disse que um cardeal está chegando e que está a pé. Deixou seu carro de luxo bem longe daqui. Ele só está a pé para fingir que é um homem simples.”

O livro aborda todos os grandes temas do pontificado de Francisco: o diálogo inter-religioso, a proteção da nossa casa comum, o abuso infantil na Igreja e a política argentina.

“Ele nunca se esquivava de assuntos problemáticos. Se metia em todo tipo de encrenca”, disse Vera. Segundo ele, Francisco sempre tentava construir pontes para criar as condições necessárias ao progresso, especialmente em temas como guerra e paz, proteção ambiental e direitos humanos.

Em meio a tudo isso, ele nunca se esquecia de enviar uma carta ao amigo pelo aniversário dele, de falar sobre a saúde da mãe de Vera, de fazer piadas sobre futebol e de contar piadas.

“Ele se lembrava de detalhes sobre mim anos depois e os mencionava. Algumas dessas coisas me surpreendiam e me emocionavam. Para ele, a amizade era algo muito sério”, recordou Vera.

Escrever o livro foi uma forma de lidar com o luto pela perda de um amigo, disse Vera. “Sua presença foi enorme na minha vida”, concluiu.

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