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Como a corrida por data centers está reescrevendo a política energética dos EUA

Foto: Brett Sayles | Pexels

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09 Setembro 2025

Os Estados Unidos passaram anos com o consumo de eletricidade praticamente estagnado. De repente, a inteligência artificial entrou em cena e mudou este quadro. O Departamento de Energia estima que os data centers, que em 2023 já consumiam cerca de 4,4% da eletricidade do país, podem chegar a algo entre 6,7% e 12% até 2028, o que equivale a 325 a 580 TWh. É muita coisa em muito pouco tempo. O problema é que não dá para erguer uma linha de transmissão de energia como quem atualiza um aplicativo.

A reportagem é de Thiago de Aragão, publicada por RFI, 08-09-2025.

 No operador PJM, a maior malha do país, que cobre do Meio-Atlântico ao Meio-Oeste, as projeções de carga deram um salto. O relatório de 2025 fala em crescimento médio de 3,8% ao ano no pico de inverno na próxima década, um ritmo raríssimo para padrões norte-americanos e puxado por novas cargas gigantes. Não à toa, o próprio PJM abriu um processo acelerado para criar regras específicas de conexão de megacargas, em especial data centers. É a burocracia tentando correr atrás da nuvem.

A dinâmica econômica também mudou. Por anos, as Big Techs compraram certificados que comprovavam que uma certa quantidade de eletricidade foi gerada a partir de fontes renováveis, (Certificados de Energia Renovável, RECs) ou através de contratos de compra e venda virtuais ou financeiros de energia a longo prazo, em que não havia entrega física; o termo de compromisso era usado para fixar um preço da energia no mercado e garantir previsibilidade financeira.

Agora, a discussão é sobre lastro: contratos longos de energia física, isso é, o comprador garante a compra de uma quantidade de energia ou a produção de um parque renovável. A Microsoft, por exemplo, assinou um contrato de compra e venda de energia elétrica (PPA na sigla em inglês) de 20 anos com a Constellation, empresa americana de produção de energia de baixo carbono, para viabilizar a retomada da usina nuclear de Three Mile Island. A Meta fechou outro contrato de 20 anos com a mesma empresa para o complexo nuclear de Clinton, em Illinois. Esses arranjos não são apenas marketing de sustentabilidade; são a forma de garantir gigawatts 24/7 para operações que não podem piscar.

Nem tudo, porém, é plug and play. O caso Amazon–Talen, na Pensilvânia, em que um data center foi construído colado à usina nuclear de Susquehanna, virou novela regulatória. A FERC rejeitou duas vezes o acordo de interconexão que buscava ampliar o fornecimento direto “porta a porta”, por temores de custo e impacto na rede compartilhada. A moral da história é simples: estar perto de uma usina ajuda, mas não anula as regras sobre quem paga pelo fio. Esse recado já foi ouvido em outros estados.

E quem paga, afinal? Alguns estados começaram a definir tarifas e classes específicas para hipercargas. Na Virgínia, a Dominion propôs uma categoria nova de tarifa para data centers muito grandes e, em paralelo, ganhou autorização para construir uma linha de transmissão que atende apenas um hyperscale em Alexandria. A decisão gerou protestos de bairros vizinhos e revelou o óbvio: a “nuvem” tem 230 kV e passa no quintal de alguém.

Demanda real e fantasma

Do lado dos planejadores, há outro nó difícil: o que é demanda real e o que é “demanda fantasma”? Com a corrida por IA, desenvolvedores entram em múltiplas filas de conexão ao mesmo tempo, muitas vezes para o mesmo projeto. O resultado é um inchaço artificial dos números que pode levar a redes superdimensionadas e depois subutilizadas, e essa conta sobra para o consumidor. O Wall Street Journal contou bem essa história dos “data centers que nem existem e já assombram a rede”.

No Sul, a Georgia Power redesenhou seu plano de recursos para segurar o carvão por mais tempo, investir em baterias e gás adicional e ampliar solar, tudo com um olho atento nos data centers. É uma boa síntese do momento: a transição energética continua, mas a sequência das peças mudou por causa da IA.

E a nova geração de tecnologias nucleares? Os SMRs, reatores nucleares pequenos, que prometem menor investimento inicial e maior segurança, estão no radar, mas o combustível HALEU, que tem a Rússia como a única fornecedora em escala, ainda é o gargalo. A empresa americana fornecedora de combustível nuclear, Centrus, atingiu, em junho, a marca de 900 kg produzidos, um marco histórico nos EUA. Mas o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) projeta necessidade de 50 toneladas por ano até 2035. Em outras palavras, promissor, porém não no tempo dos data centers que entram em operação entre 2026 e 2028. Até lá, o que existe de nuclear “na prateleira” é estendera a vida útil e aumentar a potência licenciada dos reatores nucleares existentes, sem construir uma nova usina.

Mas existem alternativas realistas para sair desta situação. A primeira delas é a velocidade frente à governança. A rede americana foi desenhada para crescer devagar, mas a IA trouxe ritmo industrial para o setor de serviços. A resposta institucional da agência federal dos Estados Unidos responsável por regular o setor de energia elétrica, a FERC, de operadores e de comissões estaduais, é tentar casar prazos de obras civis com os ciclos de investimento da nuvem. Já o operador regional de rede elétrica PJM cria trilhos específicos para grandes cargas. E é justamente isso: admitir que data center é um bicho regulatório próprio.

A segunda é a adicionalidade, e não apenas a energia “verde”. PPAs que evitam o fechamento de usinas reais, como Three Mile Island, ou que financiam extensões de licença, como o caso da Meta em Clinton, têm impacto sistêmico muito maior do que certificados genéricos. É uma virada importante: a descarbonização corporativa passa a cuidar do estoque de confiabilidade do sistema, e não apenas do saldo anual de MWh limpos.

A terceira é quem paga a fiação. Tarifas especiais e obrigações de investimento para novos hiperconsumidores devem deixar de ser teoria e se transformar em prática. Contratos de conexão mais rígidos, redução ou restrição da geração de energia em horas de pico e, quando fizer sentido, contribuição direta para linhas e subestações são necessários. Sem isso, a distribuição indiscriminada dos custos gera reação política, que já começou nas audiências públicas.

O quarto ponto é a eficiência e a flexibilidade. Nem todo watt de IA é igual. O treinamento de modelos pode ser agendado; a inferência, nem tanto. O setor que aprender a deslocar treinamento para janelas de baixa demanda, ou para regiões com folga, vai reduzir o capex de rede e ganhar poder de barganha regulatória. Esse é o lado B menos glamoroso da IA: software de orquestração e contratos com SLAs elétricos, que garantam que o serviço entregue cumpra padrões mínimos de qualidade e desempenho.

No curto prazo, o quadro será inevitavelmente misto: um pouco mais de gás para segurar o pico, nucleares antigos monetizando sua firmeza via Big Tech, solares e baterias crescendo de escala e muita obra de transmissão. A visão de fundo, porém, é de reencaixe. A rede americana sempre foi uma grande obra pública, implicitamente financiada por toda a base de consumidores. A IA está forçando um experimento de responsabilização privada pelo lastro, e isso pode ser saudável se bem regulado.

O risco, claro, é o inverso: projetar para o exagero fantasma e socializar custo demais. O sinal de alerta já aparece nas projeções do DOE, que falam em até 12% da eletricidade em 2028, e nas avaliações sazonais da NERC, a entidade responsável por garantir a confiabilidade e segurança do sistema elétrico da América do Norte, que vêm registrando aumento de risco diante de picos mais altos e usinas envelhecidas. O desafio é achar o meio-termo entre subestimar a nuvem e construir para miragens. No fim das contas, a “conta de luz da IA” chega na mesma caixa de correio que a nossa.

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