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25 Julho 2025

"Suas palavras nos obrigam a escolher que lado tomar: o lado daqueles que buscam impor sua própria medida de vida digna aos outros, ou o lado daqueles que exigem o direito de cada um de se confrontar livremente seu próprio limite?"

O artigo é de Massimo Recalcati, psicanalista italiano, publicado por la Repubblica, 23-07-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A carta-testamento com a qual Laura Santi decidiu se despedir da vida, escrita com uma lucidez extraordinária que contrasta com o momento trágico dessa decisão final, não pode ser considerada um epílogo. Seu gesto final não foi de encerramento, mas de abertura. Em primeiro plano, de fato, não está a morte, mas a vida e seu direito de ser vivida com dignidade até o fim. Não está em jogo a rejeição da vida em nome da morte, mas um apelo para salvaguardar a possibilidade de uma vida que possa preservar sua humanidade até o fim. É o gesto de alguém que reivindica o direito de morrer não como um animal acossado pelo mal, mas como um sujeito que decide o limite de sua própria resistência.

Se lermos atentamente essa última carta-testamento, não podemos ignorar mais uma vez a violência com que a doença arrancou Laura de sua vida e sua subsequente resistência tenaz, que durou anos, semanas, dias, a uma dor que não lhe dava trégua. Deveríamos então santificar essa dor, impô-la como purificação da alma dos seus pecados, segundo uma loucura teológica que faz da própria dor um sinal de impureza moral? Não foi o próprio Jó, na realidade, quem primeiro denunciou esse engano? O mal não é sinal de uma impureza, porque pode atingir também a vida dos justos e dos inocentes. Não seria, então, apenas um preconceito religioso que impede a prática de um autêntico ato de piedade que poderia aliviar a vida daqueles que sofrem sem qualquer esperança de recuperação? A dor e a doença que não deixam escapatória não são sinal de um significado oculto, mas apenas de uma dura adversidade que pode nos forçar à rendição. A recusa daqueles que escolhem o suicídio assistido nunca é uma rejeição da vida, mas uma recusa de reduzi-la a uma vida já morta. Se Laura Santi fez essa escolha dramática, é porque, aos seus olhos, sua vida não possuía mais as características fundamentais da dimensão humana; simplesmente se tornara impossível de suportar.

Mas é uma rendição que não é de forma alguma uma capitulação. Trata-se, isso sim, de uma revolta contra a retórica tóxica da "luta" que transforma o doente num gladiador obrigado a lutar pelo voyeurismo de quem talvez desconhece essa dor sem fim e se permite julgá-la considerando-a como necessária. Mas necessária a quê? Nenhum defensor da eutanásia pretenderia impô-la como a única opção possível. Somente o indivíduo sofredor e sem esperança deveria poder pedir livremente para ser acompanhado a deixar uma vida que se tornou irreconhecível por ser fonte constante de tormento.

A experiência humana do limite não pode, como tal, ser regulada universalmente. Cada um deve ter a oportunidade de enfrentá-la em plena liberdade. Existe uma maneira certa de morrer? A morte natural seria a morte certa? Mas cada indivíduo não se humaniza justamente por se separar da imediatez do instinto animal, assumindo a responsabilidade pela própria vida? É por isso que o suicídio é um ato tão trágico quanto supremamente humano. Dever-se-ia sempre demonstrar respeito por aqueles que se entregam à morte por serem atormentados por uma doença incurável.

O legislador levará em consideração adequadamente esse princípio? Se Laura Santi decidiu, em sua carta-testamento, tornar sua morte um evento público, é para demonstrar a necessidade de salvaguardar a dimensão humana da vida, não para promover a morte como solução para a dor da vida. Muito pelo contrário, ela escreve que aproveitou a vida até o fim, até o último instante, e que certamente teria desejado mais se não tivesse sido esmagada pelas dores excruciantes impostas pela doença. Como não estar perto dela, não se solidarizar com sua escolha, não se sentir unidos a todas as pessoas que estiveram ao seu lado, a quem ela amou e a quem agradece em suas últimas palavras? O suplício de uma vida repleta de dor e de absoluta falta de esperança torna sua negação um paradoxal ato de vida. Nesses casos, como já escrevi nas páginas deste jornal, a própria morte pode se tornar um dom.

Caso contrário, a obstinação terapêutica pode ser considerada uma nova e brutal forma de biopoder que confunde a sobrevivência com o direito à vida.

Laura Santi transformou seu corpo, devastado pela doença, em um magistério, mostrando-nos que somente ao doente cabe a liberdade de decidir como encontrar o seu limite. Não como um escravo acorrentado a máquinas ou cuidados paliativos que não conseguem mais aliviar a dor. Em sua carta-testamento transmite não apenas a tristeza inevitável de alguém que teve que deixar seus entes queridos e sua própria existência prematuramente, mas também um gesto político corajoso que nos lembra que as leis servem para proteger a humanidade do ser humano, não para violá-la sadicamente. Suas palavras nos obrigam a escolher que lado tomar: o lado daqueles que buscam impor sua própria medida de vida digna aos outros, ou o lado daqueles que exigem o direito de cada um de se confrontar livremente seu próprio limite?

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