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A morte removida e a despedida impossível. Outro sentido de “eutanásia” como tarefa comum. Artigo de Andrea Grillo

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25 Março 2020

“Euthanasia, no sentido mais antigo, é precisamente o modo humano, não indiferente e não alienado de morrer. É apenas isso, mas é isso que nos falta agora.”

A opinião é do teólogo italiano Andrea Grillo, professor do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, em artigo publicado em Come Se Non, 23-03-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Os caminhões do Exército italiano que transportam os caixões dos mortos pela pandemia a cemitérios distantes, para a cremação, sem qualquer sinal de condolências, sem acompanhamento, sem uma palavra, são o sinal de um “ponto cego” do sistema de luta sanitária contra a pandemia.

No isolamento generalizado, morre-se sozinho e se é sepultado à parte, sem a presença de pessoas, de palavras, de flores, de lágrimas. Aqui, encontramos o “caso-limite” de uma sensibilidade em relação à morte que tende cada vez mais a “removê-la”, a “apartá-la”.

Corresponde a isso também um constrangimento da teologia, que há muito tempo sabe muito bem como as “formas” afetam a substância.

Tentemos refletir brevemente sobre a questão geral e sobre a sua figura particular nestes dias.

A morte já estava “isolada”

O constrangimento da atual teologia da morte em relação à “remoção do morrer” que avança na sociedade pós-moderna havia sido reconhecido profeticamente por K. Rahner, há muitos anos:

“Ao contrário do que ocorria no passado, nos dias de hoje, quando o doente morre agora em hospitais totalmente anônimos, o morrer não conhece mais um ‘estilo’” [1].

Por isso, hoje, diante de tal remoção, sem renunciar à grande contribuição da teologia, devemos redescobrir necessariamente a grande tradição civil e eclesial que cuida do “exitus medico”, sem deixá-lo à autoridade necessária, mas não suficiente, da competência em saúde.

Em outras palavras, não se trata de se distanciar dos “casos” de morte, de levar o morrer novamente à essência, mas sim de cuidar dos mínimos detalhes do acompanhamento à “eu-thanasia”, às formas de elaboração do luto, dos gestos, das palavras, das música, das vestes e dos silêncios que acompanham e consolam o moribundo e quem sobrevive a ele.

A grande tradição cristã se confiou a grandes “símbolos rituais”, que hoje podemos redescobrir com eficácia.

Os ritos de despedida não podem ser reanimados, se tivéssemos que nos despedir dos ritos. Toda elaboração do luto precisa de delicados limiares expressivos e simbólicos, sem os quais se cai inevitavelmente em uma progressiva privatização da experiência do morrer.

Hoje, não apenas na Igreja, existe uma expectativa urgente de palavras e de gestos de autoridade, que saibam combater a afasia generalizada. Em última análise, trata-se de aceitar uma mediação ritual da teologia pascal, sem podermos permitir fugas para soluções abstratas que, como tal, não constituem mais uma resposta suficiente à nossa crise. A morte, que já estava isolada, em regime de “quarentena” é reduzida a um número.

A morte “descartada” não é um destino

O grande compromisso assumido nestas semanas pela máquina sanitária não pode impedir que muitos homens e mulheres saiam da “reanimação” não reanimados, mas sim mortos. A melhor organização sanitária não pode impedir isso. Na verdade, está ciente disso.

Se, como ocorreu nos últimos dias, dezenas e dezenas são os falecidos em um único hospital, isso significa que todos esses pacientes pioraram e perderam a vida totalmente desprovidos de qualquer outra companhia senão a profissional e funcional dos cuidados médicos.

Uma pessoa “próxima”, que conforte, que segure a mão, que acaricie, que console não estava lá e não podia estar. Mas é inevitável que seja assim? É inevitável que, nestas circunstâncias, nas quais é realmente razoável fazer todo o possível para que cada paciente sobreviva, se reanime e retorne à saúde, não haja nada de planejado e previsto para o caso de agravamento, de fase terminal e de condolências?

Talvez, nesse âmbito, a Saúde, por um lado, e as Igrejas, por outro – todas as Igrejas e todas as fés –, possam fazer algo forte e necessário. Talvez uma “força de presença simbólica” – que seja presença junto ao doente e mediação dos parentes – poderia ajudar a re-humanizar um fim que, do modo como ocorre agora, alcança níveis de estranhamento e de indiferença realmente perigosos.

Talvez, nesse ponto, as instituições civis e as instituições religiosas possam reconhecer um dever de cuidado que hoje é difícil, mas não impossível de honrar. Não só cuidado do viver e da vida, mas também cuidado do morrer e da morte.

Euthanasia, no sentido mais antigo, é precisamente esse modo humano, não indiferente e não alienado de morrer. É apenas isso, mas é isso que nos falta agora, e nós podemos, ou talvez devemos, ter a coragem de questionar essa falta de humanidade – que o sistema, e não os indivíduos, produz estruturalmente. E fazemos isso como uma cidade e como Igreja, para fazer valer uma exigência elementar, mas muito preciosa, que diz respeito não só ao fiel, mas sobretudo ao cidadão.

Nota:

1. RAHNER, K. Il morire cristiano. Bréscia: Queriniana, 2009, p. 33.

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