07 Julho 2025
Proposta inclui reconhecimento dos territórios indígenas como ação e política climática. Indígenas defendem que TIs sejam declaradas zonas livres de atividades de exploração
A reportagem é de Júlia Mendes, publicada por ((o))eco, 04-07-2025.
Vinte e oito organizações indígenas da Bacia Amazônica elaboraram a primeira Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) indígena, com demandas dos povos para a COP30. Entre as propostas, está o reconhecimento e proteção de todos os territórios indígenas como política e ação climática, em especial os territórios com presença de povos indígenas isolados e de recente contato; o financiamento direto e autonomia financeira; a representação e participação efetiva nos espaços de decisão climática; a proteção dos defensores e defensoras indígenas; a inclusão de sistemas de conhecimento indígena como estratégias de mitigação, adaptação e restauração ambiental; e o estabelecimento dos territórios indígenas da Amazônia como áreas livres de atividades extrativas.
A declaração foi entregue durante a Pré-COP Indígena à ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e à representante do Ministério de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, Maria Violeta Medina. O evento teve ainda a presença de autoridades como Luiza Valadares, do Ministério de Relações Exteriores do Brasil, do Ministério de Relações Exteriores do Brasil, e de Maggie Charnley, diretora de Florestas e Clima do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido.
“Não haverá futuro possível sem os Povos Indígenas no centro das decisões globais. Os Estados devem respeitar nossos direitos, incorporar nossos conhecimentos ancestrais e garantir a proteção dos territórios indígenas para conceber estratégias de mitigação e adaptação mais eficazes”, traz o documento. A declaração completa pode ser acessada pelo link.