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África, lições de democracia. Artigo de Marco Trovato

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13 Mai 2025

Muitas vezes descartada como um fracasso irreparável, a democracia africana é retratada por analistas e pela mídia ocidentais como um sistema em colapso, dominado por golpes, regimes autoritários e repressão violenta. Mas um olhar mais atento revela uma realidade diferente. Retomamos sobre o assunto o editorial da edição de maio da Revista África (4 de maio de 2025).

O artigo é de Marco Trovato, em artigo publicado por Settimana News, 12-05-2025.

Marco Trovato é o diretor editorial da revista África, nascida há cem anos, uma das vozes mais influentes do continente. Trovato viaja pelo continente africano desde 1990, realizando pesquisas e reportagens.

Eis o artigo.

“A democracia em África está morta.” É o que cada vez mais analistas e observadores ocidentais pronunciam, diante do que parece ser o fracasso de líderes políticos acusados ​​nas ruas de corrupção, clientelismo e má governança.

Nos últimos anos, grandes áreas do continente foram assoladas por uma onda de instabilidade política, marcada por protestos em massa, repressão violenta e tendências autoritárias que testaram severamente as instituições democráticas. Golpes voltaram a proliferar — nove nos últimos cinco anos —, trazendo as autocracias militares de volta à moda, enquanto alguns "dinossauros" políticos continuam firmemente no poder: Teodoro Obiang governa a Guiné Equatorial desde 1979, Paul Biya, Camarões, desde 1984, Yoweri Museveni, Uganda, desde 1986.

Outros líderes estão se encaminhando cada vez mais abertamente para o autoritarismo, eliminando oponentes, fraudando eleições e restringindo liberdades. Do Sahel à África Central, passando pelo Chifre da África, não apenas juntas militares, mas também governos formalmente civis têm reforçado seu controle com medidas cada vez mais repressivas destinadas a sufocar a dissidência. Em muitos casos, as eleições foram reduzidas a meras formalidades, como em Ruanda, onde no ano passado Paul Kagame foi reeleito com mais de 99% dos votos.

Diante desse cenário, cresce o ceticismo quanto ao futuro da democracia africana. Alguns analistas e think tanks falam de uma crise irreversível. Mas será que é mesmo assim? Ou nossa visão é parcial? Golpes e revoltas monopolizam a atenção da mídia, mas há sinais opostos que merecem consideração.

Preenchendo a lacuna está um estudo recente sobre o estado da democracia no continente africano, editado por Tiziana Corda, pesquisadora do ISPI, significativamente intitulado E ainda assim ela resiste, que destaca um fato importante: em 2024, como nunca antes, eleições livres e multipartidárias foram realizadas na África, que levaram a verdadeiras alternâncias de governo. Em vários países, o voto popular puniu líderes cessantes, forçando-os a renunciar ao poder. É o caso do Senegal e de Botsuana, onde os partidos governantes perderam a maioria e aceitaram a derrota, ou da África do Sul, onde o Congresso Nacional Africano teve que dividir o governo com outras forças políticas pela primeira vez em sua história.

Não só isso. Nos momentos mais críticos, em que alguns presidentes tentaram contornar as regras democráticas (como no Quênia e no Senegal), instituições de garantia intervieram e defenderam a legalidade constitucional, demonstrando que mesmo nos Estados africanos existem anticorpos contra derivas autoritárias. E depois há as praças: os jovens que marcham furiosamente para exigir justiça e direitos não marcam o fracasso da democracia, mas testemunham sua vitalidade. O mesmo que encontro sempre que presencio debates acalorados, campanhas de protesto e mobilizações juvenis em universidades e favelas.

Enquanto muitos de nós perdemos a vontade de participar, as crianças da África – 70% das quais têm menos de 25 anos – mostram que querem influenciar seu próprio futuro. A democracia africana é frágil e constantemente testada, mas não está morta. Ela resiste, em meio a contratempos e explosões de renovação, apoiada pela tenacidade de movimentos cívicos e ativistas corajosos que desafiam a arrogância e a intimidação de líderes corruptos ou ineptos. E nós, no Ocidente, cada vez mais desiludidos com a política, com o crescente abstencionismo e com as democracias liberais em dificuldades — de Trump a Orbán — deveríamos evitar julgamentos sumários sobre a África e mostrar mais cautela ao dar lições de moralidade democrática, redescobrindo, em vez disso, a paixão e a determinação em lutar pela mudança.

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