O líder sírio Ahmed al Charaa propõe um contrato social entre Estado e religiões para buscar justiça social

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18 Dezembro 2024

  • O novo líder da transição síria disse na segunda-feira que a Síria deve se unir. Ele acrescentou que o atual governo "administrará" os assuntos do país "de uma perspectiva institucional e legal, e buscamos alcançar o melhor para o povo sírio".

  • Em uma mensagem postada em sua conta no Telegram, ele disse que agora "devemos ter a mentalidade do Estado, não a mentalidade da oposição".

  • Ele se reuniu na segunda-feira com o enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, que falou da "intenção das Nações Unidas de fornecer toda a assistência possível ao povo sírio".

  • Al Charaa discutiu com ele a importância de fornecer um "ambiente seguro para o retorno de refugiados" na nova Síria sem Assad.

A informação é publicada por Religión Digital, 17-12-2024.

O novo líder da transição síria, Ahmed al-Charaa, anteriormente conhecido pelo nome de guerra Abu Mohammed al-Jolani, disse na segunda-feira que a Síria deve se unir e criar um "contrato social" entre o Estado e todas as religiões para "garantir a justiça social".

Em uma mensagem postada em sua conta no Telegram hoje, Al Charaa disse que agora "devemos ter a mentalidade do Estado, não a mentalidade da oposição".

Ele acrescentou que "a Síria deve permanecer unida e deve haver um contrato social entre o Estado e todas as seitas (religiões) para garantir a justiça social".

Al Charaa era chefe do grupo islâmico Organização para a Libertação do Levante, que derrubou o regime de Bashar Al Assad e cujo grupo é o herdeiro da ex-afiliada síria da Al Qaeda.

Na mensagem de hoje, ele acrescentou que o atual governo "administrará" os assuntos do país "de uma perspectiva institucional e legal, e buscamos alcançar o melhor para o povo sírio". Ele também apontou que a realidade do país é "exaustiva" e o "escopo de destruição é grande". Por isso, ele pediu a união de esforços "de todos os sírios dentro e fora do país".

Ele também anunciou que "as facções serão dissolvidas e os combatentes serão preparados para ingressar no Ministério da Defesa e todos estarão sujeitos à lei".

Ele alertou que o novo governo "precisa controlar o setor industrial e os planos de desenvolvimento que servem à segurança alimentar". Isso se deve, acrescentou, ao fato de que os recursos humanos do regime são mínimos e "a condição do regime está se deteriorando cultural e socialmente".

Al Charaa realizou uma reunião na segunda-feira com o enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen. O escritório do enviado especial disse que Pedersen, depois de se reunir em Damasco com os novos líderes do governo que derrubou o antigo regime, falou da "intenção das Nações Unidas de fornecer toda a assistência possível ao povo sírio".

Pedersen, que está em Damasco desde ontem e "agendou vários compromissos nos próximos dias", sem dar mais detalhes, abordou "a necessidade de uma transição política crível e inclusiva, liderada e controlada pelos sírios, com base nos princípios da Resolução 2254 do Conselho de Segurança das Nações Unidas". A resolução pede um processo político liderado pelo povo sírio e sob os auspícios da ONU para sair da crise que o país árabe já vivia, bem como a formação de um governo credível e legítimo, um cronograma e um processo para redigir uma nova constituição.

Pedersen também foi informado durante suas reuniões em Damasco sobre "seus desafios e prioridades", disse a nota da organização, sem dar detalhes. Al-Charaa discutiu com ele a importância de fornecer um "ambiente seguro para o retorno de refugiados" na nova Síria sem Assad.

Em 8 de dezembro, o regime de Bashar al-Assad caiu após 24 anos de mão de ferro no país árabe devido a uma ofensiva de uma coalizão insurgente que durou apenas doze dias e liderada por Al Charaa.

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