27 Novembro 2024
O alemão Pistorius: “O conflito agora é internacional”. Para o jornal Le Monde de Paris e Londres, novos mercenários em Kiev. Analistas da OTAN temem que os exércitos aliados não tenham tropas suficientes para resistir a um confronto com Moscou.
A reportagem é de Claudio Tito, publicada por La Repubblica, 26-11-2024.
"A guerra na Ucrânia já não é um conflito regional, atingiu uma dimensão internacional". Um reconhecimento bastante claro, principalmente se vier de um dos sujeitos informados dos fatos. Porque o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, pronunciou ontem estas palavras.
É o mais recente sinal de que a Europa e todo o Ocidente se preparam para um salto qualitativo no confronto com a Rússia. O lançamento do míssil hipersônico na semana passada por Moscou foi, na verdade, um alerta para todos os apoiantes de Kiev. A tal ponto que o próprio governo de Berlim prepara uma espécie de "guia" para os seus cidadãos, no qual elabora uma lista de bunkers onde se refugiar, neste momento são cerca de quinhentos, e cujo número aumentará disponibilizando instalações públicas, como escolas. Na verdade, sugere-se até que um seja construído de forma privada. Haverá então uma aplicação que indicará os vários locais.
Certamente não é uma mensagem tranquilizadora. Até porque, ao mesmo tempo, os executivos europeus e a OTAN estão a organizar-se para enfrentar a Rússia no terreno. A França e a Grã-Bretanha, segundo o jornal parisiense Le Monde, estão a considerar enviar conjuntamente soldados para a Ucrânia. Já nos últimos meses, o presidente francês Emmanuel Macron levantou a hipótese de uma possibilidade deste tipo. Um cenário em que as duas capitais aparentemente trabalham, envolvendo também outros parceiros europeus na construção de um “núcleo duro” para defender Kiev e na perspectiva de um exército comum. Embora a Itália, através do ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, tenha reiterado que “nenhum soldado italiano será enviado para lutar na Ucrânia.
Ajudamos Kiev política, financeira e militarmente, mas não enviaremos soldados para lutar. Devemos evitar a escalada. A Rússia está a assumir sérias responsabilidades ao fazer com que soldados norte-coreanos lutem e alistem os Houthis. Devemos trabalhar pela desescalada e por uma paz justa". Outra questão, para todos os aliados do Velho Continente, é a utilização de “empreiteiros”, ou seja, mercenários, o que parece ser uma solução mais praticável. Além disso, como se sabe, o envio de instrutores para a Ucrânia.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Europeus temem um ataque russo: “Precisamos de mais soldados” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU