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Milei contra todos e estrela da cúpula da direita global

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06 Setembro 2024

O mandatário não poupou críticas e atacou empresários "prebendários", jornalistas, intelectuais e, especialmente, descarregou sua fúria contra os cientistas, a quem convidou a se validar no mercado. Novidades de um discurso com giros messiânicos e tom de pastor eletrônico, as alfinetadas para Lula e a mensagem para Villarruel.

A reportagem é de Melisa Molina, publicada por Página12, 06-09-2024.

A sala "La Ballena" do Centro Cultural Kirchner -- que o governo deseja renomear -- amanheceu às escuras nesta quinta-feira. Passadas as dez da manhã, uma luz branca no centro do palco acendeu e iluminou o presidente Javier Milei. Parado em um púlpito, com os óculos postos e o discurso que iria ler em suas mãos, o mandatário cantou "Olá a todos...", ao ritmo de Panic Show. O público era composto por espanhóis e argentinos que o aplaudiam e riam. As telas dos celulares começaram a iluminar alguns dos rostos presentes que se preparavam para filmar o que seria uma enxurrada sem limites de insultos, agravos e citações religiosas que o presidente argentino lançou contra todos que não pensam como ele.

Durante a inauguração do III Encontro Regional do Fórum Madrid, Rio da Prata, organizado por Santiago Abascal, o líder do partido de ultradireita espanhol VOX, Milei também se desfez em elogios ao menemismo -- disse orgulhoso que, nesses primeiros meses de gestão, já superou por oito "as reformas" do governo do riojano -- e vociferou: "Não só estou colocando a Argentina no topo mundial, sendo um dos dois políticos mais conhecidos do mundo junto a Donald Trump, mas, além disso, estou fazendo o melhor governo da história do país".

O discurso de Milei se concentrou nas críticas ao que ele denomina "o partido do Estado", um novo apelido para o que também chama de "a casta". Segundo o Presidente, a população que ele governa se divide em duas: "os pagadores de impostos e os consumidores de impostos". A segunda categoria funciona para o mandatário como uma espécie de saco onde ele coloca diversos setores da sociedade sem distinção e a vincula, como se ainda estivéssemos na Guerra Fria, com "o socialismo". Ali também estariam, para Milei, aqueles que fazem parte do suposto "partido do Estado". "Entre os consumidores de impostos estão, obviamente, os ratinhos do poder que, em vez de ver a política como vocação de serviço, veem uma caixa para parasitar por toda a vida e um meio para encravar sua família no Estado, como se fosse um título nobiliárquico", disparou.

Depois, acrescentou que "o partido do Estado não se esgota nos políticos e nos contratantes", e enumerou: "São também os empresários prebendários; os jornalistas e os meios de comunicação - que hoje são um serviço de propaganda à venda para o melhor comprador -; os sindicalistas que entregam os trabalhadores em troca de prebendas; os gerentes da pobreza que administram assistência social para os mais vulneráveis".

Como se não bastasse, Milei incluiu nesse lista "os supostos cientistas e intelectuais, que acreditam que ter um diploma acadêmico os torna seres superiores, e, portanto, todos devemos subsidiar sua vocação". Quando começou a falar dos cientistas, ficou enfurecido e não conseguia parar de ofendê-los: "Se acreditam que suas pesquisas são tão úteis, os convido a sair ao mercado, como qualquer um, e investigar, publicar um livro e ver se as pessoas se interessam ou não, em vez de se esconder canhestramente atrás da força coativa do Estado", gritava.

A lista, entretanto, não terminou aí. O Presidente continuou atacando outros setores sociais: "Também podemos falar dos artistas amigos do regime", ressaltou. "Recebem quantias consideráveis de dinheiro para fazer shows para 30 pessoas e tirar fotos com o Prefeito e o Governador". Nesse momento, citou Juanse, o cantor de Ratones Paranoicos. “Não pode ser que você vá dar um show, em Caleta Olivia, com 50 pessoas e cobre como se estivesse lotando o Madison Square Garden”.

Durante mais de 40 minutos, Milei fez uma ode ao "capitalismo de livre empresa", disse que "durante 250 anos, o capitalismo de livre mercado fez milagres no mundo, gerando uma explosão de riqueza tão dramática que tirou da pobreza 90% da população", e que a Argentina esteve à frente desse modelo "durante os primeiros 125 anos". O problema, segundo ele, foi que "em nome da justiça e da igualdade tivemos um Estado onipresente, controlador e opressor que se arrogou o direito de roubar um para dar a outro", e que "nos últimos 123 anos, castigou os criadores de riqueza com impostos impagáveis e os condenou publicamente como vilões".

Também houve críticas aos legisladores, a quem voltou a chamar de "degenerados fiscais" e "ratos imundos". "Quanto mais votos um projeto tem no Congresso, pior é para a sociedade", disse sem disfarçar sua falta de republicanismo e disparou: "Os degenerados fiscais estão dispostos a quebrar o Estado e fazer com que mais 10 milhões de argentinos caiam na pobreza e na miséria, para somar alguns pontos com discursos bonitos no plenário. Daqui dá para ver os dentes deles".

Durante o discurso, o Presidente também confirmou que irá ao Congresso apresentar o Orçamento de 2025 pessoalmente - como antecipou este jornal -, embora em seu entorno digam que o melhor que pode acontecer é que os legisladores não o aprovem para continuar executando ao seu gosto o de 2023. "Quando discutirmos o Orçamento, eles vão fazer o impossível para que não passe porque é um Orçamento liberal e austero que significa o fim de milhares de esquemas", opinou.

O Chefe de Estado fez críticas ao ex-candidato presidencial Sergio Massa e à gestão do governo anterior da pandemia. Recomendou "Pandenomics", que ele mesmo elogiou como "um dos seus melhores livros" e, sem qualquer tipo de rigor na análise, disse que, segundo sua visão, "houve mais mortes do que deveriam ter ocorrido". De passagem, aproveitou a ocasião para disparar uma frase que revelou sua postura negacionista da última ditadura cívico-militar: "Se a Argentina tivesse feito as coisas como um país medíocre, deveriam ter morrido por COVID 30 mil pessoas. 30 mil de verdade", leu.

Quem também não escapou dos insultos -- em outro trecho disse que aqueles que o criticavam eram "ratas imundas, fracassadas e liliputienses" - foi o presidente do Brasil, Luís Inácio "Lula" da Silva. O mandatário do país que é o principal parceiro comercial da Argentina foi descrito como "um tirano que está errado em tudo", e foi criticado por sua briga com X, cujo dono é o magnata Elon Musk, a quem Milei considera seu amigo, e que está muito interessado em ficar com o lítio que há no norte de nosso país.

Quando o fim se aproximava, o discurso do Presidente ganhou um forte moralismo e incorporou metáforas bélicas e citações religiosas. "Nunca devemos abandonar a batalha, devemos sempre travá-la do lugar em que estamos sem trégua e mesmo que nos custe a vida. E devemos travá-la atirando com o mesmo fogo que eles atiram, não acendendo velas, nem pedindo desculpas ou permissão", ressaltou.

Tudo se tornou mais estranho quando, longe da realidade argentina, começou a recitar as "Sagradas Escrituras". "Eles nos atacam, cheios de insolência e impiedade para exterminar a nós, às nossas mulheres e nossos filhos, e para se apoderar de nossos despojos. Nós, em vez disso, lutamos por nossa vida e nossas tradições; o céu os esmagará diante de nós, não tenham medo", leu, como se fosse um pastor e não o Chefe de Estado, vociferou: "Não temam! nossa fé é tão grande quanto o desafio. Estamos dispostos a perder tudo para virar esta página sinistra da história".

Por fim, houve tempo para a interna libertária. Antes de terminar o discurso, Milei dedicou algumas linhas aos membros de LLA: "Não podemos nos dar ao luxo da dispersão e das brigas internas, só estando juntos podemos ser fortes. Só sendo leais, de militante a militante, e ajudando-nos mutuamente, podemos defender os argentinos das garras do poder permanente", disparou e ressaltou: "não há lugar para ambições pessoais".

Leia mais 

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  • O que é a ultradireita de Milei?
  • Eleições na Argentina, o desafio entre o papa dos últimos e o turbocapitalista. Artigo de Francesco Peloso
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