• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Líbano quebrado. Artigo de Francesca Mannocchi

Mais Lidos

  • O consenso cresceu como uma onda: "Mais de cem votos para Prévost no Conclave"

    LER MAIS
  • A brilhante jogada do Conclave: o Papa Leão XIV é uma escolha à altura da tarefa da situação geopolítica. Artigo de Marco Politi

    LER MAIS
  • Prevost, o Papa 'peruano': missionário e político

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

02 Agosto 2024

"Hoje, o Líbano é um país quebrado à espera de uma guerra que, no entanto, já existe há tanto tempo e que tem duas frentes, uma interna e outra externa, ambas no ponto de não retorno", escreve Francesca Mannocchi em La Stampa, 31-07-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

O ataque anunciado e esperado finalmente chegou ontem à tarde. Israel atacou Da'aheh, o bairro ao sul de Beirute. O alvo era Fuad Shukr, alto oficial do Hezbollah e conselheiro próximo de Hassan Nasrallah. De acordo com duas fontes libanesas contatadas pela Reuters no final da tarde, Shukr não teria sido vítima do atentado. Mas, de acordo com o exército israelense, o homem foi eliminado.

Nas horas que antecederam o ataque, os consulados estadunidense e alemão haviam convidado seus concidadãos a deixar o país rapidamente e se manterem preparados para "se refugiar no lugar para longos períodos de tempo". Algumas companhias aéreas também começaram a cancelar voos no aeroporto Rafik Hariri de Beirute, sendo as primeiras a Lufthansa, a Eagean e a Royal Jordanian.

A crise econômica

Para entender quais seriam as consequências regionais de uma ampliação do conflito, é necessário entender a situação atual do Líbano, um país que está em colapso econômico, político e social há anos. Desde a eclosão da crise econômica e financeira em 2019, agravada no verão seguinte pelo impacto da explosão no porto de Beirute, os libaneses e os refugiados que vivem no país (dois milhões) estão enfrentando níveis sem precedentes de pobreza e insegurança alimentar. Cerca de 80% da população vive abaixo da linha de pobreza e 36% abaixo da "linha de pobreza extrema", ou seja, sobrevivem com menos de dois dólares por dia.

Diante de tais números, o empréstimo de três bilhões de euros do Fundo Monetário Internacional é mais do que urgente, mas as negociações estão em andamento há anos sem resultado. As instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial, pressionaram os líderes libaneses a introduzir reformas estruturais para aumentar a "transparência, a inclusão e a responsabilidade" como condições para a liberação de pacotes de ajuda. O FMI (Fundo Monetário Internacional), em especial, pede reformas estruturais no sistema bancário (que determinou a crise de 2019) e o estabelecimento de políticas anticorrupção transparentes.

No entanto, a natureza confessional da divisão do poder no Líbano e a corrupção desenfreada tornam as reformas impraticáveis; as elites políticas são recalcitrantes em implementar reformas, preocupadas que a transparência prejudique a proteção dos monopólios que perduram há décadas e paralisaram o país. Não apenas economicamente. O Líbano tem um governo demissionário desde 2022 e está sem um chefe de Estado.

De fato, dois anos se passaram desde as eleições parlamentares que deveriam formar um novo executivo, mas a paralisia política ainda impede a eleição do sucessor de Aoun. Um relatório recente do Banco Mundial destaca como a crise tenha gerado números sem precedentes: em dez anos, o número de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza aumentou de 12% para 44%. Mais de 10% dos 1,2 milhão de crianças libanesas em idade escolar não frequentam a escola devido à vulnerabilidade econômica de suas famílias. A desvalorização da lira libanesa, que perdeu 90% de seu valor em menos de cinco anos, e a inflação resultante reduziram drasticamente o poder de compra, e a convivência entre libaneses e sírios também chegou a um ponto sem volta.

A emergência dos refugiados

O Líbano é um dos países com o maior número de refugiados per capita do mundo. Há quase dois milhões de refugiados sírios e 500.000 refugiados palestinos. Cerca de 20% das famílias de refugiados sírios vivem em assentamentos informais e abrigos coletivos, em condições deploráveis. Em julho de 2022, o ministro libanês para os deslocados anunciou um plano para obrigar 15.000 refugiados a retornar à Síria. A retórica contra os refugiados tornou-se comum e, nos 12 anos de guerra na Síria, as autoridades nacionais e locais dificultaram ainda mais a livre circulação e o trabalho legal dos refugiados.

O Líbano nunca permitiu campos oficiais para os refugiados sírios, nem o acesso à educação para as crianças. 54% das 715.000 crianças refugiadas sírias não frequentam a escola, sendo que apenas 47.000 delas têm acesso a alguma forma de educação não formal, ou seja, escolas administradas por organizações humanitárias que, no entanto, não lhes garantem nenhuma educação reconhecida. No ano passado, a Human Rights Watch denunciou a onda de deportações que afetou os sírios em todo o país (milhares de pessoas, inclusive menores) como a "mais grave" desde o início da guerra na Síria, em 2011.

O primeiro-ministro interino, Najib Mikati, afirmou que os refugiados sírios "estão criando graves desequilíbrios que poderiam afetar o equilíbrio demográfico do Líbano", alimentando a retórica antissíria que culpa os refugiados pelo colapso econômico do país e pela crise que se intensificou ainda mais nos últimos dois meses, em que o país enfrenta a emergência de 60.000 pessoas deslocadas internamente das áreas do sul, envolvidas em confrontos entre o Hezbollah e o exército israelense.

As prefeituras e as municipalidades anunciaram toques de recolher discriminatórios contra os refugiados sírios e fecharam dezenas de pequenas atividades comerciais em todo o Líbano que empregavam ou eram administradas por sírios. A Segurança Geral do Líbano advertiu os cidadãos libaneses contra oferecer trabalho, abrigo ou acomodação a refugiados sírios sem documentação de residência no Líbano, acrescentando que as atividades e os comércios de propriedade, copropriedade ou gestão de refugiados sírios serão fechados se não cumprirem as antigas e novas regulamentações da Segurança do Líbano.

A resposta europeia a essa emergência foi, em 2 de maio passado, o anúncio de um pacote de ajudas de 1 bilhão de euros. Fundos necessários, de acordo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para fortalecer os serviços de segurança libaneses a fim de conter a migração irregular pelo Mediterrâneo do Líbano para a Europa.

Poucos dias após o anúncio da concessão, a Segurança Geral do Líbano anunciou novas medidas contra os sírios: restrições à sua capacidade de obter permissões de permanência e de trabalho, intensificação de incursões, despejos coletivos nos campos, aumento de prisões e deportações. Hoje, o Líbano é um país quebrado à espera de uma guerra que, no entanto, já existe há tanto tempo e que tem duas frentes, uma interna e outra externa, ambas no ponto de não retorno.

Leia mais

  • Oriente Médio atinge o momento mais perigoso em 10 meses de guerra
  • O Oriente Médio após o ataque de Hanyeh
  • Morte de líderes do Hamas e Hezbollah gera temor de escalada
  • O principal líder político do Hamas, Ismael Haniya, assassinado no Irã
  • Israel à beira de guerra total contra o Hezbollah
  • Haia: “É ilegal a ocupação dos Territórios”. Um drone dos Houthis mata em Tel Aviv
  • Beirute, o patriarca dos maronitas: “O Hezbollah apoia Gaza, mas o faz às custas do Líbano”. Entrevista com Béchara Butros Raï
  • Os temores do Papa sobre a guerra no Líbano
  • “O Líbano será o novo front e corre o risco de pagar o preço mais alto”. Entrevista com Mohanad Hage Ali
  • Israel poderá continuar devastando Gaza e atacando o Líbano com o aval e assistência militar dos Estados Unidos.
  • A loucura de Netanyahu é a guerra mundial. Artigo de Gad Lerner
  • Santa Sé: por um Líbano multiconfessional. Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de Guerra (59) Parolin no Líbano. Artigo de Riccardo Cristiano
  • Netanyahu perante o Tribunal Penal Internacional: o que pode acontecer se ele for acusado de crimes de guerra em Gaza?
  • A condenação internacional do genocídio tem alguma utilidade?
  • A ONU acusa Israel de cometer crime de guerra
  • Um bombardeio israelense mata sete trabalhadores da World Central Kitchen, ONG que atua em Gaza
  • A arma da fome. Artigo de Francesca Mannocchi
  • A fome como instrumento de guerra: o risco de uma catástrofe global
  • Secretário-geral da ONU pede investigação independente sobre valas comuns em Gaza
  • Gaza, em 6 meses de conflito, uma criança morreu a cada 15 minutos
  • Uma a cada três crianças sofre de desnutrição em Gaza, enquanto Israel mata trabalhadores humanitários que trazem alimentos
  • Gaza recebe menos de metade da ajuda humanitária necessária para evitar a fome
  • Barcos com ajuda humanitária para população de Gaza acusam Israel de impedir saída
  • Instruções para resistir: a Flotilha da Liberdade que pretende chegar a Gaza treina para abordagem do exército israelense
  • A Flotilha da Liberdade acusa Israel de impedir sua partida em uma nova tática de pressão
  • “A banalização de um genocídio é de uma desumanização atroz”. X-Tuitadas
  • Protestos entre empregadas das big tech diante da cumplicidade do Google com o genocídio israelense na Palestina
  • IHU Cast – Israel e o genocídio em Gaza
  • “O mundo está cansado destas besteiras imperialistas ocidentais, das máquinas de morte e do genocídio”, diz Susan Abulhawa
  • “O limiar que indica a prática do genocídio por Israel foi atingido”
  • A tragédia de Gaza, isto é um genocídio
  • Oxfam acusa Israel de não tomar todas as medidas ao seu dispor para prevenir o genocídio
  • “O mundo inteiro faz parte deste crime ao apoiar o genocídio e a limpeza étnica na Palestina”
  • Unicef: “Mais de 13.800 crianças mortas em Gaza”
  • “Seis meses de guerra, 10 mil mulheres palestinas em Gaza foram mortas, cerca de seis mil mães,19 mil crianças órfãs”

Notícias relacionadas

  • Pesquisa revela alta rejeição a refugiados e imigrantes no mundo

    A decisão britânica de se separar da União Europeia no plebiscito do "brexit" e a ascensão do candidato republicano à Casa [...]

    LER MAIS
  • Em ruínas, Vila Olímpica dos Jogos de Atenas vira abrigo para refugiados

    A Grécia está abrigando cerca de 2.000 afegãos e outros imigrantes nos estádios degradados dos Jogos de 2004. A maior queixa: [...]

    LER MAIS
  • Recado para o Papa Francisco: Pelo amor de Deus, faça uma pausa!

    O Papa Francisco tem uma ética de trabalho prodigiosa e profundamente admirável, mas há três bons motivos por que esse líde[...]

    LER MAIS
  • Comissão discute afrouxar propostas anticorrupção

    Parlamentares da comissão especial que analisa as medidas anticorrupção apresentadas pelo Ministério Público ao Congresso já[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados