Em um único dia, Pantanal supera total de queimadas de julho de 2023

Sobrevoo de áreas incendiadas, em Corumbá, MS
 (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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01 Agosto 2024

INPE registra 179 focos ativos de calor no domingo (28/7); número é 42% superior à soma dos incêndios no mês de julho de 2023.

A reportagem é publicada por ClimaInfo, 01-08-2024.

A temporada de incêndios de 2024 no Pantanal caminha para números históricos. Dados preliminares do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) indicam que foram registrados 1.050 focos de incêndio no bioma em julho até a 2ª feira (29/7), o que já garante o terceiro pior índice para o mês desde 1998, quando os registros começaram.

Somente no último domingo, o Pantanal tinha 179 focos ativos de calor, 42% a mais do que foi observado em todo o mês de julho de 2023 (126 focos). Desde janeiro, mais de 4,5 mil focos foram registrados. Esse número deve subir, já que a seca segue pelos próximos meses. Os dados foram destacados pelo UOL.

A intensificação do fogo no Pantanal desafia o poder público, que corre contra o tempo para conter as chamas. Na 4ª feira (31/7), o presidente Lula visitou a região de Corumbá (MS), uma das mais atingidas pelos incêndios. Ele sobrevoou áreas queimadas e acompanhou o trabalho do avião cargueiro KC-390, utilizado pela Força Aérea Brasileira para despejar água na linha de fogo.

Durante a passagem por Corumbá, o presidente também sancionou a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que estabelece uma série de medidas para substituir o uso do fogo no meio rural e aumentar a capacidade de enfrentamento a incêndios florestais. Segundo ele, a nova lei será “um marco no combate aos incêndios neste país”. A viagem do presidente também foi noticiada por InfoMoney e MidiaMax, CNN Brasil, Correio Braziliense, g1 e Veja.

Em tempo: O Profissão Repórter (TV Globo) visitou o Pantanal para mostrar os incêndios, o trabalho dos brigadistas e o sofrimento da população local com mais uma temporada destrutiva de fogo. O cenário de devastação deixado pelos incêndios, com carcaças carbonizadas de animais, lembra as cenas registradas na temporada de 2020, a pior da história até aqui. Os efeitos do fogo na saúde também são dramáticos, com as comunidades locais sofrendo com dores de cabeça, falta de ar e problemas respiratórios causados pela fumaça dos incêndios. A reportagem também abordou a investigação do Ministério Público de MS sobre a origem de alguns dos focos de incêndio, suspeitos de terem sido iniciados de forma criminosa.

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