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Evangelho, o manual de subversão mais conhecido e menos aplicado do mundo. Artigo de Filippo La Porta

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12 Julho 2024

"Jesus 'derruba os sistemas de avaliação de uma vida bem-sucedida'. No Sermão da Montanha (Mateus), ele faz uma lista dos 'bem-aventurados': os pobres diante de Deus, os perseguidos e os insultados, os últimos e os sofredores, quem chora, quem não é violento, quem tem fome e sede de justiça e, por fim, quem tem compaixão e espalha a paz. Poderia ser efetivamente chamada de uma religião dos desfavorecidos, como Nietzsche bem entendeu, que viu nela o desejo de revanche dos derrotados, dos fracos e dos doentes contra os saudáveis, os fortes e os vitoriosos", escreve Filippo La Porta, ensaísta, jornalista e crítico literário italiano, em artigo publicado por l’Unità, 05-07-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

É possível falar sobre o Evangelho hoje, sem ser retóricos, sem acabar no catecismo? O padre Antonio Spadaro, subsecretário do Dicastério para a Cultura e fino crítico literário, parece ter encontrado a chave certa em Gesù in cinque sensi. Un racconto di carne ed ossa (Jesus em cinco sentidos. Um relato em carne e ossos, em tradução livre, Marsilio). Ele nos transporta lá para o meio, entre Jesus, os apóstolos, os fariseus e a gente do povo. Ele inventa uma câmera escondida e cria o que Liliana Cavani, no prefácio, chama de "um filme para ser lido". Trata-se de uma leitura guiada não tanto por uma busca "espiritual", mas pelos cinco sentidos: um Jesus para ser visto, ouvido, tocado, um Jesus quase sempre "desajustado" que mistura a lama com a saliva para curar um cego, que nos pede para ser provado como sal, pois "o cristianismo vive de uma experiência mística comum sem a qual a fé se torna ideologia" (de fato, as ideias não podem ser tocadas nem ser comidas). Assim, ganha vida diante de nossos olhos aquela que é a "mais bela história que já foi escrita" (Pasolini).

Gesù in cinque sensi. Un racconto di carne e ossa (Foto: Divulgação)

Além disso, Spadaro sabe muito bem que a música e as artes visuais são capazes de nos mostrar Deus melhor do que a palavra literária: há muitas referências a artistas contemporâneos e, em particular, às telas de Rothko, com seus escuros luminosos. Os temas são inúmeros.

Tentarei me deter em alguns que considero mais significativos.

Em primeiro lugar: quem é o nosso próximo? O Bom Samaritano é o único que simplesmente vê o judeu assaltado e espancado por ladrões na beira da estrada. Os outros não o veem. A compaixão é perceber, dar realidade a alguém: "quem está em outro lugar não tem ninguém próximo".

A parábola de Marta e Maria contém uma mensagem preciosa: Maria, sentada em silêncio aos pés de Jesus e, portanto, "capaz de perder tempo", tem condições de hospedar Deus, enquanto Marta está tão absorvida em suas próprias tarefas que não consegue criar nenhum espaço de intimidade. O fariseu que vai ao templo é um exemplo de piedade e justiça, mas fica demasiado comprazido com isso. Ao passo que, como Spadaro destaca com uma bela imagem, "a fé é o desinflar do eu", seguindo as palavras de Cristo: "quem se exalta será humilhado, quem se humilha será exaltado".

A página mais comovente do livro de Spadaro é quando ele nos leva à parábola de Lázaro. Quando morre, sua irmã se joga aos pés de Jesus chorando: "Se você estivesse aqui, ele não teria morrido" (a ressurreição está por vir). Nesse momento, Jesus desata a chorar, pensando em seu amigo Lázaro.

Embora seja o filho de Deus, ele também é plenamente humano: pode acontecer de ele chorar, gritar, se desesperar. Ele é um Deus ferido, sofredor, que, por amor, renunciou à sua onipotência.

Jesus "derruba os sistemas de avaliação de uma vida bem-sucedida". No Sermão da Montanha (Mateus), ele faz uma lista dos "bem-aventurados": os pobres diante de Deus, os perseguidos e os insultados, os últimos e os sofredores, quem chora, quem não é violento, quem tem fome e sede de justiça e, por fim, quem tem compaixão e espalha a paz. Poderia ser efetivamente chamada de uma religião dos desfavorecidos, como Nietzsche bem entendeu, que viu nela o desejo de revanche dos derrotados, dos fracos e dos doentes contra os saudáveis, os fortes e os vitoriosos. Nietzsche não percebia um fato decisivo: os fortes nunca são sempre fortes e os fracos nunca são sempre fracos! Na base de tudo existe uma enfermidade originária, ou pelo menos uma vulnerabilidade originária do ser humano, exposto sem proteção ao infortúnio. É por isso que aquele que sofre e é humilhado pertence à fileira dos bem-aventurados e está mais próximo da verdade última de nossa condição.

Mas voltemos ao Sermão da Montanha, aquele que nos convida, entre outras coisas, a amar os nossos inimigos, já que amar os nossos amigos é fácil, não nos custa nada (Jesus pretende que nós façamos algo "extraordinário": ele condena a figueira que não dá frutos, mesmo estando no inverno, porque aquela figueira não foi além de si mesma e de sua própria natureza comum)...

Sempre achei que daquele Sermão decorre a única ética verdadeiramente universal já concebida por um ser humano. Entretanto, também é verdade que cada um de nós tenta educar seus filhos para o sucesso (de qualquer forma, não para o fracasso), para a realização pessoal, para o desdobramento de seus talentos, e não para o infortúnio! O que é uma "vida bem-sucedida" para nós? Quem hoje, na sociedade do narcisismo, concordaria em desinflar o seu eu? Eu me pergunto como nossa civilização atual — construída com base na força, no sucesso, no poder e na riqueza — conseguiu se apropriar da mensagem subversiva do Evangelho, embelezar-se com ela, mas enfraquecendo-a.

Em particular, penso em nosso país tão católico. Se eu chamar a atenção de um amigo católico — um empresário, que crê sinceramente e é um praticante assíduo que, digamos, ele tende a maltratar seus funcionários, ele sempre vai responder: "Mas isso é outra coisa!" Para o católico, no final das contas, é sempre "outra coisa". Se eu lhe disser que deveria deixar o seu patrimônio não para os filhos — Jesus é contra a posse: "quem de vocês não renunciar a todos os seus bens não pode ser meu discípulo" — mas para a Caritas ou para a Comunidade de Santo Egídio, ele vai objetar: "O que isso tem a ver?” Sim, o que isso tem a ver. Em um recente diálogo público, quis perguntar a Spadaro por que uma religião tão extremista como aquela cristã — e em seu livro se destacam os momentos de intransigência de Jesus — se tornou na Itália um código generalizado de duplicidade moral, o álibi hipócrita para qualquer compromisso, um passe-partout para todos os ajustes possíveis. Isso não é algo aberrante? Ele, que é jesuíta e que conhece bem a história de sua Ordem (a inesgotável casuística da Contrarreforma, o "no entanto" absolvedor de Frei Timóteo da Mandragola de Maquiavel), respondeu que sim, sem dúvida houve desvios, mas que, no final das contas, a mensagem do Evangelho melhorou as pessoas. Um católico iluminista como Manzoni esperava uma cristianização da sociedade. Talvez ele tenha subestimado a nossa capacidade (diabólica) de manter separados os princípios dos comportamentos concretos, mas também é verdade que os "valores" cristãos, desatendidos ou não, representam algo para o qual qualquer pessoa pode pelo menos apelar em protesto contra a injustiça.

Uma das primeiras partes da "jornada" de Spadaro no texto evangélico tinha um prefácio do Papa Francisco, no qual ele apontava que "precisamos de uma nova linguagem", de escritores e artistas capazes de nos fazer ver Jesus. Depois de ler o livro, Scorsese entrou em contato com Spadaro para escrever um filme sobre Jesus. Uma intuição correta, aquela do papa. Se a igreja não encontrar aquela linguagem nova para falar sobre a vida e a morte, a queda e a salvação, ela se condenará à inércia ou, pior ainda, a se achatar à linguagem da comunicação. Poderíamos concluir (não é Spadaro que diz isso, sou eu) que, por exemplo, os filmes experimentais e agressivamente desorganizados de Carmelo Bene, um místico fracassado, um blasfemo por demasiado amor a Deus, estão muito mais próximos daquela "linguagem nova" do que o Evangelho um tanto meloso de Zeffirelli.

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