Museu mostra a complicada história da missão luterana holandesa no mundo

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27 Julho 2023

Museu mostra a complicada história da missão luterana holandesa no mundo.

A reportagem é de Edelberto Behs.

A colônia holandesa do Suriname no século XVIII, amparada pela Igreja Luterana, tinha plantação de produtos destinados ao mercado de Amsterdã e que contava com escravos para sua manutenção. A prática desumana foi abolida do Suriname em 1863.

A história dessa colônia está contada na exposição “Luther and the World” (Lutero e o mundo), aberta no Lutheran Museum de Amsterdã, na Holanda, que traz informações sobre a história da congregação local e a influência de luteranos holandeses mundo afora, fundando igrejas e apoiando projetos missionários.

“Estávamos interessados no papel histórico da Igreja Luterana Holandesa no mundo”, explicou o diretor artístico do museu, Tonko Grever. A Igreja Luterana existe em Amsterdã desde 1588, fundada por imigrantes alemães. Ao longo dos séculos, luteranos da Holanda emigraram para outros continentes.

O Museu explica a história da luta dos luteranos holandeses de New Amsterdam, hoje Nova York, para conseguir um pastor. Na época, de 1626 a 1664, a cidade foi sede do governo da colônia da Nova Holanda, quando a religião oficial era a Evangélica Reformada e outras denominações foram proibidas.

A exposição também mostra apoio da igreja holandesa ao projeto de combate à violência doméstica no Brasil e outro sobre a campanha da juventude por justiça climática. No mês passado, o historiador Karel Weener, que pesquisa coleções etnográficas reunidas por missionários, proferiu palestra no Museu quando criticou a missão luterana nas ilhas Batu, da Indonésia.

A curadora da exposição, Inge Weustink, explicou que as pessoas estão muito interessadas na complicada história colonial da igreja luterana. “Até agora, nossos visitantes receberam bem o fato de o museu abordar questões difíceis como escravidão e missões como parte da história da igreja”, disse para o serviço de imprensa da Federação Luterana Mundial.

A exposição foi aberta em maio e vai até o dia 24 de setembro.

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