13 Mai 2023
Em celebração no templo de Falster, a Igreja Evangélica Luterana na Dinamarca comemorou os 75 anos de ministério feminino. Em 28 de abril de 1948, na lotada Catedral de Odense, o bispo Hans Ollgaard ordenava as três primeiras pastoras: Johanne Andersen, Ruth Vermehren e Edith Brenneche Petersen.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
As mulheres, lembrou a bispa Marianne Gaarden na pregação do culto celebrativo, testemunharam a ressurreição de Cristo, num tempo em que elas “não eram consideradas testemunhas confiáveis”. Onde elas conseguiram coragem para ir contra as normas e convenções da sociedade da época? – indagou.
A resposta é curta, apontou: “Do próprio Deus! Jesus ordenou às mulheres que falassem: ‘Vão e digam a meus irmãos que eles devem ir para a Galileia, lá eles me verão’. Apesar da baixa posição social das mulheres, Jesus coloca o primeiro testemunho de sua ressurreição na boca das mulheres, e elas aceitam e seguem a missão que lhes foi dada”.
Mas o passo dado pela igreja dinamarquesa em 1948 teve controvérsias e oposição. Alguns líderes se opuseram à proposta e ameaçaram renunciar. A diocese de Lolland-Falster, no entanto, manifestou o desejo de contratar a teóloga Johanne Andersen como sua pastora, o que exigiu, inclusive, mudança na lei estadual e na constituição da igreja. O termo “homens” foi trocado para “pessoas”, o que abriu o caminho legal para a ordenação de pastoras.
Em 1995, Liselotte Rebel tornou-se a primeira bispa da Dinamarca e um mês depois a pastora Sofie Petersen foi escolhida como bispa da Groenlândia. Em 2010, a Igreja dinamarquesa alcançou pela primeira vez o equilíbrio numérico entre homens e mulheres no ministério ordenado, informa o serviço de imprensa da Federação Luterana Mundial.
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Igreja luterana da Dinamarca celebra 75 anos de ministério feminino - Instituto Humanitas Unisinos - IHU