• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Guerra na Ucrânia: “A retórica religiosa é blasfematória”. Artigo de Antonio Spadaro

Mais Lidos

  • A herança crioula do Papa Leão XIV destaca a complexa história do racismo e da Igreja nos Estados Unidos

    LER MAIS
  • Guerrilheiro, refém, presidente, filósofo: a imensa vida de Pepe Mujica

    LER MAIS
  • A barbárie não brota de mentes desequilibradas, mas de uma racionalidade instrumental altamente calculada, a partir da concretização da tese benjaminiana de que “fascismo e progresso coincidem”, observa Manuel Reyes Mate

    O fascismo não é algo ultrapassado, mas uma forma de entender a Modernidade. Entrevista especial com Manuel-Reyes Mate

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

31 Março 2022

 

Descrevendo a forma como Putin usa a linguagem religiosa para justificar sua invasão, o diretor jesuíta da revista La Civiltà Cattolica, próximo ao Papa Francisco, explica como a lógica tribal que emerge é o oposto do Evangelho.

 

O artigo de Antonio Spadaro é publicado por La Croix, 29-03-2022. A tradução é do Cepat.

 

Eis o artigo.

 

Foi à história que Vladimir Putin apelou, preso no atoleiro de uma invasão que o papa definiu como cruel, sem sentido, bárbara e sacrílega. Uma guerra que ele poderia perder precisamente no dia seguinte à sua vitória, se tivesse que administrar um delicado “depois”, ou seja, uma ocupação inaceitável. Um pouco como a França durante a guerra da Argélia entre 1954 e 1962.

No entanto, a ficção imperial é em grande parte alimentada por um pensador como Aleksandr Dugin – definido como o ideólogo de Putin –, que queria escrever no Facebook (!) em inglês (e, portanto, para o mundo inteiro): “A Rússia restabelecerá a ordem na Ucrânia, assim como a justiça, a prosperidade e um nível de vida digno”. Por quê? Porque “a Rússia traz a liberdade. A Rússia é o único país eslavo que conseguiu se tornar um império mundial, prossegue ele: Construir o Império Mundial é a nossa missão, e sabemos como fazê-lo. É por isso que somos Roma”. Seu objetivo apocalíptico é derrubar “a onipotência da Prostituta da Babilônia”. “Jamais podemos abandonar os modelos da história sagrada”, conclui Dugin, atribuindo à construção do Império Russo os traços do sagrado. Um novo Sacro Império Romano?

 

Fé cristã e bomba nuclear

 

O presidente russo Vladimir Putin apareceu no estádio Luzhniki, em Moscou, para um banho de multidão após um breve discurso. Uma mudança de retórica em relação à imagem distante e gelada que Putin havia dado até então. Era 18 de março, o oitavo aniversário da anexação da Crimeia, mas sobretudo a data de nascimento de Fyodor Fyodorovich Ushakov, um ilustre almirante russo invicto da era czarista proclamado santo pela Igreja Ortodoxa Russa em 2001. A mensagem simbólica é clara: a guerra em curso estaria sob a proteção de um santo guerreiro que foi, entre outras coisas, declarado em 2005 o santo padroeiro dos bombardeiros nucleares.

Recordemos então o que Putin disse em 2007 durante uma coletiva de imprensa: “A fé tradicional da Federação Russa e o escudo nuclear da Rússia são duas coisas que fortalecem o Estado russo e criam as condições necessárias para garantir a segurança dentro e fora do país”. A fé cristã e as bombas nucleares estão aqui tragicamente ligadas ao serviço do Estado e sua “segurança”.

No início de março, o Patriarca de Moscou, Kirill, havia falado da invasão da Ucrânia como de “um combate que não tem um significado físico, mas metafísico”. Foi assim que ele projetou a ofensiva beligerante de cunho político no cenário de um combate apocalíptico, um confronto final, entre o bem e o mal. A divindade torna-se a projeção ideal do poder constituído. A nação é o “povo eleito”, e a própria fé a opõe àqueles que não lhe pertencem, ou seja, ao “inimigo” e ao dissidente, definido por Putin como “mosquito sobre o qual se deve cuspir”. O apelo militar ao apocalipse sempre justifica o poder desejado por um deus. Trata-se, por exemplo, do jihadismo, mas também das formas de suprematismo neocruzado vistas recentemente nos Estados Unidos.

É por isso que o Papa Francisco disse ao Patriarca Kirill, com quem dialogou como irmão por videoconferência, que “a Igreja não deve usar a linguagem da política, mas a linguagem de Jesus”, que é a linguagem da reconciliação, da paz e do amor. Sim, do amor. Foi precisamente Putin quem disse, no estádio Luzhniki, as seguintes palavras: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos”. São as palavras de Jesus no Evangelho de São João (15, 13), que são usadas aqui para justificar a invasão e o ódio. A concepção tribal da religião e da amizade, no entanto, é o oposto do Evangelho, que se baseia em “amar seus inimigos” (Mt 5, 43). A retórica religiosa do poder e da violência é, portanto, blasfema, porque apela a Deus para corrompê-lo naquilo que é a sua identidade: precisamente o amor.

 

Tragédia cristã

 

A intensificação comunicativa de Putin consiste em ganhar um apoio teológico para justificar o poder e o conflito. E, diz-nos o Papa Francisco: “Como é triste quando pessoas e povos orgulhosos de serem cristãos veem os outros como inimigos e pensam em travar guerra contra eles!” A tragédia ucraniana é, portanto, também uma tragédia cristã. É por isso que devemos manter aberta a porta do diálogo ecumênico, para influenciar o futuro político em favor de uma reconciliação entre dois povos, tão distante quanto necessária. Devemos, portanto, esperar um novo encontro entre Francisco e Kirill. Também seria bom que Francisco fosse para Kiev, mas atenção!, porque o papa não constrói “pontes” inúteis, especialmente em terras ortodoxas, e esta é uma ortodoxia dividida e ferida. Ele só irá se a sua presença se tornar uma oportunidade de reconciliação – como foi o caso de Bangui e será em Juba –, e não de divisões posteriores.

O que devemos esperar como crentes? Certamente, a vitória da liberdade e o fracasso da invasão, mas também a carta das negociações e não a das armas, sem jamais desejar a humilhação da Rússia como país. Por outro lado, devemos esperar por uma Rússia integrada numa visão europeia que vai do Atlântico aos Urais, aquela sonhada por João Paulo II, e que até parecia transparecer no discurso que o jovem Putin fez em 2001 no Bundestag. Por fim, a história da Segunda Guerra Mundial demonstra que é impossível construir uma ordem internacional com uma potência humilhada em busca de vingança.

 

Leia mais

 

  • Em um mês de guerra, 28 comunidades ortodoxas ucranianas rejeitam Kirill e se unem à Igreja autocéfala do Metropolita Epifânio
  • Igreja Ortodoxa Russa em plena tempestade
  • O Papa a Kirill, a guerra é sempre injusta: “Quem paga são as pessoas”
  • Conversa Kirill-Francisco: um momento necessário, mas muito difícil e doloroso. Papa: “não há guerras santas ou guerras justas”. Kirill não menciona a questão
  • O encontro entre o Papa Francisco e o Patriarca Kirill poderia acontecer em 2022
  • O Papa: uma triste guerra entre cristãos
  • “Em nome de Deus, peço-lhe: parem este massacre!”
  • Dugin e a Russia de Putin
  • “Deixemo-nos perturbar pelo grito de sofrimento do mundo. Como levamos à oração a guerra em curso?”, questiona o Papa Francisco
  • A opção do Papa Francisco: nenhuma mediação e, portanto, uso dos verdadeiros “poderes” da Igreja, oração e verdade
  • Os cristãos diante da guerra russa na Ucrânia e o “ecumenismo de sangue”. O diálogo com a Igreja ortodoxa assassinado pelo patriarca de Moscou, cuja consciência está agora manchada de sangue
  • Ucrânia: impotência ecumênica
  • “Kiev não pode ser a nova Aleppo. A guerra derrotada do ecumenismo”. Entrevista com Andrea Riccardi
  • Pelo menos 236 padres e diáconos da Igreja Ortodoxa Russa contra Putin: “Guerra Fratricida”
  • 236 padres e diáconos da Igreja Ortodoxa Russa contra Putin: “Guerra fratricida”
  • Declaração de teólogos ortodoxos em oposição à doutrina do “mundo russo” (russkii mir)
  • Presidente da Conferências das Igrejas Europeias - CEC - pede a Kirill para condenar a invasão
  • “As origens do confronto estão nas relações entre o Ocidente e a Rússia”, afirma o Patriarca Kirill
  • A reviravolta do patriarca Kirill sobre o pacifismo e a condenação do Vaticano: agora o conflito na Ucrânia corre o risco de minar o diálogo entre as igrejas
  • Kirill transforma a guerra de Putin em uma cruzada contra o “grande Satanás”. Artigo de Pasquale Annicchino
  • Carta aberta a Sua Santidade Kirill Patriarca de Moscou
  • Carta a Kirill, de Jean-Claude Hollerich
  • O apocalipse pan-eslavo de Kirill a serviço de Putin. Artigo de Pasquale Annicchino
  • Kirill, o fidelíssimo ao Kremlin que virou as costas ao Papa
  • “Kirill estreitamente ligado ao Kremlin. É impensável um seu ‘não’ ao conflito”. Entrevista com Enrico Morini
  • Kirill se contradiz?
  • Teologia ‘ad usum Cyrilli’: formas de discurso eclesial em tempo de guerra. Artigo de Andrea Grillo
  • Ucrânia, choque pelas palavras do Patriarca Kirill sobre os gays: a divergência com Francisco agora é total. Artigo de Marco Politi
  • O patriarca de Moscou abençoa a “guerra anti-gay”
  • Para o Patriarca Kirill, a guerra é moralmente justa e útil para parar o lobby gay ocidental
  • Kirill vai romper com a unidade ortodoxa
  • O sermão de Kirill talvez seja uma péssima pregação com uma teologia ainda pior – mas é o suprassumo da rejeição à democracia liberal
  • Patriarca Kirill defende: a guerra metafísica contra o pecado sexual

Notícias relacionadas

  • Polifonia jesuítica sobre Steve Jobs

    Regra número um do jornalismo: criar oposição, colocar um contra o outro. Assim se faz a notícia. E Giacomo Galeazzi aplicou e[...]

    LER MAIS
  • Disciplina, harmonia e equilíbrio: as religiões chinesas e a construção da paz. Entrevista especial com Adriano Jagmin D’Ávila

    LER MAIS
  • Igreja e internet: uma relação de amor e ódio. Entrevista especial com Moisés Sbardelotto

    Embora a Igreja tenha mantido uma relação de amor e ódio com os meios de comunicação e, em especial, com as mídias digitais,[...]

    LER MAIS
  • ''Somos chamados a estar nas fronteiras, encruzilhadas e trincheiras''. Entrevista com Antonio Spadaro

    Uma conversa com o padre Antonio Spadaro, desde o dia 1ª de outubro à frente da revista italiana La Civiltà Cattolica. Se hoje [...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados