15 Abril 2020
"Não podemos perder a sensibilidade de perceber que nosso povo sabe rezar. Não precisamos fazer para eles simplesmente verem. Talvez seja mais eficaz ajudá-los, com pistas, com provocações, para que eles celebrem e vivam a força do mistério celebrado a partir da Igreja Doméstica, ou seja, a sua família", escreve Carlos Henrique Alves de Resende, padre da Diocese de Divinópolis (MG) e doutorando em Teologia Sacramental do Pontifício Ateneu Santo Anselmo em Roma.
Repetindo as palavras do Papa Francisco, no momento extraordinário de oração em tempo de epidemia, realizado no adro da basílica de São Pedro, no último dia 27 de março de 2020: “fomos surpreendidos por uma tempestade”. No cenário de enfrentamento à COVID-19, o isolamento social se apresentou como uma medida necessária e urgente a fim de minimizar os contágios. Do dia para a noite, fomos “jogados” no espaço virtual. Por mais que, de certo modo, fizesse parte da rotina de grande número de pessoas, tratava-se de uma experiência complementar, diferente do que temos vivido nos últimos dias, onde o ambiente virtual tornou-se, praticamente, o único espaço de encontro com as pessoas.
A vivência da fé, em certa medida, também se viu diante deste desafio. Não seriam mais possíveis os encontros celebrativos. E, tragicamente, tudo isto acontece bem no período mais solene de nossa vida litúrgica: as celebrações da semana santa, nossa páscoa anual.
O Santo Padre nos dizia, naquele comovente momento de oração, que “a tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades”. E nos exortava à “coragem de abraçar todas as contrariedades da hora atual, abandonando por um momento a nossa ânsia de onipotência e possessão, para dar espaço à criatividade que só o Espírito é capaz de suscitar”.
Este desafio tem sido enfrentado desde o primeiro momento em que nossas assembleias foram impedidas de se reunir. As iniciativas se multiplicaram no desejo de ajudar os fiéis a sentirem a proximidade da Igreja. Todas elas são louváveis, pelo esforço de tentar. Contudo, não sei se entendemos bem o convite à criatividade. Vale nos perguntarmos: o que entendemos por ser criativos? Resisti pensar sobre o assunto, e muito mais, escrever algo a respeito. Acreditava que, no meio da tempestade, o que realmente interessava era a pergunta, como sair dela. Contudo, temos percebido que o período de turbulência está se alongando e se alongará ainda mais. Diante de algumas realidades já vistas, não resisti à tentação de pensar sobre elas. E justifico: concordo que precisamos de “remédios” que cuidem da “dor espiritual de nossa gente”; mas, tenho receios porque toda medicação tem efeitos colaterais e contraindicações: maiores ou menores.
Na ideia de que a “tempestade desmascara”, uma possível leitura é o fato de muito do que estamos vendo, no esforço de celebrar a fé, neste cenário, esteja desmascarando uma não assimilação real e profunda das intuições iluminadoras do Concílio Vaticano II. A primeira pauta do Concílio se debruçou sobre questões litúrgicas. Contudo, quando da reforma dos textos litúrgicos, sobretudo, nós sabemos que a grande impostação conciliar era eclesiológica e, por assim dizer, pastoral. Deste modo, antes de pensar nas questões litúrgicas, gostaria de resgatar alguns aspectos de nossa compreensão eclesial, reafirmadas na escola conciliar.
Parto de um fato. Já estou para celebrar 13 anos de ministério; logo nos primeiros meses, no entusiasmo da vida paroquial, recordo-me de uma ocasião em que fui à capela do Santíssimo em um dia de adoração comunitária. Ali, estava um grupo de senhoras rezando. Confesso que, no olhar de um padre novo, interessado em assuntos de liturgia, a “reza” não era a mais organizada. Ao final, tomei a iniciativa e disse às senhoras, ali reunidas, que iria lhes oferecer um livreto para rezarem melhor. Uma delas, na sua simplicidade, me deu naquela hora uma das mais importantes aulas de teologia que já tive, ao me responder: “Ô padre, a gente sabe rezar!”. Não se trata de uma resposta mal-educada; mas, de uma bela lição dada a um jovem padre acerca de uma das significativas verdades evidenciadas pelo Concílio Vaticano II: somos um povo sacerdotal.
Será que não havíamos compreendido bem a preciosa Constituição Pastoral sobre a Igreja, chamada Lumen Gentium, onde o Concílio nos ensinava que somos um povo sacerdotal (LG 10)? Será que nos que esquecemos de que o sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial ou hierárquico, embora se diferenciem essencialmente e não apenas em grau, ordenam-se mutuamente um ao outro; pois um e outro participam, a seu modo, do único sacerdócio de Cristo (LG 10)?
Pode ser que não estejamos tendo em vista a profundidade do texto conciliar, quando nossos bispos nos ensinaram que “os fiéis, incorporados na Igreja pelo Batismo, pela participação no sacrifício eucarístico de Cristo, fonte e centro de toda a vida cristã, oferecem a Deus a vítima divina e a si mesmos juntamente com ela; assim, quer pela oblação, quer pela sagrada comunhão, não indiscriminadamente, mas cada um a seu modo, todos tomam parte na ação litúrgica (LG 11).
Diante de algumas iniciativas se impõem algumas perguntas: será que não estamos nos esquecendo que os fiéis são a Igreja? O que entendemos por celebrar? O que entendemos por Eucaristia? Um rito a ser executado? Uma cerimônia a ser vista? Um alimento a ser digerido? Uma experiência mágica? Ou uma experiência ritual que se confunde com uma realidade existencial? Talvez a resposta não seja por exclusão; e, esse, acredito, seja um dos nossos equívocos. Ao mesmo tempo em que a Sagrada Eucaristia é um mistério a ser celebrado é, também, um mistério a ser imitado. Ao mesmo tempo em que é um alimento divino; é, ainda, um ideal de vida que se impõe: a configuração a Cristo. Ao mesmo tempo em que é um rito a ser vivido; é, por conseguinte, uma vida a ser testemunhada: a vida cristã.
Digo isso acreditando que considerar um aspecto em detrimento de outros, sempre pode ser uma experiência desastrosa, sobretudo, neste tempo. Daí a preocupação com efeitos colaterais daquilo que temos oferecido ao nosso povo.
Acredito que precisamos pensar algumas coisas: se motivamos nosso povo a simplesmente ver, pelos meios de comunicação, os atos litúrgicos, será que amanhã teremos argumentos para motivá-los à vivência comunitária novamente? Talvez neste mundo tão individualista, descubram a comodidade de ver de casa e julguem ter o mesmo efeito. E sabemos que não tem. Será que motivar nossa gente a serem meros espectadores seria o remédio mais eficaz neste momento? Pode ser que se sintam “detentores do controle remoto” e reivindiquem o poder escolher o que ver, sem nenhum compromisso de conversão, sem nenhum vínculo de comunidade. Se a Eucaristia gera a Igreja, acredito que teremos uma série de problemas, com algumas das nossas ofertas de hoje que podem não contribuir para a edificação do Corpo de Cristo.
Serão as práticas de devoção à Santíssima Eucaristia, como carreatas ou até os voos com o Santíssimo as melhores propostas? Serão propostas de oferecer aos fiéis a possibilidade da Sagrada Comunhão Eucarística, fora da missa ou ao menos de uma pequena celebração da Palavra de Deus, uma alternativa salutar? Algumas práticas devocionais de culto aos santos, serão realmente as mais indicadas para o momento? São questionamentos e não críticas. São perguntas que, sinceramente, penso não têm respostas prontas hoje. Por isso vale, antes de qualquer iniciativa, por mais bem-intencionada que seja, a pergunta pela legitimidade teológico-litúrgica do que nos propomos fazer. Ao contrário do que muitos dizem, “liturgia não é terra de ninguém”. Liturgia é oração de Cristo total, cabeça e membros, é a oração da Igreja (SC 7). Vale visitar a Tradição e perceber se o que estamos propondo tem um sadio fundamento.
Devemos considerar o perigo da linguagem. Muitos colocaram nas portas das igrejas cartazes do tipo: “não teremos missa”, ou até divulgaram “as missas estão suspensas” e ainda vimos expressões do tipo “missas privadas”, “missas sem a presença de fiéis”, “missas online”. Parece que no fundo ainda existem algumas compreensões pré-conciliares: “ter missa”, “assistir à missa”, “receber a Comunhão” e “tomar a Comunhão”. O conceito de Eucaristia parece sempre exterior; algo “fora” de nós; a que assistimos ou, de alguma forma, obtemos e da qual nos apossamos, como se fôssemos frequentadores de teatro ou consumidores; mas, não algo que somos chamados a viver e a nos tornar. Será que foi isso que a Tradição genuína da Igreja nos ensinou? Será que a partir da fundamentação bíblico-teológica do sacramento, não estamos minimizando sua grandeza?
Não podemos nos esquecer de que, quando celebramos a Sagrada Eucaristia, acima de tudo, reunimos como um Povo, o Povo de Deus (LG 5). É o mistério de um corpo que reúne seus membros para alimentar-se, a fim de se tornar mais plenamente aquilo que é: um corpo. A assembleia que se forma é um sacramento; é o primeiro sinal, não é predeterminada ou selecionada, mas convocada pelo Espírito: esta é a primeira matéria para celebrar. É preciso o povo convocado, esta é exatamente a primeira rubrica do missal romano para celebrar a celebração eucarística. Este povo que se reúne em torno dos sinais do pão e do vinho, para ouvir e meditar a Palavra e clamar ao Espírito que nos faça ser Corpo, assim como fez com que o Pão e o Vinho o fossem. (EE 23).
A Tradição da Igreja se firma sobre os pilares da Lex Orandi, Lex Credendi, Lex Vivendi. O modo como rezamos determina o modo como cremos e vivemos. Por isso, o cuidado e a preocupação que devemos ter com o modo como rezamos. A liturgia é uma grande escola de fé. Salvatore Marsili, em sua ativa participação no movimento litúrgico, já recordava que liturgia é teologia. Ou seja, o que fazemos e o modo como fazemos expressam e ensinam uma verdade de fé.
Muito tem se questionado se algumas das iniciativas vistas neste tempo realmente buscam o consolo dos fiéis. Será que não visam simplesmente à manutenção da estrutura? E o que é curioso, em tempos que falamos da necessidade de renovar a estrutura. Parece que não vai funcionar bem, transferir para o mundo virtual, algumas experiências que já vimos fracassar no mundo real. Será que não estamos diante de uma teologia eucarística rasa, fragmentada, travestida de uma preocupação de cuidado?
Desde o início da pandemia, o Papa Francisco tem pedido aos pastores proximidade para com os fiéis. Em uma entrevista telefônica ao jornal La Repubblica, publicada na quarta-feira, 18 de março, ele sublinhava a necessidade de, durante esse período de isolamento, procurar uma nova forma de nos aproximarmos uns dos outros numa relação concreta tecida de atenção e de paciência.
Acredito que, na Igreja no Brasil, temos uma grande luz. Logo no objetivo geral das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE), nossos bispos nos convocavam “a evangelizar no Brasil cada vez mais urbano, pelo anúncio da Palavra de Deus, formando discípulos e discípulas de Jesus Cristo, em comunidades eclesiais missionárias, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, cuidando da Casa Comum e testemunhando o Reino de Deus rumo à plenitude”.
Logo, seria uma proposta oportuna, para este momento de incertezas, o que já nos havia sido indicado por nossos bispos: “A casa, enquanto espaço familiar, um dos lugares privilegiados para o encontro e o diálogo de Jesus e seus seguidores com diversas pessoas (Mc 1,29; 2,15; 3,20; 5,38; 7,24)” (DGAE 73).
Talvez seja o tempo para cultivar, na pequena comunidade - a família, com os vizinhos -, uma verdadeira vida de oração, enraizada na Palavra de Deus, tendo em Jesus Cristo, o orante por excelência; e; na Oração do Senhor, o paradigma de toda oração, verdadeiros sustentos. Pela oração cotidiana, os membros da comunidade se sentem consolados, redescobrem sua dignidade de filhos e filhas de Deus, tomam consciência de que são colaboradores de Deus na missão e são impelidos a saírem ao encontro das pessoas e à prática da misericórdia (DGAE 95).
O momento nos desafia a corajosamente ajudar nosso povo a viver o mistério da presença real de Jesus Cristo que o Concilio Vaticano já protagonizava: “O Senhor está presente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta, Ele que prometeu: "Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles" (Mt 18,20)” (SC 7). Neste cenário, não seria, pois, oportuno, valorizar e oferecer pistas para as Celebrações da Palavra em família como uma proposta mais segura? Não poderíamos usar as mídias para orientar a leitura orante da Palavra de Deus?
O Concílio já nos advertia que a Liturgia é, simultaneamente, a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força (SC 10). Mas, não esgota toda a ação da Igreja (SC 9). Não seria um caminho, pensar a Liturgia como o exercício da função sacerdotal de Cristo, onde os sinais sensíveis significam e, cada um à sua maneira, realizam a santificação dos homens (SC7)? Deste modo, não seria salutar perceber que, embora os templos estejam fechados, a liturgia é celebrada como desdobramento de um mistério que exige consequências na vida de quem crê?
Temos diante de nós o desafio de uma Igreja que ultrapassa as paredes do templo e se faz pobre para os pobres (EG, n. 198). Talvez não fosse a hora de, ao mesmo tempo, com coragem profética, a Igreja assumir alguns gestos e se fazer mais próxima, dos pobres, mas também daqueles que detém os “meios de produção”, para serenar-lhes o coração e ajudá-los a fazer uma experiência de fé que os levem a um cuidado maior com os irmãos, para que se sintam chamados a abrir mão de algumas seguranças econômicas, que poderão ser reconstruídas? Muitos ainda têm dúvida acerca do que vem primeiro: a vida ou a economia. Não seria o tempo de gastarmos nossas forças e nossos recursos no cuidado das pessoas? Não seria um caminho propício, o de favorecer iniciativas que promovam a vida solidária e a proximidade para com os que sofrem? Mesmo nas “missas transmitidas”, não precisaríamos superar a mera assistência/audiência, a mera transmissão e o mero individualismo em rede? Não seria preciso buscar formas que permitam um verdadeiro encontro, uma verdadeira escuta e um verdadeiro diálogo com as pessoas que se conectam com as redes digitais da Igreja? Não seria importante provocar os fiéis para que este momento seja vivido como um momento intenso do cultivo da espiritualidade; mas, sem atribuí-lo um valor substitutivo?
Acredito que precisaríamos cuidar mais da forma da celebração a ser transmitida; ela é sempre ação de toda a Igreja (IGMR 5). Será que basta apenas levar em conta a transmissão, sem se preocupar com o modelo apresentado na mesma? Não sei se estamos bem atentos ao missal romano que prevê três possibilidades para a celebração: a “missa com povo”, a “missa concelebrada” e a “missa com assistência de um só ministro” (IGMR 252). Portanto, no contexto em que estamos, a Igreja propõe a celebração desta última, entendida, de acordo com a IGMR, como a missa celebrada por um sacerdote, ao qual assiste e responde um só ministro (n. 252), mas agora transmitida pelas mídias (a IGMR também deixa bem claro: Não se celebre sem a assistência de um ministro ou ao menos de algum fiel, a não ser por causa justa e razoável, n. 254). Porém, que se tenha claro que a oração do presbítero, ainda que com um só ministro; e mesmo em casos de justa causa, onde ele se veja obrigado a rezar sozinho, será sempre a oração de toda Igreja; portanto, a oração de todo o povo, em comunhão com todo povo. Não seria viável, onde possível, que ao invés de cada padre transmitir a sua missa, se reunissem pequenos grupos de presbíteros para fazê-lo? Não seria mais pedagógico? Não seria mais testemunhal? Reapresentar o Ofício Divino, não poderia ser uma grande possibilidade para celebrar a fé, como oração pública da Igreja, fonte de piedade e alimento da oração pessoal (SC 90)?
Não sabemos por quanto tempo ficaremos assim. Ademais, é preciso fazer desse tempo uma ocasião que nos ajude a voltarmos mais qualificados para nossas assembleias litúrgicas. Por isso, o desafio de não deixar nossas iniciativas serem conduzidas pela vaidade ou por uma teologia rasa. Talvez, como nunca, tenhamos hoje, a oportunidade de usar as mídias como instrumento de catequese, de aprofundamentos de temas e mesmo de “viralização” do Evangelho anunciado; mas, sobretudo, testemunhado. Quem sabe não é hora de apresentar a riqueza humana e espiritual de nossa Igreja, através dos trabalhos de tantos grupos e pastorais?
Como já aconteceu em outros períodos históricos, provisoriamente nosso povo vive um grande “jejum da comunhão eucarística”. Mas não estamos privados da comunhão com o Senhor. Seu Corpo santo nos convoca. Não só na “branca hóstia”, com a qual os fiéis estão, de modo geral, agora, impedidos de se encontrarem; mas, também, na força de sua Palavra e no irmão que nos estende a mão e precisa, mais que nunca, de nosso cuidado solidário.
São João Paulo II nos recordava que o mistério eucarístico - sacrifício, presença, banquete - não permite reduções nem instrumentalizações; há de ser vivido na sua integridade, quer na celebração, quer no colóquio íntimo com Jesus recebido na comunhão. Então a Igreja fica solidamente edificada, e exprime-se o que ela é verdadeiramente: una, santa, católica e apostólica; povo, templo e família de Deus; corpo e esposa de Cristo, animada pelo Espírito Santo; sacramento universal de salvação e comunhão hierarquicamente organizada (EE 61).
Não podemos perder a sensibilidade de perceber que nosso povo sabe rezar. Não precisamos fazer para eles simplesmente verem. Talvez seja mais eficaz ajudá-los, com pistas, com provocações, para que eles celebrem e vivam a força do mistério celebrado a partir da Igreja Doméstica, ou seja, a sua família.
São perguntas... Perguntas que não desejam diminuir ou desqualificar o esforço de ninguém. Mas são perguntas que desejam provocar a reflexão para que este tempo seja oportunidade de crescimento. Seja verdadeiramente uma oportunidade pascal. Um tempo que nos ajude a dar passos na tão sonhada “conversão pastoral”.
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