Gaza, cova de jornalistas

Foto: Mohammed Ibrahim | Unsplash

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04 Janeiro 2024

No ano que passou, 120 profissionais da imprensa morreram enquanto coletavam fatos, imagens e informações, segundo dados da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ). O conflito em Gaza foi palco de 68% das mortes de profissionais da mídia registradas no mundo em 2023.

A reportagem é de Edelberto Behs.

A FIJ registrou 75 mortes de jornalistas no Oriente Próximo: 75 palestinos, quatro israelenses, três libaneses e três sírios. A região da Ásia-Pacífico teve 12 profissionais assassinados, oito na África, três na Europa – um ucraniano, um russo e um francês.

Nas três Américas, foram assassinados dez jornalistas em 2023: três mexicanos, três guatemaltecos, um paraguaio, um colombiano, um hondurenho e um estadunidense.

“Nossos pensamentos estão com as famílias dos/as jornalistas e com nossos colegas das redações de todo mundo, que choram a morte de companheiros/as assassinados/as simplesmente por fazer o seu trabalho. Embora sempre recordemos aos e às jornalistas que nenhuma notícia valha sua vida, há muitas situações nas quais ataques acontecem deliberadamente para silenciar histórias e restringir o direito do público de ser informado”, expressou o secretário geral da FIJ, Anthony Bellanger.

Os dados fúnebres deste ano “ilustram até que ponto necessitamos um instrumento internacional vinculante que obrigue os Estados a adotarem mecanismos para proteger a segurança e a independência dos e das jornalistas”, enfatizou o líder da FIJ. A cidadania, enfatizou, tem o direito democrático de estar devidamente informada e é responsabilidade dos governos garantir que os/as jornalistas estejam devidamente protegidos/as para informar com independência, frisou.

Na passagem do ano, 547 jornalistas “comemoraram” a entrada em 2024 na prisão. A contabilidade é da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF). China, Birmânia, Belarus e o Vietnã são as maiores prisões do mundo para profissionais da comunicação social. Esses quatro países detêm mais da metade dos jornalistas detidos em cadeias.

Mas no final do ano passado havia menos jornalistas presos em comparação a 2022. "Um jornalista preso é um jornalista impedido de trabalhar, mas é também um jornalista intimidado pelo futuro e, como ele, centenas ou mesmo milhares de colegas estão com a espada de Dâmocles pendurada na cabeça. E é o direito à informação de milhões de pessoas que pode ser violado. Por trás das estatísticas", alerta RSF, "existem tragédias humanas e consequências políticas".

RSF mantém 130 correspondentes em mais de 130 países do mundo para melhor informar a população global.

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