15 Dezembro 2023
Desde o dia 7 de outubro até 8 de dezembro morreram 94 jornalistas no conflito Hamas x Israel. A contagem é da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).
A reportagem é de Edelberto Behs.
Esse número já deve ter se alterado, uma vez que o dado macabro é de um jornalista morto a cada dia na região em média. Nenhum outro conflito no mundo, desde que a FIJ começou o registro, em 1990, a morte de profissionais da imprensa no cumprimento do dever tem sido mais mortal que a guerra em Gaza. Este ano, 72% das mortes de jornalistas no mundo ocorreram na região. Na Ucrânia, a título de comparação, morreram três jornalistas este ano – um russo, um francês e um ucraniano. “Numa guerra, uma guerra clássica, posso dizer que na Síria, no Iraque, na ex-Iugoslávia, não vimos este tipo de massacre”, diz à Associated Press o secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger. O presidente da FIJ, Dominique Pradalié, define que o aumento de mortes, especialmente em Gaza, necessita atenção imediata.
“O imperativo de um novo padrão global para a proteção dos jornalistas e uma ação eficaz da aplicação internacional nunca foi tão grande”, apontou. A FIJ estima que antes do dia 7 de outubro, Gaza contava com cerca de 1 mil jornalistas e trabalhadores na mídia ativos. Os que sobrevivem estão “presos” agora, pois ninguém pode sair de lá. E, no entanto, entre os escombros, os jornalistas locais continuam a fazer o seu trabalho, arrolou o presidente do Sindicato dos Jornalistas Palestinos, Nasser Abu Baker. Repórteres Sem Fronteiras e a FIJ apelaram ao Tribunal Penal Internacional para que investigue as mortes de trabalhadores da mídia na região. Bellaanger informou que chegou a ligar para autoridades israelenses, “mas eles não responderam”.
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Conflito em Gaza é mortal para jornalistas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU