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Fronteiras a superar. Artigo de Vito Mancuso

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06 Novembro 2023

"Mas por que diabos existe um lado e um outro lado? A terra não é dotada de uma única e ininterrupta latitude? Somos nós, ao estabelecermos barreiras e fronteiras, que interrompemos e fragmentamos a sua continuidade. Mas nós, seres humanos, não deveríamos ter todos portadores dos mesmos direitos e talvez ser até mesmo 'irmãos'? Fundámos, de forma louvável, as 'Nações Unidas', mas a que se resume essa nossa aquisição se depois, de fato, as nações permanecem desunidas, separadas por fronteiras com paliçadas cada vez mais altas e cada vez mais armadas?", escreve o teólogo italiano Vito Mancuso, ex-professor da Universidade San Raffaele de Milão e da Universidade de Pádua, em artigo publicado por La Stampa, 28-09-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

No início dos anos 1970 John Lennon cantava "Imagine", e nos convidava a imaginar com a sua esplêndida canção que não existiam mais países (“Imagine there's no countries”) e que todos os seres humanos partilhavam o mundo inteiro (“Imagine all the people sharing all the world").

A derrubada de todas as fronteiras, portanto. Quem sabe quantas outras vezes, antes e depois dele, a livre imaginação dos seres humanos sonhou com a derrubada de barreiras territoriais na esperança de um supertratado de Schengen em nível planetário. No entanto, hoje as coisas estão decididamente indo na direção oposta. Nove países europeus, incluindo a Itália, pela fronteira com a Eslovênia, restabeleceram o fechamento das fronteiras, suspendendo sabe-se lá por quanto tempo a livre circulação firmada em Schengen, cuja futura abolição temo ser mais realista do que a plena aplicação.

Nos últimos anos, outros países construíram para proteger as suas fronteiras muros e cercas de arame farpado com vários metros de altura: hoje existem pelo menos sessenta desses no mundo, entre os quais os muros construídos por Israel na Cisjordânia, o muro entre os Estados Unidos e o México, as cercas que Orbán colocou em volta da Hungria. Os únicos continentes que não os possuem são, por razões facilmente compreensíveis, a Oceania e a Antártida. Mas há uma fronteira que hoje em dia é, mais do que qualquer outra, o símbolo da maldição e da bênção representada pelas fronteiras, para o destino de vida e de morte de quem sabe quantos milhares de pessoas ele representa: a passagem de Rafah.

De um lado a Faixa de Gaza, do outro o Egito. De um lado, a falta de água, alimentos, medicamentos e de qualquer outro item de primeira necessidade; do outro, caminhões carregados de todas essas coisas (que recebem permissão para passar com o conta-gotas, quando deveriam fluir como um rio em cheia). De um lado a morte, do outro a vida. A passagem de Rafah: fechada hoje, aberta amanhã, depois de amanhã ninguém sabe, você com tal passaporte passa, mas com esse outro não, você desse lado se salva, você desse outro lado tem que se virar, aplicação perfeita daquela lógica implacável chamada por Primo Levi de “os submersos e os salvos" e cruelmente dominante sobre muitos outros eventos humanos.

Mas por que diabos existe um lado e um outro lado? A terra não é dotada de uma única e ininterrupta latitude? Somos nós, ao estabelecermos barreiras e fronteiras, que interrompemos e fragmentamos a sua continuidade. Mas nós, seres humanos, não deveríamos ter todos portadores dos mesmos direitos e talvez ser até mesmo "irmãos"? Fundamos, de forma louvável, as "Nações Unidas", mas a que se resume essa nossa aquisição se depois, de fato, as nações permanecem desunidas, separadas por fronteiras com paliçadas cada vez mais altas e cada vez mais armadas? Quando poderemos finalmente nos livrar dessas fronteiras não naturais? Assim, protestam a tensão ética e a imaginação poética dentro de nós, ficando indignados diante da estreiteza de espírito do status quo.

Mas será que se trata realmente “apenas” de estreiteza quando as fronteiras estão em jogo? De estreiteza de espírito, de maldades e sujos interesses há certamente em quantidade quando as fronteiras são administradas concretamente, muitas vezes salvando uns poucos privilegiados e submergindo a maioria. Isso não significa, contudo, que a instituição da fronteira como tal deva ser condenada. Pelo contrário, penso que tenha muito a ver com a lógica da vida.

Cada nossa célula possui uma membrana que a separa das demais e protege seu núcleo e seu citoplasma, demonstrando que a existência do limite e da proteção que dela advém é principalmente uma exigência biológica. E o que vale para a membrana celular vale para toda outra realidade biológica: para muitos animais, marcar o território é essencial.

Essa lógica da delimitação do espaço representada pela fronteira encontra-se em outros quatro âmbitos vitais da vida humana.

Em nível psicológico, existem limites pessoais precisos, como ensina a proxêmica, a disciplina que estuda as relações de distância espacial na comunicação dos seres humanos, segundo a qual cada um de nós possui uma espécie de escala ao interagir com os outros que se configura da seguinte forma: uma distância pública para as relações com os desconhecidos de cerca de três metros, uma distância social para as relações entre conhecidos que chega até um metro, a distância pessoal que chega até 45 centímetros para as relações com os amigos e, por fim, a intimidade que reduz a distância a zero, derrubando toda fronteira.

Mas quantas são as pessoas a que permitimos entrar na nossa intimidade?

Depois da biologia e da psicologia, a lógica da fronteira estrutura em terceiro lugar: a sociedade. Viajando na autoestrada se encontram as placas que indicam o fim de uma região, de um estado e o início de outro, obviamente também podemos eliminá-las, mas isso não significa que no final da viagem nos encontraremos num lugar com outro sotaque, outra culinária, outra cultura. E se isso vale para as regiões, vale ainda mais para os Países.

Primo Levi escreveu, justamente em Os submersos e os salvos: “Um espírito de cada povo existe (caso contrário não seria povo); uma Deutschtum, uma italianidade, uma hispanidad: são somas de tradições, hábitos, história, língua, cultura”. As nações existem e imaginar "no countries" significa empobrecer a biodiversidade humana.

É verdade, as fronteiras nada mais são do que linhas, às vezes convencionais, outras vezes enraizadas na história, mas essas linhas sinalizam o início e o fim de duas realidades humanas diferentes. A tarefa consiste em trabalhar para que as nações realmente sejam "unidas", o que, no entanto, não significa sem fronteiras, mas com fronteiras permeáveis ​​e colaborativas, exatamente como a membrana celular cuja existência garante a proteção celular e cuja permeabilidade permite a nutrição.

Há também uma quarta aplicação da lógica das fronteiras no âmbito ético-espiritual, que pode ser definida de "sentido do limite" (termo que deriva do latim "limes," que significa justamente fronteira). Segundo os antigos gregos, o pecado por excelência é a chamada "hybris," a arrogância, aquela disposição que faz perder a noção dos limites e da fronteira pessoal com a consequente incapacidade de limitar a expansão voraz do ego. Quem é afetado por essa doença espiritual não conhece limites e pretende expandir sua esfera de domínio sem o menor respeito pelo território alheio. Até a Bíblia hebraica estigmatiza duramente esse comportamento agressivo: “Maldito aquele que remover os limites de seu próximo!” (Deuteronômio 27,17); e ainda: “Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra!” (Isaías 5,8), um ditado, este último, que se adapta muito bem à expansão ilegal dos colonos israelenses nos territórios palestinos.

Finalmente, o quinto valor da realidade da fronteira diz respeito ao conhecimento. Paul Tillich, um dos teólogos mais importantes do século XX, orgulhoso opositor do nazismo que o forçou ao exílio, escreveu: “A fronteira é o melhor lugar para adquirir conhecimento”.

Ele se referia àquela dialética inata da mente humana segundo a qual toda realidade impele espontaneamente para um limite que tende a superar. Respeitar as fronteiras não significa, portanto, render-se à estática, mas, pelo contrário, significa superá-las. Para serem superadas, porém, é necessário que existam fronteiras, o que vale para um povo, uma religião, uma ideologia política, uma teoria científica. O ponto fundamental consiste em querer superá-las não pelo desejo de conquista, mas por aquele inquieto espírito de conhecimento que é o fulcro da mente humana, aquela centelha que Dante, dando voz ao seu Ulisses, descreveu como “Não dominaram esse anelo forte que me impulsava a ser do mundo esperto” (Inferno XXVI,97-98).

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