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“Ver” o outro lado. É assim que pode ser curada a fratura emocional gerada pela guerra. Artigo de Carlo Rovelli

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31 Outubro 2023

"Pensar em vencer matando todos os outros não pode funcionar num vasto mundo em que a Assembleia Geral das Nações Unidas vota 120 a 14 contra um Estado israelense que recusa uma trégua. Chamar de “direito à defesa” o desencadeamento de uma violência extrema não nos fortalece, mas nos enfraquece", escreve o físico italiano Carlo Rovelli, professor no Centro de Física Teórica da Universidade de Marseille, na França, e diretor do grupo de pesquisa em gravidade quântica do Centro de Física Teórica de Luminy. 

O artigo é publicado por Corriere della Sera, 30-10-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Ele conclui: "Vamos tentar ver as coisas do outro lado por um momento. Aos que atiçam as chamas, de ambos os lados, por cálculos estratégicos geopolíticos de poder, ou aos que lucram com essa dor vendendo armas, não tenho nada a dizer, a não ser relembrar as palavras finais de Bob Dylan em Masters of war. Releiam-nas".

Eis o artigo.

Tenho uma palavra a dizer, ou melhor, sussurrar, às pessoas que estão de um ou do outro lado da radical fratura emocional causada pelos acontecimentos em Gaza.

Permitam-me que me dirija primeiro aos milhões de manifestantes na Itália e em todo o mundo, solidários com o sofrimento do povo de Gaza. É difícil não sentir empatia por Gaza, dada a evidente agonia de tantos palestinos neste momento. Eu me sinto um de vocês. Mas vocês lembram que o ponto a ser defendido era justamente que a empatia não pode ser unilateral? É certamente ridículo acusar de antissemitismo aqueles que estão indignados com o sofrimento de um povo bombardeado – chegamos mesmo ao ponto de imbecilidade de denunciar pessoas como Greta Thunberg como antissemitas. Mas também estamos considerando o fato real que o antissemitismo existe, é real e é verdade que está em crescimento? Que a história centenária dos judeus e a trágica história do Holocausto perpetrado pelo regime nazista alimenta em muitos judeus um recorrente e compreensível terror? Quando denunciamos o sofrimento de crianças, mulheres e homens em Gaza, pelas mãos do exército israelense, antes de qualquer análise histórica e qualquer atribuição de culpas, nos lembramos também de que existem crianças, mulheres e homens israelenses assassinados?

Antes de fazer contas (claro, desequilibradas), ou atribuir responsabilidades, antes de apontar quais estruturas políticas são oprimidas ou opressoras, nos lembramos de deixar claro que a responsabilidade nunca é coletiva e que estamos defendendo o direito à vida, à casa, a não ser esmagados, mesmo para os seres humanos que estão do outro lado de um conflito? Tenho certeza que quase todos vocês vão me responder, "mas é óbvio". Mas percebemos que se não repetirmos com clareza, toda nossa expressão de solidariedade para com aqueles que sofrem, toda nossa denúncia de injustiça, todo nosso pedido de justiça, são percebidos por aqueles que por razões de etnia, educação, formação, se encontram do outro lado da barricada, como uma declaração de ódio, uma condenação à morte, o reaparecimento do espectro dos pogroms, os recorrentes massacres de judeus ao longo da história? Entre nós há queridos amigos judeus que sempre detestaram a política opressiva de Israel, sempre militaram pelo reconhecimento de um Estado palestino plenamente independente, mas agora hesitam, recuam, assustados com a vasta maré no mundo que condena os massacres perpetrados pelo Estado israelense, mas não quer dizer uma palavra sobre os judeus massacrados. Não ver esse efeito é cegueira, é empurrar para o abismo, para a inevitabilidade do ódio. Não se trata de um detalhe. Trata-se da capacidade de ver os dois lados de uma tragédia, de entender o que motiva quem vê as coisas diversamente.

E permitam-me agora dirigir-me para aqueles que estão do outro lado desta tragédia. Eu entendo a sensação de cerco, entendo o que desperta ouvir nas ruas do mundo inteiro os louvores ao Hamas. Eu entendo a sua percepção do mundo. Eu me sinto um de vocês. Mas entendemos que chamar de antissemita qualquer um que não torça por um bombardeio de civis não leva a nos libertarmos da praga infectada do antissemitismo e do racismo? Pelo contrário, alimenta justamente o antissemitismo? Percebemos que é o nosso próprio medo, e o que esse medo provoca, que alimenta comportamentos que fomentam reações antijudaicas contra nós? Será que percebemos que quanto mais nos lamentamos e usamos a violência do Hamas como justificação para as nossas ações, mais fornecemos argumentos emotivos justamente àqueles que acreditam que a única resposta possível à violência é ainda mais violência? Pensar em vencer matando todos os outros não pode funcionar num vasto mundo em que a Assembleia Geral das Nações Unidas vota 120 a 14 contra um Estado israelense que recusa uma trégua.

Chamar de “direito à defesa” o desencadeamento de uma violência extrema não nos fortalece, mas nos enfraquece. Tentemos também nós, por um momento, olhar para o conflito da perspectiva do outro lado: do outro lado não existem apenas extremistas fanáticos que querem exterminar os judeus. Estes também existem, mas são uma pequena minoria no mundo: até a carta fundadora do Hamas almeja uma convivência pacífica entre Islã e Judaísmo. Se identificarmos sempre quem não nos apoia como a minoria mais extremista, se rotularmos de antissemitismo quem não apoia a linha política mais dura, estaremos jogando fora todas as soluções possíveis e atraindo inimigos. A maioria daqueles que discordam de nós não quer a nossa morte, nem mesmo o nosso mal. Quer não ser bombardeada, não ser oprimida, viver numa democracia, onde quem é governado possa votar em quem o comanda.

Aqui está, é isso que eu queria tentar dizer, com calma, para aqueles que emotivamente se sentem de um lado ou do outro. Vamos tentar ver as coisas do outro lado por um momento. Aos que atiçam as chamas, de ambos os lados, por cálculos estratégicos geopolíticos de poder, ou aos que lucram com essa dor vendendo armas, não tenho nada a dizer, a não ser relembrar as palavras finais de Bob Dylan em Masters of war. Releiam-nas.

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