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A Amazônia e seus inimigos: um apelo à ação e otimismo

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04 Setembro 2019

A Amazônia, agora em chamas, tornou-se a questão política e geopolítica central do direito da humanidade ao seu próprio futuro. O otimismo é o combustível que deve alimentar a luta contra o bolsonarismo autoritário, predatório e destrutivo.

O artigo é de Francesc Badia i Dalmases, baseado em discurso proferido em 11-07-2019, no encontro do Rainforest Journalism Fund que financia reportagens no Amazônia, e publicado por Impakter, 23-08-2019. A tradução é de Democracia Abierta.

A crise climática global não para de aumentar. Os meses de junho e julho foram os mais quentes do hemisfério norte desde que se tem registros. Neste verão, diante de um onda de calor sem precedentes, o gelo da Groenlândia está derretendo a níveis nunca vistos antes. Secas e grandes incêndios estão devastando partes substanciais de áreas florestais em todo o mundo, e o papel da floresta tropical como coletor de dióxido de carbono está ameaçado por avanços incontroláveis no desmatamento.

Como espaço para conter as mudanças climáticas, a bacia amazônica, que abriga 40% da floresta tropical global, desempenha um papel complexo e central. Ela produz um efeito de resfriamento da atmosfera através da evaporação da umidade e produz sua própria chuva na estação seca, ao mesmo tempo que captura níveis maciços de carbono.

Mas a vulnerabilidade da Amazônia se tornou evidente nos últimos tempos, e os incêndios proliferaram em ritmo sem precedentes. Como escreveu Leonardo DiCaprio aos 34 milhões de seguidores do Instagram em um post recente: "Os pulmões da Terra estão pegando fogo". Os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil mostram que, de janeiro a julho deste ano, 18.600 km2 de floresta amazônica brasileira foram queimadas, com um aumento de 62% em relação ao ano anterior. Aqui estamos diante de um ecocídio completo.

Como um todo, a bacia vem sofrendo um número crescente de agressões em nome do “desenvolvimento”, que incluem o corte maciço de árvores, mineração, agricultura industrial e pecuária extensiva, juntamente com a construção de uma grande infraestrutura (estradas e barragens) . No início de agosto, o último de uma série de relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU abordou os impactos climáticos causados pela agricultura, desmatamento e outros usos da terra.

"As mudanças climáticas, incluindo o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, impactaram adversamente a segurança alimentar e os ecossistemas terrestres e também contribuíram para a desertificação e a degradação do solo em muitas regiões", diz o relatório da ONU. Para conter o aquecimento global, o relatório alerta que a agricultura e a pecuária devem mudar. Essa conclusão tem fortes conotações políticas, já que a agricultura e a pecuária são a base sobre a qual se baseiam muitas economias capitalistas ao redor do mundo.

Não podemos falar sobre a Amazônia sem falar de política: local, regional e global

Desde que o tóxico líder de direita Jair Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil, muitas das políticas para proteger a Amazônia, que foram implementadas nas últimas duas décadas , foram paralisadas ou revertidas. Os planos do governo são ultra-agressivos, como evidenciado por um recente vazamento ao qual o democraciaAbierta teve acesso.

"As árvores estão desaparecendo a uma taxa de duas Manhattan por semana", escreveu um editorial do The Economist, intitulado Deathwatch for the Amazon (Alerta de morte para a Amazônia): "Se existe algum ponto positivo na tática devastadora de Bolsonaro em relação à floresta tropical, é ter tornado a ameaça à Amazônia cada vez mais difícil de ignorar".

Com a Amazônia em chamas desde janeiro, o assunto não pode mais ser evitado pela comunidade internacional. "Os incêndios florestais que estão queimando a Amazônia representam uma profunda preocupação", afirmou a Comissão Européia em comunicado na semana passada. "As florestas são nossos pulmões e o sustento de nossos sistemas vivos".

O fato de a imprensa internacional ter se juntado aos ativistas e adotado uma linha mais agressiva na questão da crise climática em geral e da Amazônia em particular, assumindo que se trata de uma questão política que merece ser tratada como tal, é um avanço. O jornalismo tem um papel político essencial na tentativa de impedir o agravamento dessa catástrofe, um papel que deve ser assumido em todas as suas dimensões.

Mas também, quando os jornalistas que trabalham na Amazônia falam sobre política, falamos sobre as pessoas que habitam o território.

É importante lembrar que a raiz grega do termo "política" é "polis", que significa cidade, e que produz o termo "polités", que significa cidadãos. Quando falamos sobre os povos que vivem na Amazônia, sejam indígenas, ribeirinhos ou quilombolas não devemos esquecer que esses povos são compostos de cidadãos, cidadãos do planeta Terra, em pé de igualdade com os leitores deste artigo.

E, consequentemente, ser cidadão significa ter exatamente os mesmos direitos. E quando reportamos a partir desta região do mundo e conversamos com povos indígenas, ribeirinhos ou quilombolas, devemos superar nossos preconceitos neocoloniais, centrados no oeste e muitas vezes racistas. Temos que estar conscientes de que eles são nossos iguais e que, embora suas vidas sejam diferentes da nossa, eles são tão cidadãos deste planeta quanto nós.

Do ponto de vista intelectual, esse conceito de cidadania global parece óbvio. No entanto, não é tão meridiano quanto parece. Existe um forte contraste entre nossas vidas urbanas dominadas pela tecnologia e seu mundo tradicional, ancestral e analógico. O esforço para reconhecer as lacunas culturais para o enriquecimento mútuo deve ser constante, embora isso seja algo cada vez mais difícil para as novas gerações, nascidas em um mundo digital urbano completamente longe de toda ancestralidade, de toda a natureza.

Mesmo assim, como jornalistas que trabalham na bacia amazônica, nossa prioridade deve ser colocar as pessoas no centro de nosso trabalho, que deve ser, acima de tudo, humanístico. Sim, humanista no sentido expresso pelo velho filósofo grego Protágoras, que disse: "O homem é a medida de todas as coisas". Mas também humanístico no sentido de abordar diferentes conceitos de conhecimento e diferentes disciplinas.

O termo humanístico também pode ser interpretado como portador de uma perspectiva interdisciplinar. Da geografia à economia, da antropologia à história e sociologia, da engenharia às ciências ambientais e climáticas. Mas, acima de todas essas disciplinas, é fundamental não perder de vista o fato de que, na Amazônia, quando qualquer trabalho é realizado, seja científico ou jornalístico, que sempre tem implicações para as pessoas e, consequentemente, para a política.

Nesse sentido, a Amazônia é uma questão fundamental para o futuro do nosso planeta, que se tornou um ponto quente na agenda geopolítica. E não falamos apenas da dimensão física da destruição do meio ambiente. Estamos falando do futuro das pessoas, tanto de quem mora lá quanto de outras pessoas. E acima de tudo, sempre que falamos de pessoas, estamos falando de valores. Se realmente queremos trabalhar juntos para fornecer soluções para questões de desenvolvimento na região, uma perspectiva humanística e orientada para o valor se torna mais imperativa do que nunca.

Mesmo assim, com um presidente como Bolsonaro — que trata a Amazônia como uma fonte de matéria-prima ("o Brasil é a virgem que todo tarado de fora quer" chegou a dizer) para explorar e exportar, e seu povo como esquerdistas que relutam em integrar sua visão desenvolvimentista — temos que concordar que, na raiz de tudo isso, há direitos humanos. E o que estamos testemunhando na Amazônia é uma violação de direitos, naturais e humanos.

Mas, acima de tudo, e muito importante, estamos testemunhando a violação do direito da humanidade de existir no futuro. Portanto, não é exagero argumentar que, se Bolsonaro continuar com sua visão predatória e criminal da floresta tropical brasileira, ele deve ser levado à justiça pelo tribunal internacional.

O fato de a Amazônia ter se tornado uma questão de maior importância ao ocupar uma posição cada vez mais central no foco da mídia global abre as portas para algum otimismo. Karl Popper, o filósofo austríaco que influenciou tanto a ciência com seu princípio de falseabilidade e suas implicações para a metodologia da pesquisa científica, era um otimista. Popper afirmou algo que hoje adquire uma importância decisiva, ou seja, "o otimismo é um dever moral". Para ele, o futuro não está escrito, mas sim um reflexo do que fazemos no presente.

Nosso dever é ser otimista, como forma de moldar um futuro melhor para todos

E otimismo é o que encontramos em nossa série Rainforest Defenders para o El País e democraciaAbierta, produzida em conjunto com o fotojornalista Pablo Albarenga e o a ONG ambiental Engajamundo no rio Tapajós, com o apoio do Rainforest Journalism Fund, gerenciado pelo Pulitzer Centro de Washington [Nota de IHU: As fotos de Pablo Albarenga podem ser conferidas no artigo original, disponível neste link].

Ao produzir a série, o democraciaAberta colocou jovens no centro de suas histórias, permitindo que eles contassem suas batalhas, frustrações e esperanças de um mundo melhor. E, apesar de tantas dificuldades que enfrentam todos os dias, o que encontramos neles foi, afinal, um otimismo irresistível.

Como diz a jornalista brasileira Eliane Brum, a Amazônia e seu povo estão no centro do mundo. Temos que ficar ao lado deles e esperar que eles "possam nos aceitar ao seu lado na luta".

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