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Quando a cultura de saber perder é a mais alta filosofia de vida. Artigo de Vito Mancuso

Foto: Florian Schmetz | Unsplash

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06 Agosto 2024

"Muitas vezes se aprende mais com uma derrota do que com dez vitórias. Em todos os níveis: físico, psíquico, moral. Portanto, a derrota é um remédio poderoso e um incentivo ainda mais poderoso", escreve Vito Mancuso, ex-professor da Universidade San Raffaele, de Milão, e da Universidade de Pádua, em artigo publicado por La Stampa, 04-08-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Contam apenas as medalhas e existe um valor até mesmo na derrota? Para todas as espiritualidades do mundo, "o maior sucesso é aquele contra si mesmo".

Nestes dias de competências olímpicas, de medalhas ganhas ou perdidas por um centésimo de segundo, de poucos vencedores e muitos relativos perdedores, é inevitável que floresçam debates sobre a vitória e a derrota. Parece não haver dúvida sobre o valor da primeira: ninguém no mundo compete sem o desejo de vencer, de ser o primeiro de todos, é algo extremamente natural para os seres humanos e, sem esse desejo, não haveria competições, jogos, campeonatos, prêmios literários, certames e todos os outros tipos de competição. A vitória é o objetivo da competição. Caso contrário, não se compete, simplesmente se pratica. Mas se há competição, é porque se busca a vitória; e se se busca a vitória, é porque se quer a glória que dela decorre. E desde que o mundo é mundo, a glória tem sido um dos quatro principais desejos que impulsionam os seres humanos (os outros três são prazer, poder e ter, e estão hierarquicamente relacionados entre si de acordo com cada sujeito).

Isso certamente não vale apenas para o esporte, mas também para a pesquisa científica, a política, a cultura e até mesmo a religião. Pascal escreveu: "A vaidade está tão arraigada no coração do homem que um soldado, o ajudante de um soldado, um cozinheiro, um porteiro, todos vivem a se gabar e a procurar admiradores, e mesmo os filósofos desejam tê-los. E aqueles que escrevem contra a vaidade desejam ter a glória de escrever bem; e aqueles que leem o que estes escreveram desejam a glória de ter lido isso; e eu, que escrevo este ataque à vaidade, talvez alimente também o mesmo anseio de glória: e talvez também os que leem isto". Em suma, todos nós aspiramos, cada um a seu modo e de acordo com suas possibilidades, à medalha de ouro.

Mas o que dizer da derrota? Existe um valor até mesmo na derrota, em ficar sem medalha, em ficar em último lugar? Até mesmo em se retirar, em nem mesmo chegar? Retomado e relançado por vários sites, circula nas redes um texto de Pasolini sobre a derrota, que diz o seguinte: "Penso que seria necessário educar as novas gerações para o valor da derrota. Para a sua gestão. Para a humanidade que resulta dela. Para construir uma identidade capaz de perceber um destino comum, onde se pode fracassar e recomeçar sem que o valor e a dignidade sejam afetados. Para não se tornar alguém que pisa nos outros, para não passar por cima dos outros para chegar primeiro". Esse texto, que continua da maneira que veremos, é na realidade, dizem os especialistas (ver o blog 'Pasolini. Le pagine corsare'), uma falsificação, montada muitos anos após a morte de Pasolini e falsamente atribuída a ele.

Em outras palavras, seria um dos muitos casos de pseudoepígrafa de que a história da humanidade está cheia, quando alguém, para dar crédito ao seu próprio pensamento, atribui-o a um autor famoso, como acontecia com frequência na Antiguidade, especialmente no caso dos evangelhos (hoje, em vez disso, prefere-se o procedimento oposto do plágio, ou seja, tomar frases ou páginas inteiras de outros e passá-las como se fossem de própria autoria).

O que está é efetivamente documentado é que Pasolini declarou: "Sou um homem que prefere perder em vez que ganhar por métodos desleais e injustos", enquanto parece que realmente não se encontra em lugar nenhum de suas obras a citação publicada. E que continua assim: "Neste mundo de vencedores vulgares e desonestos, de prevaricadores falsos e oportunistas, de pessoas que contam, que ocupam o poder, que roubam o presente - e imaginem o futuro! -, de todos os neuróticos do sucesso, das aparências, da ostentação... prefiro muito mais quem perde a essa antropologia do vencedor".

O apócrifo de Pasolini é uma perfeita imagem espelhada da mentalidade dominante que celebra a vitória. Esta diz: o sucesso é sempre bom, viva o vencedor, sorte daquele que sobre em sua caminhada. A outra, por outro lado, retruca: o sucesso é sempre ruim, quem chega lá é um desonesto, trapaceou e passou por cima dos outros. A primeira celebra os vencedores pelo simples fato de terem vencido, a segunda os rebaixa e, como se não bastasse, eleva os perdedores pelo simples fato de terem perdido.

Pessoalmente, não me reconheço em nenhuma dessas perspectivas. Acredito que a vitória tem um valor efetivo, não é por acaso que os antigos a consideravam uma deusa, chamada Niké pelos gregos e Victoria pelos latinos. Ou seja, existe um valor objetivo para o feito realizado, seja ele em nível esportivo, seja ele em nível científico ou qualquer outro, um valor que tem muito a ver com o sentido do esforço humano e sua capacidade de produzir excelência. É sempre uma fonte de grande alegria ver como um ser humano consegue se superar, seja em um esporte específico, seja na música, no teatro ou em qualquer outro âmbito, e não se pode deixar de sentir admiração e gratidão por aqueles que nos fazem viver grandes emoções por meio de seu trabalho e talento. Também acho que a derrota tem um valor efetivo, não tanto por ser mera derrota (que é sempre algo que não se deve desejar a ninguém, obviamente nem mesmo a nós mesmos), mas por dois motivos, um mais prático e outro mais profundo.

O motivo mais prático é que as derrotas são sempre, se sabiamente assimiladas, grandes lições. Muitas vezes se aprende mais com uma derrota do que com dez vitórias. Em todos os níveis: físico, psíquico, moral. Portanto, a derrota é um remédio poderoso e um incentivo ainda mais poderoso.

O motivo mais profundo diz respeito à vida em sua totalidade. Se, de fato, a derrota consiste em ser vencidos por alguém ou algo mais forte do que nós, então é preciso reconhecer que ela, muito mais do que a vitória, é o destino final de cada um de nós. É por isso que a cultura da derrota constitui a mais elevada filosofia de vida, como ensina Platão, que descrevia o objetivo da filosofia como "aprender a morrer". A arte de viver (mas só entendemos isso em uma certa idade) é alcançada ao aprender a morrer, ou seja, na cultura da rendição diante de uma força invencível.

Nós, no entanto, não fomos feitos para perder, fomos feitos para ganhar, é o nosso próprio instinto vital que grita isso dentro de nós. É por isso que somos apaixonados pelo esporte, pelos festivais ou por mil outras competições. Mas qual é a competição para a qual fazer, certos de uma resposta, a pergunta presente no hino nacional: "Onde está a vitória"? É aquela contra nós mesmos.

Lemos no Dhammapada, um dos textos sagrados budistas entre os mais amados: "Há aquele que sozinho pode derrotar centenas e centenas de adversários; mas o mais sublime dos heróis é aquele que sabe vencer a si mesmo". E ainda: "A vitória sobre si mesmos é a maior vitória; é muito mais valiosa do que subjugar os outros". Isso é unanimemente afirmado por todas as grandes espiritualidades do mundo. Assim também se expressa, Platão: "A vitória que alguém tem sobre si mesmo é a primeira e mais nobre vitória". Sêneca: "O domínio sobre si mesmos é o maior domínio". Também a Bíblia nos Provérbios 16,32: "mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade". Eis aqui a medalha de ouro a conquistar, pela qual cada um de nós veio ao mundo.

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