• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Diário de guerra (19). Artigo de Riccardo Cristiano

Mais Lidos

  • Prevost, o Papa 'peruano': missionário e político

    LER MAIS
  • Leão XIV: o grande desafio, a desocidentalização e a despatriarcalização da Igreja. Artigo de Leonardo Boff

    LER MAIS
  • “Para a Igreja, a nova questão social é a inteligência artificial”, segundo Leão XIV

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

03 Janeiro 2024

"A guerra em curso, no entanto, distorce e subverte os valores. O desejo natural de vida das pessoas é direcionado para seguir extremos alimentados por anos, inclusive pelo nosso Ocidente". 

O comentário é de Riccardo Cristiano, jornalista italiano, em artigo publicado por Settimana News, 29-12-2023. 

Eis o artigo.

Os eventos que ocorrem no Irã merecem a atenção que, frequentemente, esse povo não recebe de nós. Portanto, pelo menos no meu diário, quero relatar o que aconteceu: não é comum que uma multidão significativa de iranianos tente entrar, na noite de Natal, em uma catedral, no caso, a armênia de Vank, em Isfahan.

As pessoas esperaram por muito tempo para descobrir, com decepção, que a catedral estava fechada, uma vez que a Igreja celebra o Natal em 6 de janeiro, seguindo o antigo calendário juliano, como todas as Igrejas Orientais.

No entanto, a multidão, à noite, era verdadeiramente notável: surpreendente!? Os especialistas veem o crescente interesse popular pelo Natal no Irã como uma resposta ao desejo de vida e felicidade, uma clara reação à tentativa do regime de impor, especialmente aos jovens, os rituais de sofrimento, lágrimas e dor. Não são expressões exageradas. No xiismo, existem rituais que envolvem autoflagelação para lembrar o martírio do Imam Hussein, a figura mais importante no xiismo após o Imam Ali.

Mas isso deveria acontecer uma vez por ano, enquanto existem outras tradições decididamente alegres, como a festa de Ano Novo que dura vários dias, ou o solstício de inverno. No entanto, essas são obstruídas ou literalmente impedidas pelas autoridades, que contam muito, ao contrário, com o dolorismo, a imposição do sofrimento e sua repetição contínua como elemento fundamental de sua visão de vida, que é uma ideologia.

***

Essa exaltação da dor, pertencente à tradição xiita, mas limitada aos dias de Ashura, ou seja, a comemoração (real ou convencional, não importa) do martírio do Imam Hussein, se contrapõe às palavras das praças: "mulher, vida, liberdade".

O que aconteceu em Isfahan, portanto, tem um valor político que ajuda a entender a importância cultural do protesto iraniano em andamento há anos. O fato de uma igreja ser literalmente invadida, clamando por sua abertura, é uma novidade absoluta, indicando o desejo de vida, alegria, livre expressão, encontro alegre e comunitário que existe na população iraniana e que quer se manifestar.

Os jornais que relataram o evento mostraram fotos de homens vestidos de Papai Noel perto da catedral. Também exibiram a intervenção das forças de segurança, que recorreram ao uso de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Não faltaram fotos de mulheres iranianas que, nas grandes cidades, quiseram tirar selfies em frente a vitrines decoradas com enfeites de Natal tipicamente ocidentais. Para dizer a verdade, até mesmo a festa de Halloween tornou-se muito popular no Irã, assim como em outros lugares, apesar de não fazer parte de nossa tradição.

***

No entanto, na manifestação popular de Isfahan, nada foi observado que fosse contra os valores islâmicos, que confirmam a importância do Natal na religião: desde a concepção milagrosa de Jesus até os episódios da vida de Jesus, que, para o Islã, é um profeta, mas não apenas um "profeta comum".

O que deve ser percebido – ao examinar de perto – é o incômodo popular cada vez menos dissimulado em relação ao khomeinismo, à sua heresia na escolha de transformar o culto islâmico em justificativa para uma opressão teocrática e rigorista além de qualquer limite: não mais uma religião da tradição, mas uma ideologia totalitária.

A guerra em curso, no entanto, distorce e subverte os valores. O desejo natural de vida das pessoas é direcionado para seguir extremos alimentados por anos, inclusive pelo nosso Ocidente. Muito ecoou o que foi escrito pelo jornal israelense Haaretz, atribuindo a Netanyahu, em março de 2019, durante o comitê central de seu partido, o Likud, estas palavras: "Quem quiser se opor à criação de um estado palestino deve apoiar o fortalecimento do Hamas e o envio de dinheiro ao Hamas". E acrescentando: "Isso faz parte de nossa estratégia para separar os palestinos de Gaza dos palestinos da Judeia e Samaria". Agora, não é surpreendente que o Hamas tenha usado todo o dinheiro recebido do Catar para se armar, deixando sua própria população passar fome.

***

Volto, para concluir a página, à minha – não apenas minha – tese habitual: a solução de um Estado palestino em paz ao lado de Israel é exatamente o que os extremistas querem impedir.

O extremismo dos mullahs busca impedir isso com o dolorismo ideológico que alimenta o terrorismo: pode-se sofrer e morrer, porque o martírio é pela justiça absoluta. Em Isfahan, as pessoas que queriam entrar na igreja disseram, por meio de um ato, algo diferente: a justiça é um caminho a ser construído em conjunto com outros, no mundo, com um profundo amor pela vida.

Leia mais

  • Diário de guerra. Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (2). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (3). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (4). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (5). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (6). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (7). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (8). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (9). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (10). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (11). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (12). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (13). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (14). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (15). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (16). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (17). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (18). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (20). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Irã. Que o mundo pare o massacre dos jovens iranianos. Artigo de Narges Mohammadi
  • Irã, Rússia e China. As três peças da guerra mundial contra o Ocidente
  • Irã. A história política do país persa, xiita e anti-imperialista
  • A indústria militar de Israel tornou o Ocidente refém de sua estratégia na Palestina
  • “O Ocidente perdeu credibilidade, não existem seres humanos de segunda classe”. Entrevista com Ece Temelkuran
  • O Ocidente deve desistir da batalha de narrativas
  • A memória curta do Ocidente. Quando Israel inventou o Hamas para criar obstáculos e desacreditar Yasser Arafat

Notícias relacionadas

  • Natal: O Rosto Humano de Deus

    LER MAIS
  • "Encontramos Deus em nossa própria humanidade"

    "O Evangelho tem algo muito forte, muito duro, que não cabe em nossa cabeça. A partir do primeiro Natal que houve na história, [...]

    LER MAIS
  • Natal: A humanidade de Deus e a divindade do Homem

    LER MAIS
  • Poesia e mística: o silêncio como origem e destino. Entrevista especial com Mariana Ianelli

    “O tempo interior, de silêncio, paciência e meditação, tem sido cada vez mais preterido pelo imediatismo, que é a noção d[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados