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A desumanidade atual: perdeu-se a humanidade do ser humano? Artigo de Leonardo Boff

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25 Outubro 2023

"O que estamos assistindo é a falta total de controle sobre esta dimensão obscura e desumana (também demasiadamente humana) que está produzindo mortes e destruição",  escreve Leonardo Boff, teólogo e escritor, autor de, entre outros livros, de Fundamentalismo, terrorismo, religião e paz (Vozes, 2009) e Homem: Satã ou Anjo Bom (Record, 2008).

Segundo ele, citando James Watson, "tão fundamental é o amor à natureza humana que estou certo de que a capacidade de amar está inscrita em nosso DNA – um São Paulo secular diria que o amor é a maior dádiva de nossos genes à humanidade... esse impulso, creio, salvaguardará nosso futuro".

"O que as maiorias da humanidade desejam desesperadamente", afirma o teólogo, "é um mundo onde todos possam caber em paz, com o suficiente e o decente para todos, na mesma Casa Comum, agora em guerra e sob o fogo".

Eis o artigo.

Nietzsche repetiu muitas vezes que o desumano (allzumenschlich) pertence também ao humano. Isso se deriva do fato de nossa condição humana ser simultaneamente racional e irracional, caótica e harmoniosa. Não como defeito de criação, mas como como dado de nossa realidade histórica. Também o processo cosmogênico mostra a mesma característica, pois caos e cosmos andam juntos. Temos a ver, portanto, com uma constante cosmológica, social e individual. Que isso é verdade vemos na pérfida guerra Israel-Hamas. Este último praticou atos medonhos de terrorismo, de matanças indiscriminadas de habitantes de Israel e sequestro de duas centenas de pessoas. Este último revidou com dobrada violência, matando também indiscriminadamente pessoas, especialmente crianças e mães, arrasando hospitais e lugares sagrados. Mostrou-se um estado terrorista. Em ambos os lados verdadeiros crimes de guerra beirando o genocídio embrionário.

Todos ficamos estarrecidos: como é possível tanta desumanidade? O que somos finalmente? Por que Deus se cala diante de tanta maldade? Não são poucos os que desesperam da humanidade. Merecemos ainda viver sobre este planeta? Uma sombra de tristeza e de abatimento marca o rosto de chefes de estado, de jornalistas e de praticamente todos que aparecem nas telas de televisão e entre nós. De modo comovedor de nos fazer chorar comparecem as figuras ensanguentadas de palestinos, carregando em seus braços filhinhos e filhinhas assassinadas.

Ficamos abatidos e indignados porque dentro de nós se faz ouvir o outro lado de nossa realidade: somos principalmente seres de amor, de empatia, de solidariedade, de compaixão e de renúncia à toda vingança. Contra toda a maldade (sombra), reafirmamos essa dimensão de bondade (luz). De forma impactante deixou por escrito pouco antes de ser morta sob os escombros em Gaza, a romancista e poeta palestina Heba Abu Nada: “somos pessoas Justas e do lado da Verdade". Sim, ela nos confirma que somos principalmente justos e do lado da verdade, do amor e da compaixão.

Cabe reconhecer, no entanto, que o lado irracional e perverso (embora nunca se perde totalmente o momento racional pertencente à natureza humana) é predominante naqueles que conduzem a guerra, especialmente Israel, os EUA e seus aliados europeus, a comunidade internacional (quem são?) que se mantém calada e inerte face à morte de milhares de civis, crianças inocentes nos bombardeios israelenses. Parece que decretou-se a morte lenta com o fechamento de todas as fronteiras, de comida, de água, de medicantos e de energia.

Este é o cenário dos poderes dominantes, dos donos da guerra, mais interessados na disputa geopolítica e no bilionário negócio das armas do que em salvar vidas humanas. Afinal, dizem, “são palestinos, sub-humanos” e tidos por grupos extremados de Israel, até pelo ministro da defesa como “animais” e assim devem ser tratados, eventualmente, exterminados.

Tal cenário é contrastado pelas multidões que no mundo inteiro, no mundo árabe, nos EUA, na França, na Alemanha, em outros países e um pouco no Brasil que se manifestam aos milhares nas ruas e se colocam ao lado dos castigados coletivamente, dos mais fracos, dos palestinos da Faixa de Gaza, mostrando que querem humanidade e não ataques de desumanidade. Mesmo em situação de guerra existem leis (ius in bello) que, se violadas, configuram crimes de guerra como matar inocentes crianças, atacar hospitais, escolas e lugares sagrados. É o que vem sistematicamente ocorrendo nos bombardeios.

O que nos diz a melhor ciência contemporânea, a ciência da vida, da Terra e do cosmos? Ela nos convence de que o nosso lado humano e luminoso pertence ao DNA (manual de instruções da criação humana) de nossa natureza. James Watson e Francis Crick em 1953 descreveram a estrutura em hélice da molécula DNA. Watson, em seu livro DNA, o segredo da vida (Companhia das Letras, 2005) confirmando o que São Paulo escreveu sobre o amor na primeira epístola aos Coríntios, assevera: ”Tão fundamental é o amor à natureza humana que estou certo de que a capacidade de amar está inscrita em nosso DNA – um São Paulo secular diria que o amor é a maior dádiva de nossos genes à humanidade... esse  impulso, creio, salvaguardará nosso futuro” (p. 434).

Não outra coisa sustentam os neurocientistas e biólogos (confira as opiniões reunidas por Michael Tomasello no livro Por que nós cooperamos (Warum wir kooperieren, Berlim 2010): ”No altruísmo um se sacrifica pelo outro. Na cooperação muitos se unem em vista do bem comum” (p. 14). O conhecido neurobiólogo Joachim Bauer do famoso Instituto Max Plank, no livro Princípio humanidade: por que nós, por natureza, cooperamos e no outro O gene cooperativo (Das cooperative Gen. Hamburg 2006 e 2008), comprova: “Os genes não são autônomos e de modo algum ‘egoístas’ (como quer falsamente Richard Dawkins), mas se agregam uns aos outros nas células da totalidade do organismo... todos os sistema vivos se caracterizam pela permanente cooperação e comunicação molecular para dentro e para fora” (p. 183-184).

Tais afirmações que poderíamos multiplicar com outros grandes cientistas, mostram que toda violência e guerra são contra a nossa natureza mais essencial, feita de cooperação, amor, solidariedade e compaixão, embora, como afirmamos anteriormente, exista também o impulso de morte e de agressão. Mas este pela civilização, pelas religiões, pela ética e pela participação política de todos (democracia ecológico-social), pelo esporte e pala arte, possa ser mantido sob controle, como aliás, afirmava Sigmund Freud respondendo a Albert Einstein.

O que estamos assistindo é a falta total de controle sobre esta dimensão obscura e desumana (também demasiadamente humana) que está produzindo mortes e destruição. Aqueles que poderiam se empenhar na contenção da desumanidade e na manutenção de nossa humanidade mínima, estão, vergonhosamente inertes face à limpeza étnica perpetrada pelo estado de Israel. Enquanto isso milhares estão sendo mortos sob escombros produzidos pelos implacáveis ataques aéreos do exército israelense. Curiosamente, os EUA estão gastando 100 bilhões de dólares para produzir armas de morte e sustentar a guerra na Ucrânia e a guerra Israel-Hamas, apoiando incondicionalmente o estado de Israel dando luz verde para um desproporcional contra-ataque. Enquanto isso, a China está empenhando 100 bilhões de dólares para implementar pacificamente o Cinturão e a Rota da Seda. São duas modalidades contrárias de política, uma propiciando melhoria dos países, especialmente dos mais pobres pelo caminho da paz e a outra da guerra, sempre usada pelos EUA no Iraque, Afeganistão, Síria, Líbia e em outros tantos lugares para assegurar sua excepcionalidade e seu poder unipolar.

Basta. O que as maiorias da humanidade desejam desesperadamente é um mundo onde todos possam caber em paz, com o suficiente e o decente para todos, na mesma Casa Comum, agora em guerra e sob o fogo.

Leia mais

  • O amor pertence ao DNA do ser humano
  • Amor em tempos de ira e de ódio
  • Em um mundo desumano, não basta apenas ser bom
  • Conflito Israel-Hamas é um trauma para gerações. Entrevista especial com Dawisson Belém Lopes
  • O confronto entre o Estado de Israel e o povo palestino: sem perspectiva de solução? Artigo de Jean Marc von der Weid
  • Não dá para ficar neutro nesse choque de barbáries em Israel, diz professor
  • “Parem! A guerra sempre é uma derrota, é a destruição da fraternidade humana”
  • Welby, Francisco e Bartolomeu preparam uma declaração conjunta exigindo um cessar-fogo em Gaza
  • O dever de rejeitar o ódio. Artigo de Edgar Morin
  • O dever de lembrar que da barbárie só pode nascer barbárie. Artigo de Pier Giorgio Ardeni
  • Conselho Mundial de Igrejas - CMI, condena ataque ao edifício adjacente à Igreja Ortodoxa Grega de São Porfírio em Gaza
  • Faixa de Gaza: casa cristã bombardeada. Patriarcado Ortodoxo Grego, “crime de guerra”
  • A guerra é um crime contra a humanidade. Eu me comprometo a não apoiar nenhum tipo de guerra
  • Repudiar a guerra: não é uma utopia. A advertência de Hannah Arendt
  • Gaza: o santuário violado. Artigo de Stephanie Saldaña
  • “O que estamos vendo em Gaza é um genocídio clássico”. Entrevista com Raz Segal
  • Guerra em Palestina-Israel. Parolin volta a ser central na diplomacia do Vaticano
  • Que futuro. Artigo de Raniero La Valle
  • Palestina: não seja indiferente. Artigo de Flávio Lazzarin
  • Os palestinos também são filhos de Deus
  • “Só uma democracia radical pode pôr fim à violência no Oriente Médio”. Entrevista com Judith Butler
  • Faixa de Gaza: massacre no hospital anglicano Al-Ahli Arabi. Conselho Mundial de Igrejas: “Crime de guerra. Ataque de punição coletiva”
  • Pelo menos 500 mortos numa incursão contra um hospital em Gaza. Israel: “A invasão terrestre não é o único plano”
  • “Isto realmente é um genocídio”. X - Tuitadas
  • Welby, sobre o massacre no hospital anglicano: “É uma perda atroz e devastadora de vidas inocentes”
  • O massacre em Gaza e a escolha dos EUA
  • Bombardeado o hospital anglicano em Gaza: há mais de 500 mortos
  • O Papa e as escolhas dramáticas para Gaza
  • Chorar por Jerusalém
  • Uma voz de Jerusalém não quero vingança de ninguém. Artigo de Orly Noy
  • O paradigma de Netanyahu fracassou. Artigo de Francesco Sisci
  • Gaza: encurralados

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