Centro Simon Wiesenthal: “Pío XII silenciou publicamente durante todo o Holocausto”

Foto: Kristvin Gudmundsson | Unsplash

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21 Setembro 2023

Numa declaração dada após a publicação exclusiva do Corriere della Sera, o SWC (Simon Wiesenthal Center) emitiu uma declaração confirmando que “a Igreja Católica estava ciente da enormidade dos assassinatos em massa contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial”.

A informação é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 19-09-2023.

"A correspondência recém-descoberta mostra provas mais explícitas de que o Papa Pio XII nunca deveria ser canonizado, uma vez que permaneceu publicamente em silêncio durante o Holocausto". Depois de tomar conhecimento da existência de uma carta dirigida a Eugenio Pacelli em 14-12-1942 detalhando a existência de crematórios nos campos de concentração nazistas onde 6.000 homens (judeus e poloneses) eram assassinados diariamente, o Centro Simon Wiesenthal exigiu que a Santa Sé paralisasse a beatificação do Papa que liderou a Igreja durante a Segunda Guerra Mundial.

Numa declaração após a publicação exclusiva do Corriere della Sera, o SWC emitiu uma declaração confirmando que “a Igreja Católica estava ciente da enormidade dos assassinatos em massa contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial”.

Papa beija número tatuado no braço de sobrevivente do Holocausto. (Foto: Reprodução | Vatican News)

"A SWC luta há mais de duas décadas pela santidade de Pio XII", afirma a nota, que lembra como, há um ano, uma delegação de 30 membros do centro se reuniu com o Papa Francisco "para apresentar a ele uma cópia fiel de um relatório original redigido e assinado por Adolf Hitler no qual ele advoga abertamente pela destruição do povo judeu através de um governo de força nacional", que, asseguram, Pacelli conhecia.

A carta desmascara a teoria de que o Vaticano só sabia da existência de campos de concentração. Na verdade, afirma-se que no "alto-forno" de Belzec "morriam todos os dias até 6.000 homens, principalmente polacos e judeus".

Em 14 de dezembro daquele ano, um jesuíta alemão enviou uma carta (agora encontrada nos arquivos do Vaticano) ao secretário especial de Pacelli, o alemão Robert Leiber, na qual é mencionada a existência de crematórios da SS na cervejaria Belzec, bem como menções ao campo de Auschwitz.

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