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21 Novembro 2022

"É hora de parar de depositar nossas expectativas e esperanças em encontros estéreis que não servem para nada além de colocar vírgulas onde precisaríamos de um ponto de exclamação para enfrentar uma crise nunca antes vista". 

O artigo é de Carlo Petrini, fundador do movimento Slow Food, ativista e gastrônomo, sociólogo e autor do livro Terrafutura (Giunti e Slow Food Editore), no qual relata suas conversas com o Papa Francisco sobre ecologia integral e o destino do planeta, publicado por La Stampa, 20-11-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Desde a conferência de Berlim de 1995 a Sharm el-Sheikh, praticamente nada foi feito para salvar o planeta enquanto aumentam incêndios, inundações e desertificação.

A irreversibilidade chegou, os desastres climáticos-ambientais são cada vez mais frequentes e alguns, como a desertificação, estão em constante aumento. É hora de parar de depositar nossas expectativas e esperanças em encontros estéreis que não servem para nada além de colocar vírgulas onde precisaríamos de um ponto de exclamação para enfrentar uma crise nunca antes vista. Mais de um quarto de século se passou desde a primeira Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas e o que mudou? Praticamente nada, a começar pela nossa ilusão de que esses encontros possam propiciar soluções revolucionárias capazes de subverter concretamente um futuro do planeta que a cada ano se torna mais sombrio. Neste 2022, em todo o globo se intensificaram fenômenos extremos como incêndios, inundações e longos períodos de seca; devemos, portanto, parar de nos enganar e admitir que o desafio com a crise climática foi perdido. As futuras gerações serão obrigadas a viver cataclismos cada vez mais desastrosos.

Se pensarmos bem, de Berlim (1995) a Sharm el-Sheikh (2022), os rituais vêm sendo os mesmos: no último dia divulga-se um acordo, resultado de compromissos cada vez mais reduzidos de última hora e, portanto, incompletos e pouco eficazes; isso é inicialmente saudado como a panaceia para todos os males; apenas para ser corriqueiramente desatendido. E o resultado final é que, nos fatos, não muda absolutamente nada (ou muito pouco)

Sim, são os fatos que contam. São eles que nos dizem que nos últimos trinta anos, em detrimento de todas as boas intenções, poluímos nosso planeta tanto quanto nos dois séculos anteriores de industrialização. Os acontecimentos nos colocam diante de fenômenos extremos cada vez mais numerosos, cada vez mais repentinos e cada vez mais impactantes. E são, portanto, esses fatos que devem nos tornar desencantados diante da chegada iminente e inevitável de uma verdadeira convulsão ambiental.

Ilusão, desencanto, irreversibilidade: todos termos fortes que remetem a um cenário apocalíptico. Ao mesmo tempo, porém, podem realmente abrir nossos olhos para três questões em particular.

A primeira: por trinta anos apostamos em uma espécie de dialética composta de frases como "ainda há tempo", "é hora de agir" ou "estamos nos aproximando do ponto sem volta". Esse foi um método totalmente ineficaz. O engano de ainda ter tempos e margens de manobra não claramente definidos lançou as bases para uma longa e nociva tergiversação: o ponto sem volta já foi ultrapassado.

Em segundo lugar, em um contexto como o atual, devemos estar cientes de que qualquer tipo de solução resulta irrisória se não for seriamente compartilhada por todos ao mesmo momento; uma opção que resulta estar muito distante da realidade. As soluções práticas que, ainda que em pequena escala, já estão sendo implementadas - sobretudo por meio de ações virtuosas de alguns cidadãos - já não são suficientes. E acrescento: ainda que o encerramento da COP27 tivesse definido uma verdadeira mudança de ritmo no combate às alterações climáticas, só poderíamos verificar os efeitos tangíveis, não amanhã, nem mesmo nos próximos anos, mas apenas depois de décadas.

Com isso quero dizer que, embora agindo agora de forma decidida e unida, o cumprimento dos objetivos que há anos estamos visando, por força das circunstâncias - e devido aos tempos de reação de um ambiente completamente saturado - irá ocorrer muito depois de 2030 e provavelmente para além de 2050. Devemos tomar consciência disso e - terceiro elemento - começar a pensar seriamente no fato de que talvez cada um de nós não esteja tão pronto para abandonar grande parte dos confortos adquiridos para adotar mudanças sérias e profundas em sua própria maneira de viver. Além disso, se com as COPs estamos presenciando ano após ano o impasse das Nações Unidas, através da política interna da grande maioria dos Estados, temos a demonstração de que todo o arcabouço econômico-produtivo não tem a menor intenção de parar e repensar o modelo vigente e apostar em novas abordagens mais ecológicas.

O contexto está, portanto, delineado, mas isso não significa que devemos interromper as discussões ou, pior ainda, deixar de adotar comportamentos virtuosos em termos de sustentabilidade ambiental. Abrir os olhos, admitir que perdemos o desafio climático, adotar um pragmatismo saudável e dizer as coisas como são deve ser capaz de ampliar nosso campo de ação e não o reduzir. Por menor e insignificante que seja em nível global, uma boa conduta voltada para a saúde dos ecossistemas (proteção da biodiversidade, fertilidade dos solos, consumo de água e redução da dispersão de material plástico em todos os cantos do planeta são medidas urgentes que não podem mais ser caladas ou ficar em segundo plano) pode vencer pequenos desafios locais; que podem gerar implicações positivas também no campo social e, portanto, melhorar a vida das pessoas mais próximas.

Da mesma forma, nossas ações em nível local devem ser movidas pelo senso de responsabilidade para com aqueles que são forçados a viver esta situação dramática sem serem responsáveis por ela. Se pararmos para pensar, embora o destino de toda vida humana seja sentir suas forças, não é algo comum deixar de agir e fazer o bem à medida que avança a fase de declínio. Por isso, concluindo, quero dirigir-me às pessoas com quem, por questões de idade, me sinto mais próximo. Sobre as gerações dos que hoje têm mais de 50 anos paira o peso de uma profunda culpa.

Como vamos olhar nos olhos um jovem adolescente que muito provavelmente pagará com a qualidade de sua própria vida (incêndios, inundações, talvez carestias, certamente grandes fluxos migratórios) pelas escolhas inconsequentes que continuamos a perpetuar por décadas inteiras. O que devemos evitar, inclusive como exemplo para os mais jovens, é o sentimento de passividade e de indiferença para com o que nos rodeia, seja fácil ou difícil de enfrentar.

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