A hora é agora. Artigo de Luiz Werneck Vianna

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13 Outubro 2022

 

"Derrotar no segundo turno as hostes fascistas é a missão sagrada que recebemos do que há de melhor em nossa história, obstando a conquista do Poder Executivo por elas", escreve Luiz Werneck Vianna, sociólogo, PUC-Rio.

 

Eis o texto.

 

Estamos em situação de risco, tenta-se fechar o cerco contra a nossa democracia e suas instituições, seus inimigos já detém posições fortes no Legislativo com que pretendem alvejar no que sempre foi seu inimigo principal, a Constituição, ferindo de morte o Poder Judiciário que a garante. Derrotar no segundo turno as hostes fascistas é a missão sagrada que recebemos do que há de melhor em nossa história, obstando a conquista do Poder Executivo por elas. Contamos para esse combate com a liderança de Lula, que heroicamente, com sabedoria, coragem e prudência, nos conduz nessa luta contra o dragão da maldade que intenta desviar nossa sociedade dos ideais civilizatórios que a animam a fim de nos liberar das nefastas heranças que recebemos da escravidão e do latifúndio.

 

Sabemos pelas pesquisas dos centros especializados que do nosso lado marcham os humilhados e os ofendidos, os que sobrevivem na pobreza extrema, as mulheres, vítimas do nosso patriacarlismo secular, e a imensa legião de brasileiros mantidos à margem da nossa sociedade. Sabemos, ainda, que conosco estão nossos cientistas, nossos intelectuais e melhores artistas, nossos juristas de escol, e grandes personalidades da vida pública, como Fernando Henrique e tantas outras.

 

A vitória não nos pode escapar das mãos se mantivermos seguros o leme que nos trouxe até aqui, ampliando a cada dia nossas alianças, com atenção redobrada para que não nos falte nenhum voto no dia das eleições, a abstenção é o último recurso de que dispõe os inimigos da democracia. Não foram pequenas as vitórias que temos colhido ao longo da nossa resistência à escalada do fascismo, uma das principais foi o das eleições seguras e confiáveis pelo sistema das urnas eletrônicas, e será nelas que sepultaremos o fim dos nossos infortúnios. Tudo pela conquista do voto, vencer o desafio das ruas com manifestações massivas, pois falta pouco para libertar a sociedade dos seus algozes.

 

É preciso estar consciente de que o drama que aqui vivemos não diz respeito somente a nós, ele tem alcance mundial nessa hora de ameaças de uma guerra entre todos em que já se cogita de uma hecatombe pelo uso do arsenal nuclear. Derrotar o fascismo aqui importa a retomada das nossas tradições diplomáticas em defesa da paz, mais uma trincheira de defesa para os organismos mundiais que atuam em favor de um mundo governado por direitos.

 

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