Palestina. Qassam Barghouti: As forças israelenses quebraram os dentes e as costelas do meu pai, cortaram sua orelha e quebraram seus dedos "por diversão"

Bandeira com a efígie de Marwan Barghouti | Foto: Ashoola/Wikimedia Commons

Mais Lidos

  • Legalidade, solidariedade: justiça. 'Uma cristologia que não é cruzada pelas cruzes da história torna-se retórica'. Discurso de Dom Domenico Battaglia

    LER MAIS
  • Estudo que atestava segurança de glifosato é despublicado após 25 anos

    LER MAIS
  • Momento gravíssimo: CNBB chama atenção para votação e julgamento sobre a tese do Marco Temporal

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

10 Dezembro 2025

Qassam Barghouti afirma que as forças israelenses quebraram os dentes e as costelas de seu pai, Marwan, cortaram sua orelha e esmagaram seus dedos "por diversão". Sua família teme um complô perigoso para assassinar o líder palestino preso.

A informação é publicada por Resumen Latinoamericano, 05-12-2025.

Qassam Barghouti testemunhou na sexta-feira que as forças israelenses quebraram os dentes e as costelas de seu pai, Marwan Barghouti, cortaram parte de sua orelha e quebraram seus dedos "em etapas, por diversão". Qassam disse que acordou com um telefonema de um detento libertado e ficou chocado, aterrorizado e impotente ao ouvir os detalhes.

Ela escreveu no Facebook: “O que eu faço? Com ​​quem eu falo? Para onde vamos? Vivemos com esse pesadelo todos os dias. Meu pai tem 66 anos. Onde ele encontrará forças para sobreviver?”

O Clube dos Prisioneiros Palestinos alertou para um "plano perigoso" para assassinar Marwan Barghouti em prisões israelenses. Israel o prendeu em 2002 e o condenou a cinco penas de prisão perpétua. Ele continua sendo um dos líderes palestinos mais influentes e populares.

Amjad al-Najjar, diretor do Clube dos Prisioneiros, afirmou que a escalada da violência contra Barghouti ocorre num momento em que vozes internacionais clamam por sua libertação. Ele acrescentou que esse padrão demonstra que o governo israelense quer "se livrar dele enquanto ele ainda está sob custódia", o que descreveu como um crime grave e uma violação do direito internacional humanitário.

Os temores aumentam depois que o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, invadiu a cela de Barghouti em fevereiro. A mídia israelense publicou um vídeo mostrando-o ameaçando o líder detido de morte.

Em outubro, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que decidiria se pressionaria pela libertação de Barghouti, mas ainda não anunciou nada.

Muitos palestinos e figuras internacionais veem Barghouti como um líder capaz de unir a opinião pública palestina e retomar os esforços em direção a uma solução de dois Estados, uma ideia rejeitada por Israel.

Israel libertou milhares de detidos e reféns em troca de acordos, inclusive durante o cessar-fogo que começou em 10 de outubro, mas continua se recusando a libertar Barghouti e outros detidos de alto perfil.

A tortura de detidos e reféns palestinos intensificou-se durante os dois anos de genocídio israelense em Gaza. O genocídio matou mais de 70 mil palestinos e feriu mais de 171 mil, a maioria mulheres e crianças.

Mais de 10 mil reféns palestinos permanecem em prisões israelenses. Entre eles, crianças e mulheres. Organizações de direitos humanos afirmam que eles enfrentam tortura, fome e negligência médica, o que já causou dezenas de mortes.

Leia mais