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A extrema-direita conquista espaço nas igrejas históricas. Entrevista com a pastora Romi Bencke

Foto: Stefan Kunze/Unplash

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05 Novembro 2025

As ideologias da extrema-direita de base cristã se capilarizam nas diferentes denominações. Na perspectiva de impedir cismas e manter certa unidade das igrejas, influenciadores engajados nessas ideologias são acolhidos por elas. Já os grupos e lideranças identificados com movimentos sociais e ambientais são silenciados, por vezes isolados ou até mesmo excluídos. Infelizmente, o movimento ecumênico também tem sido impactado por esse fenômeno.

A análise é da pastora Romi Márcia Bencke, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), que foi, por 13 anos, secretária geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). Ela se reconhece como uma ativista pela diversidade religiosa e direitos humanos, sociais, culturais, econômicos e ambientais. Agora, sem a difícil tarefa de responder pela organização da instituição nacional, Romi, gaúcha natural de Horizontina, se dedicará ao seu doutorado em Ciência Política, na UnB.

Ainda em setembro, 10 a 12, Romi participou no Rio de Janeiro do Seminário Re-existência e Diversidade – Ultradireita Cristã e Transformações Culturais na América Latina e no Caribe, organizados pelo coletivo Creyo y Defiendo, uma iniciativa de ativistas de direitos humanos e organizações baseadas na fé, com a participação de representantes de países da região. Em entrevista para Edelberto Behs ela conta suas impressões.

A entrevista é de Edelberto Behs e foi enviada ao Instituto Humanas Unisinos - IHU pelo entrevistador.

Eis a entrevista.

Recentemente tu participaste de encontro internacional que esteve focado no avanço da extrema-direita nas igrejas. O que concluíste desse encontro?

Pude constatar que as ideologias da extrema-direita de base cristã se capilarizam nas diferentes igrejas. Observa-se isso na proliferação de influenciadores digitais cristãos, tanto católicos romanos quanto das diferentes vertentes do protestantismo, como nos movimentos de mulheres cristãs antifeministas, que reafirmam e difundem o papel da mulher como “boa esposa” submissa, alcançando pessoas das mais diferentes igrejas. Da mesma forma ocorre com os movimentos masculinistas, que reafirmam uma virilidade masculina dominadora, a exemplo dos legendários.

Como essas vozes se difundem?

As estratégias de ação da extrema-direita reivindicam o cristianismo como pilar identitário do Ocidente e valem-se das mesmas estratégias em diferentes países do mundo. Esses grupos compram meios de comunicação (emissoras de rádio, de TV, jornais, editoras) para difundir obras clássicas que fundamentaram ao longo dos anos a perspectiva da extrema-direita. No Brasil, um autor-chave desses grupos é Plínio Correia de Oliveira. Participantes dos painéis no Seminário chamaram a atenção que os diferentes movimentos de extrema-direita idealizam o passado como utopia de futuro. O racismo é um dos pilares que estrutura a visão utópica da extrema-direita, o que ficou explícito na chacina ocorrida no Rio de Janeiro, em 28 de outubro, com o aval do governador.

A quais fatores se deve o avanço da extrema-direita nas igrejas. Eles podem ser detidos?

Os fatores são múltiplos. Primeiro, todo o movimento de desmonte e criminalização contra as teologias da libertação; segundo, a atração que estes movimentos exercem sobre lideranças das igrejas por mobilizar um número significativo de pessoas, especialmente jovens; terceiro, o abandono das teologias e hermenêuticas proféticas. Destaco ainda a adesão, embora não explícita, de boa parte das igrejas às teologias de autoajuda, mais elaboradas, mas que bebem das mesmas fontes da teologia da prosperidade, que, no passado, foi muito criticada por igrejas históricas. Por fim, a preocupação em zelar pela boa gestão administrativa das igrejas, reforçando uma cultura burocrática e fragilizando as perspectivas diaconal e pastoral.

Esses avanços acontecem somente nas igrejas pentecostais e neopentecostais ou eles estão presentes também nas igrejas histórias, na Igreja Católica?

Eles estão presentes também na Igreja Católica Romana e nas principais igrejas históricas. Na perspectiva de impedir cismas e manter certa unidade das igrejas, estabelecem-se caminhos de integração de influenciadores e influenciadoras engajados com a ideologia da extrema-direita. No entanto, se por um lado os militantes cristãos da extrema-direita com seus discursos e práticas excludentes e violentas são acolhidos, por outro lado, os grupos e lideranças identificados com movimentos sociais e ambientais são silenciados e, por vezes, excluídos ou isolados nas igrejas. Portanto, de forma não explicitada, quem tem poder de tomar decisão nas igrejas faz suas escolhas políticas. O critério é acomodar os discursos e movimentos com maior adesão nas comunidades, mesmo que isso signifique desconfigurar as confessionalidades.

Esse fenômeno também está presente nos organismos ecumênicos internacionais?

Infelizmente, o movimento ecumênico tem sido muito impactado por este fenômeno. O ecumenismo, cuja base inegociável é o diálogo e, no caso específico da América Latina, a promoção e a defesa dos direitos humanos tornam-se incômodas. Não é possível acomodar o ecumenismo em arranjos institucionais disciplinadores. O ecumenismo é um movimento de margens e tem como vocação a superação de muros e de práticas e de ideias segregadoras e exclusivistas. É da natureza do movimento ecumênico a crítica às institucionalidades rígidas sempre que elas impedem a abertura ao diálogo.

Por que a Teologia da Libertação perdeu terreno, deixando margem para outras teologias?

A Teologia da Libertação não perdeu terreno. Ela foi desmobilizada e criminalizada ao longo de décadas. Basta lembrar os teólogos e as teólogas que sofreram sanções fortíssimas por parte das hierarquias disciplinadoras das igrejas. Todo o arcabouço das principais elaborações da Teologia da Libertação foi deslegitimado nas igrejas. Lembro-me do livro fundamental de Leonardo Boff, chamado “Igreja, Carisma e Poder”, que resgatava dois modelos eclesiológicos: o da centralização do poder e o poder como serviço, que democratiza as relações e se organiza em comunidades eclesiais de base.

Com a criminalização e perseguição realizada à Teologia da Libertação, o que prevaleceu foi a perspectiva de centralização do poder nas igrejas, que foram se tornando cada vez mais hierárquicas e controladoras, definindo quem pode e quem não pode falar pela igreja. A perspectiva de sacerdócio geral de todas as pessoas que creem tornou-se algo sem efetividade prática.

As esquerdas tiveram um impulso no continente sul-americano com a Teologia da Libertação. Agora é a vez da extrema-direita vagar nas ondas da Teologia da Prosperidade e outras teologias?

Acho que mais do que ser a vez da extrema-direita vagar nas ondas da Teologia da Prosperidade e de outras teologias, compreendo que a Teologia da Libertação foi impactada por projetos ideológicos de extrema–direita que tinham como objetivo a desmobilização e criminalização das vozes da Teologia da Libertação. Esse movimento vem junto com os discursos sem sentido de anticomunismo e antifeminismo.

As faculdades de teologia, com raras exceções, abandonaram rápido a Teologia da Libertação, ou seja, entraram na onda da desmobilização, muitas por temerem represálias. A Teologia da Libertação foi reprimida. Qual é a editora que publicaria um bom livro sobre Teologia da Libertação? E toda a repressão se faz com a mobilização dos medos.

Esse avanço traz que tipo de preocupação e por quê?

Esse avanço desconfigura a fé cristã, porque se fundamenta no medo, reforça espiritualidades de combate, enfatiza políticas de controle e anula a liberdade.

Como definirias o atual momento no campo ecumênico?

Como um momento de crise profunda, e, quiçá, de reconfiguração. Uma das grandes capacidades da extrema-direita é ressignificar os princípios e conceitos importantes. Fazem assim com a ideia dos direitos humanos. Um exemplo é quando dão outros sentidos a ideias como “direito de decidir” do movimento feminista, que defende a autonomia das mulheres decidirem sobre seus corpos. Movimentos de direita ressignificam esta ideia afirmando o direito da mulher em decidir ser submissa ao marido. O ecumenismo pode sofrer algo similar, ou seja, tornar-se um território de articulação justamente das manifestações de extrema-direita. Há algumas pessoas que pesquisam a extrema-direita cristã e que já falam de um ecumenismo de ódio. Eu, particularmente, não concordo com esta formulação, pois penso que os conceitos não podem ser tão facilmente manipulados.

Na tua perspectiva, como será a caminhada ecumênica nacional e internacional no futuro?

Meu desejo é que se mantenha fiel aos seus princípios emancipatórios e de superação de exclusivismos e supremacismos doutrinários. Mas, por outro lado, fico inquieta em relação ao pouco profetismo ecumênico em relação a Gaza e às chacinas recorrentes no Brasil. Vejo as igrejas na Palestina pedindo socorro e a resposta é um silêncio profundo. Há manifestações genéricas e isoladas de denúncia do genocídio, mas pouca incidência profética.

O quanto os acontecimentos em Gaza, já encarados como um genocídio, interferem na relação do cristianismo com o judaísmo?

Depende de qual judaísmo se fala. Há grupos judaicos não sionistas, com estes dialoga-se e realizam-se ações conjuntas, mas com as expressões sionistas do judaísmo o diálogo é inibido, sempre que o tema Palestina entra em pauta.

Quais os impactos de Gaza para evangélicos no Brasil?

Gaza nos provoca a novas hermenêuticas bíblicas. A idolatria ao Estado de Israel descaracteriza parte das expressões evangélicas no Brasil. Mas, sabe-se que há muito assédio por parte do Estado de Israel sobre igrejas evangélicas.

Leia mais

  • Vozes de Emaús: Crês nisso? Artigo de Romi Márcia Bencke
  • O que é o sionismo cristão? Os evangélicos e Israel no Brasil e na Guatemala. Artigo de Maria das Dores Campos Machado e Brenda Carranza
  • A babel teológica por trás do apoio de evangélicos aos Estados Unidos e a Israel
  • O pentecostalismo sionista “made in USA” e o apoio às ilegalidades de Israel
  • Do nascimento do sionismo a Israel: aqui está a política do Vaticano para o Oriente Médio. Artigo de Giovanni Maria Vian
  • Extrema-direita americana é evangélica, pentecostal, católica, judaica e congrega muitos sem religião. Entrevista especial com Joanildo Burity
  • EUA, o negócio da religião. Artigo de Massimo Gaggi
  • Trump e o cristianismo. Artigo de Marcello Neri
  • “Os evangélicos cresceram em todo o mundo alinhados com a extrema-direita”. Entrevista com Kristin Kobes du Mez
  • Pesquisa mostra como evangélicos estadunidenses aderiam à fé

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