• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

O ódio sufocante e a deriva de um Ocidente que não sabe mais decidir. Artigo de Giovanni De Luna

Mais Lidos

  • A solidão do padre. Artigo de Piotr Zygulski

    LER MAIS
  • Neoliberalismo apresenta-se como uma descrição da ordem natural, diz o jornalista

    “O capitalismo sempre tentou derrotar a democracia”. Entrevista com George Monbiot

    LER MAIS
  • Buscar o tesouro que somos. Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    19º domingo do tempo comum – Ano C – Um convite à vigilância e a fazer escolhas a serviço do Reino

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

09 Agosto 2025

"Somente nos envergonhando do que está acontecendo em Gaza poderemos ter uma chance de redenção. Mas a vergonha, como sabemos, é um sentimento revolucionário que já não é mais deste mundo"

O artigo é de Giovanni De Luna, publicado por La Stampa, 05-08-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Giovanni De Luna é historiador italiano, professor emérito da Universidade de Turim.

Eis o artigo.

Até onde podemos entender, o ódio que se respira em Gaza é sufocante. A violência exercida contra os palestinos está levando à sua desumanização: eles estão sendo suprimidos fisicamente, mas também está se tentando liquidar suas tradições, destruir sua cultura, brutalizá-los por meio da fome e de confrontos fratricidas.

As bombas e os ataques não parecem atingir o Hamas; por outro lado, empurram os habitantes de Gaza para uma condição desesperadora e, da vergonha, da dor e da fome parece emergir uma fúria vulcânica, um ódio físico, palpável, guardado como um tesouro: a loucura homicida, como Frantz Fanon e Jean-Paul Sartre diziam há muitos anos, "é o inconsciente coletivo dos colonizados", assim como o gatilho final que os empurra para o fanatismo religioso, estreitando seu horizonte político e existencial a um único objetivo: expulsar o ocupante por todos os meios, mesmo com uma violência extrema e paroxística como a desencadeada contra os israelenses em 7 de outubro. Fundado na relação entre colono e colonizado, esse é o esquema interpretativo usado por Fanon em seu livro de 1961, "Os Condenados da Terra"; e se esse esquema aplicado a Gaza funciona, então Israel se enfiou num beco sem saída onde violência gera violência, guerra gera guerra, enquanto nenhuma paz possível se vislumbra no horizonte. E só vai piorar. Antes, os palestinos não existiam; agora existem e no sofrimento se sentem povo, nação, e aspiram a se tornar Estado.

Os israelenses semearam o vento, os palestinos são a tempestade.

Um ódio que, infelizmente, parece ter cavado um abismo intransponível não apenas entre judeus e palestinos, mas também aqui na Europa, entre nós e eles: nós, os ocidentais, com nosso humanismo, nossos direitos humanos, nossas democracias, nosso mercado, nossos valores; eles, os árabes, com seu fanatismo, sua fome, seu fundamentalismo, sua raiva, seus valores. Depois de 7 de outubro, é assim; não tínhamos percebido, parecia-nos apenas um episódio de uma questão perene própria do Oriente Médio, um dos muitos massacres que se acumulam nas guerras da contemporaneidade; também irrompem perto de nós, como aconteceu com a ex-Iugoslávia no final do século passado e como está acontecendo na Ucrânia, mas essencialmente não afetam as nossas condições de segurança, tranquilidade ou bem-estar. Tivemos mais medo da Covid do que da guerra, em parte porque a pandemia havia mudado repentinamente os nossos hábitos e comportamentos, enquanto a guerra, pelo menos até agora, não afetou os ritmos de nossa cotidianidade.

Mas, no entanto, depois de 7 de outubro, vieram os massacres em Gaza, veio o momento em que assistimos, impotentes e desorientados, a aniquilação de nossa parte de todos os valores ocidentais sobre os quais havíamos moldado a ordem mundial, a começar por aqueles do direito internacional.

E para nós, homens e mulheres do século XX, começou a temporada dos paradoxos. O primeiro é também o mais pungente. No choque de civilizações profetizado por Huntington, nós, os ocidentais, estamos do lado de Israel. Mas a representar os nossos valores são precisamente aqueles que os combateram e, quando conseguiram, os subverteram. A Europa e os Estados Unidos agora veem no poder um enxame de negociantes e aspirantes a ditadores que são os primeiros a serem intolerantes com aquelas regras da democracia que nos havíamos iludido poderiam proteger nosso mundo de qualquer convulsão.

E sobre esse paradoxo se encaixa outro, ainda mais doloroso para mim: a gritar mais alto seu apoio a Israel, a defender suas indefensáveis reivindicações, são justamente aqueles que, no passado, se revelaram os mais ferozes perseguidores dos judeus. Durante anos, consideramos antinaturais e vãs todas as tentativas da nossa direita de incorporar em sua narrativa totalitária os valores que haviam inspirado o nascimento de Israel e os fundamentos do projeto sionista. Hoje, constatamos que essas tentativas parecem bem-sucedidas e, para nos restringirmos à Itália, assistimos horrorizados ao fascínio pelo "Estado forte" israelense que parece tomar conta dos fascistas italianos.

É claro que, mesmo para o racismo dos fascistas, dos supremacistas brancos, dos nostálgicos da Ku Klux Klan, é chocante ter que ficar do lado daqueles judeus que, em seus delírios, tinham chamado de subumanos ou ratos, ser obrigados a delegar àqueles "narizes aduncos”, que haviam desprezado em sua propaganda, a reafirmação da superioridade racial do homem branco. Mas lhes garanto que isso é ainda mais chocante para quem, como eu, que sempre pensei que "Auschwitz nunca mais", o slogan sobre o qual havia se moldado a religião civil da minha geração, ressoasse fortemente contra todas aquelas sementes de racismo e antissemitismo que brotaram, apenas 80 anos atrás, no seio das sociedades industriais do capitalismo avançado; certamente não entre os árabes ou naquele que definimos, apressada e superficialmente, de Terceiro Mundo.

Mas esses paradoxos têm uma fragilidade intrínseca; esvaziam-se sobre si mesmos quando sua instrumentalidade ocasional não é mais necessária. Pelo menos, essa também é a nossa esperança. Porque a alternativa é ainda mais dramática e comporta o suicídio de Israel, bem como a nossa própria autoaniquilação.

Hoje, a Europa, ao renunciar em lutar por seus valores, já conta pouco mais que nada no tabuleiro geopolítico global. Éramos os sujeitos da história; agora somos seus objetos. E a situação piorou ainda mais desde que os Estados Unidos, "um monstro supereuropeu", como Sartre os chamava, se entregaram a Donald Trump. Não se trata mais de um grito de alarme, mas de um diagnóstico.

Somente nos envergonhando do que está acontecendo em Gaza poderemos ter uma chance de redenção. Mas a vergonha, como sabemos, é um sentimento revolucionário que já não é mais deste mundo.

Leia mais

  • Sobre o pânico moral e a coragem de falar: o silêncio do Ocidente sobre Gaza. Artigo de Ilan Pappé
  • “A história julgará os meios de comunicação ocidentais por ser cúmplices dos crimes cometidos por Israel”. Entrevista com Ilan Pappé
  • “O genocídio na Palestina, a crise climática, a pobreza e o racismo têm as mesmas causas”. Entrevista com Ilan Pappé
  • “Desde 1948, Tel Aviv quer se desfazer do povo palestino”. Entrevista com Ilan Pappé
  • “A origem da violência em Gaza está na ideologia racista da eliminação dos nativos”. Artigo de Ilan Pappé
  • Uma nova forma de ocupação: palestinos em Gaza rejeitam plano de distribuição de alimentos dos EUA e Israel
  • Retrato de um fotojornalista assassinado em Gaza um dia após o filme ter sido selecionado em Cannes: "O Ocidente se escondeu"
  • Por que para Gaza não há mais tempo. Artigo de Martina Marchiò
  • Exército israelense anuncia ampliação de operações terrestres na Faixa de Gaza
  • Ministro das Finanças Smotrich: Estamos destruindo tudo o que resta em Gaza, o mundo não nos impede. X - Tuitadas
  • “Não nos renderemos”: os extraordinários palestinos de Jenin. Artigo de Ramzy Baroud
  • “Uma palavra tabu que não ressoa em Israel. É bom que o Papa a tenha pronunciado”. Entrevista com Anna Foa
  • A guerra de Israel e o silêncio dos teólogos. Artigo de Francesco Mosetto
  • “O plano de expulsar os palestinos de Gaza é como um chute no estômago para mim”. Entrevista com David Neuhaus

Notícias relacionadas

  • El terror reina en la clase gobernante israelí

    LER MAIS
  • ¿A que le teme Israel? Fortalecimiento de lazos Irán-Latinoamérica

    LER MAIS
  • El aislamiento de Estados Unidos

    LER MAIS
  • Israel começa doutrina de punições e prêmios coletivos na Cisjordânia

    Dez meses depois do estouro da maior onda de violência em uma década, e a apenas 50 dias das eleições municipais palestinas [...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados