29 Abril 2025
Uma audiência oral começa esta semana no Tribunal Internacional de Justiça examinando a ilegalidade da decisão de Israel de cortar a cooperação com a agência de direitos palestinos da ONU, UNRWA.
A informação é publicada por El Salto, 28-04-2025.
52.243 pessoas foram mortas na campanha de extermínio de Israel desde 7 de outubro de 2023, de acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Saúde de Gaza. Durante o último fim de semana de abril, mais de cem pessoas foram vítimas de ataques aéreos das Forças Armadas Israelenses (IDF). Desde a quebra unilateral do cessar-fogo executado pelo regime de Tel Aviv em 18 de março de 2025, 2.151 morreram e mais de cinco mil pessoas ficaram feridas.
Uma rodada de audiências de cinco dias na Corte Internacional de Justiça (CIJ) começa esta semana. Este é um caso levantado por mais de 40 países, que julgam como uma violação da Carta da ONU a decisão do suposto criminoso de guerra Benjamin Netanyahu de cortar a cooperação com a agência de direitos palestinos da ONU, UNRWA.
Desde o rompimento do cessar-fogo, a falta de suprimentos tem sido crítica no território de Gaza. Agências das Nações Unidas alertaram nos últimos dias sobre o risco iminente de uma nova fome em Gaza à medida que as reservas de alimentos se esgotam. Além disso, as resoluções contra a agência das Nações Unidas preveem que seis escolas operadas pela UNRWA em Jerusalém serão fechadas nos dias 7 e 8 de maio de 2025.
Durante o processo perante o Tribunal Internacional de Justiça, já ficou ordenada a implementação de medidas para garantir a prestação sem entraves de serviços básicos e ajuda humanitária a Gaza. "As crianças de Gaza estão morrendo de fome", disse a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo nas redes sociais no domingo. "O governo de Israel continua a bloquear a entrada de alimentos e outros produtos básicos. Esta é uma fome provocada pelo homem e politicamente motivada."
A própria ONU e 45 organizações solicitaram uma opinião consultiva do júri no caso África do Sul x Israel sobre as ações de Israel.