O Papa pune um bispo alemão que os fiéis acusaram de encobrir casos de pedofilia

Dom Heinz-Günter Bongartz (Foto: Katholisch.de)

Mais Lidos

  • Nova carta apostólica do Papa Leão é publicada

    LER MAIS
  • Françoise Vergès está convencida de que quando a cultura está viva tem o poder de tecer solidariedades transfronteiriças. E é precisamente aí que o feminismo decolonial pode prosperar

    “A força da resistência está na imaginação”. Entrevista com Françoise Vergès

    LER MAIS
  • Esquerda vai às ruas no domingo (14) contra PL da Dosimetria, que beneficia golpistas do 8 de janeiro; veja lista de atos

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

12 Setembro 2024

  • O bispo auxiliar, que segundo o portal oficial Vaticannews “já pediu desculpas pela má conduta e em nenhum momento ocultou acusações de abuso sexual”, ofereceu a sua demissão em 2017, quando apareceu o primeiro relatório sobre esses casos.

  • Nos últimos anos, Bongartz foi criticado pela forma como lidou com vários casos de abuso na diocese por parte das famílias das vítimas, que já tinham pedido a sua demissão em 2022, quando esta foi rejeitada pela diocese.

A reportagem é de RD/EFE/Katholisch, publicada por Religión Digital, 11-09-2024.

O Papa Francisco aceitou a renúncia do bispo auxiliar de Hildesheim (Alemanha), Dom Heinz-Günter Bongartz, acusado pelas famílias das vítimas de abusos de encobri-los, informou nesta quarta-feira o Vaticano. Contudo, a diocese garante que a saída do prelado deu-se por problemas de saúde.

O pontífice aceitou o pedido de renúncia, conforme brevemente revelado no boletim diário da Sala de Imprensa da Santa Sé, cinco anos antes de atingir a idade canônica. Nos últimos anos, Bongartz foi criticado pela forma como lidou com vários casos de abuso na diocese por parte das famílias das vítimas, que já tinham pedido sua demissão em 2022, quando foi rejeitada pela diocese.

O bispo auxiliar, que segundo o portal oficial Vaticanonews “já pediu desculpas pela má conduta e em nenhum momento ocultou as acusações de abuso sexual”, apresentou sua missão em 2017, quando surgiu o primeiro relatório sobre esses casos, mas foi rejeitado pelo então administrador temporário da diocese, bispo auxiliar Schwerdtfeger.

Bongartz foi ordenado sacerdote em 1982 na Catedral de Hildesheim e, em 2010, o Papa Bento XVI o nomeou bispo auxiliar da diocese, que agora é liderada por Heiner Wilmer.

Abuso perpetrado “regularmente”

O caso ocorreu à tona em 2011, quando um padre da cidade de Salzgitter admitiu ter abusado sexualmente de três menores durante anos, segundo a Procuradoria de Braunschweig, no estado federal da Baixa Saxônia (norte do país). A denúncia partiu da mãe de uma das crianças, que no início dos abusos, em 2004, tinha 10 anos, e o religioso foi detido, enquanto a Polícia de Braunschweig denunciava numerosos casos de incidentes regularmente.

Heinz-Günter Bongartz foi chefe de gabinete na diocese de Hildesheim de 2006 a 2014 e, durante esse período, também foi temporariamente oficial de abusos da diocese. Em 2010 foi ordenado bispo e, desde 2014, reitor da catedral. De 2016 a 2019, Bongartz foi vigário-geral do bispo para assuntos administrativos, e Martin Wilk foi nomeado seu sucessor. Desde 2018, a diocese está sob a liderança de Dom Heiner Wilmer.

Leia mais