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02 Agosto 2024

"Ao acusar a organização da cerimônia de abertura dos jogos olímpicos de Paris de blasfêmia, porque na cena mencionada mais acima haveria uma simulação da última ceia de Jesus com seus discípulos, é preciso se perguntar qual imagem da ceia estaria sendo evocada. Ao parecer, tal imagem seria aquela pintada por Leonardo Da Vinci a qual já causou outras tantas polêmicas mundo afora. Entretanto, segundo o relato bíblico, a imagem do pintor renascentista é apenas um belo quadro, não a expressão da fé viva da comunidade de discípulas e discípulos de Jesus", escreve Matheus S. Bernardes, padre da Arquidiocese de Campinas/SP e professor de Teologia da PUC-Campinas.

Eis o artigo.

Poucos dias depois da cerimônia de abertura dos jogos olímpicos de Paris, a DJ francesa Bárbara Butch sofreu uma série de ameaças, inclusive contra sua própria vida, por ter protagonizado com outros artistas uma cena que supostamente evocaria a última ceia de Jesus com seus discípulos.

Chamou muito a atenção, em um primeiro momento, a reação do Episcopado francês o qual, mediante uma nota, inclusive publicada no site Vatican News, repudiava a cena e a suposta iniciativa da direção artística da cerimônia de abertura. Embora, o cerimonialista, Thomas Jolly, tenha declarado que a ideia era evocar uma grande festa pagã vinculada aos deuses do Olimpo, monte sagrado cujo grande festival era comemorado com os jogos olímpicos na Antiguidade, a extrema direita, não só francesa, continuou acusando a organização do evento de blasfêmia.

Será?

Na tentativa de elucidar a polêmica, é conveniente recorrer ao pensamento de Paul Ricoeur, hermeneuta também francês: além de resgatar o fato no texto, é fundamental pensar o fato do texto. Um equívoco muito grande é imaginar que o texto da última ceia, presente nos quatro evangelhos e na primeira carta de Paulo aos Coríntios, narre exatamente o que aconteceu naquela ocasião. Antes que haja “reclamações”, a última ceia, sim, aparece no Evangelho segundo João – o evangelista só omite a instituição da Eucaristia em seu texto.

É bem sabido que os textos bíblicos estão repletos interesses comunitários, pastorais e teológicos, por isso, vale a pena insistir, não podem ser lidos apenas em uma perspectiva jornalística – se é que o jornalismo consegue narrar fatos de forma isenta. Todos os textos bíblicos que apresentam a última ceia de Jesus com seus discípulos, em nenhum momento, apontam com exatidão o que lá aconteceu, mas expressam a fé viva de uma comunidade em Jesus de Nazaré.

Nesse sentido, a menção ao “andar superior”, como é possível ler no Evangelho segundo Marcos, não é apenas um detalhe. Desde o início do livro, Jesus de Nazaré é apresentado pelo evangelista como o Messias pobre, aquele que vive entre as empobrecidas e os empobrecidos, que faz refeição com as pecadoras e os pecadores e que recusa toda e qualquer honraria. Ele não é o Ungido glorioso, que muitos de seu tempo aguardavam, mas aquele que se despojou até a morte de cruz.

Tendo subido a Jerusalém para a Festa da Páscoa, Jesus pede a seus discípulos que busquem um local para que eles possam cear. É bem sabido que os judeus celebram a Páscoa, o pessach da escravidão do Egito para a liberdade da terra prometida, em uma ceia familiar. Não se deve esquecer que o próprio Jesus formou com “quem fizer a vontade de Deus” (Mc 3,35) sua família; logo, sua ceia pascal iria ser celebrada com essa família, com seus discípulos. Mas por que a menção ao “andar superior”?

Os peregrinos que chegavam a Jerusalém para as festividades do calendário judaico, especialmente as empobrecidas e os empobrecidos, tinham como locais de refeição as salas do “andar superior” das hospedarias. Tratava-se de refeitórios simples, salas comuns, em que os peregrinos podiam fazer suas refeições, o que é perfeitamente coerente com a apresentação de Jesus, o Filho de Deus pobre. Se ao longo de sua vida, ele fazia suas refeições com as empobrecidas e os empobrecidos, com as pecadoras e os pecadores, por que teria sua última ceia em uma situação diferente?

Ao acusar a organização da cerimônia de abertura dos jogos olímpicos de Paris de blasfêmia, porque na cena mencionada mais acima haveria uma simulação da última ceia de Jesus com seus discípulos, é preciso se perguntar qual imagem da ceia estaria sendo evocada. Ao parecer, tal imagem seria aquela pintada por Leonardo Da Vinci a qual já causou outras tantas polêmicas mundo afora. Entretanto, segundo o relato bíblico, a imagem do pintor renascentista é apenas um belo quadro, não a expressão da fé viva da comunidade de discípulas e discípulos de Jesus. Conforme o texto marcano, o Nazareno teve sua última ceia entre aquelas e aqueles com quem conviveu toda a sua vida, em uma sala no “andar superior”, e não em um ambiente como o pintado por Da Vinci. Nesse sentido, o fato do texto é muito mais eloquente que meramente o fato que teria sido narrado no texto e retratado em uma pintura.

Enfim, a polêmica em torno da cena que supostamente emularia a última ceia de Jesus com seus discípulos na abertura dos jogos olímpicos é mais uma das tantas em que os desavisados de plantão – motivados pela extrema-direita e seus exércitos digitais – acabam caindo. Contudo, uma pergunta de fundamental relevância deve ser feita: tal polêmica prosperaria se a catequese, sobretudo na Igreja Católica, estivesse mais vinculada ao texto bíblico que às representações artísticas desse texto? Haveria tanta polêmica se o fato do texto fosse mais central na vida das católicas e dos católicos que o fato no texto?

Basta relembrar que o texto bíblico, sim, é inspirado pelo Espírito Santo e contém a Revelação; já a arte renascentista de um mestre como Leonardo Da Vinci, por mais bela que possa ser, é mera e simplesmente arte, nunca Teologia.

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