21 Novembro 2023
"De outra forma desenvolvemos processos de produção que agridem violentamente a natureza, gerando um superaquecimento do planeta e consequente mudanças climáticas, conforme já podem se amplamente percebidas", escreve José Afonso de Oliveira, sociólogo formado pela PUC Campinas e professor aposentado da Unioeste.
Estamos vivendo uma mudança de época, momento em que tudo entra em transformação radical, em curto espaço de tempo. Realmente, por vários e diferentes aspectos o mundo está se transformando muito rapidamente e apresentando grandes problemas, ainda não solucionados.
Colocaria aqui 3 grandes problemas, sem qualquer hierarquia pois que todos são sumamente importantes, nenhum deles, até agora, apresenta qualquer perspectiva de solução e, continuando dessa forma podemos chegar ao fim da História da humanidade e do próprio planeta.
Criamos uma sociedade dita desenvolvida, civilizada ou com outros adjetivos que a exaltem sobremaneira. Na realidade isso está muito longe de qualquer verdade. Temos hoje uma pequeníssima parcela de famílias riquíssimas em contrapartida com imensas multidões de miseráveis, pois que, cerca de 800 milhões de pessoas não tem como se manterem e vivem na mais abjeta miserabilidade. Nada, mas nada mesmo justifica a sua existência e, pior, já dispomos de ciência, tecnologia, recursos financeiros para eliminar toda essa tragédia humana em alguns poucos anos, mas nada é feito nesse sentido.
De outra forma desenvolvemos processos de produção que agridem violentamente a natureza, gerando um superaquecimento do planeta e consequente mudanças climáticas, conforme já podem se amplamente percebidas. A continuar neste ritmo a vida no planeta, em todas as suas formas, vegetal e animal está correndo um sério risco de extinção. Já são milhares de espécies que estão sendo dizimadas o que indica formas de vida impossíveis de serem mantidas, aqui não importando muito as categorias sociais, pois que todos são atingidos, indistintamente.
E a destruição já em andamento com guerras absurdas existentes atualmente, neste momento a guerra de Israel contra os palestinos é visível e clara como um genocídio o que faz pensar a que ponto está chegando o ser humano. A violência indiscriminada de todos contra todos inviabiliza qualquer possibilidade de uma vida humana. Pior essas guerras tem apoios financeiros enormes como atualmente empréstimos para a indústria bélica norte americana no valor de 107 bilhões de dólares do governo americano para ajuda à Ucrânia e Israel.
Transformar toda essa complexa realidade é bastante complicado, porém extremamente necessário que seja feira. Isso requer repensar a vida e seu sentido, de sorte a podermos construir uma nova realidade social onde todos, sim todos possam ter uma vida plena e digna e onde a relação homem natureza possa ser inteiramente restabelecida para o proveito de ambos.
Vida essa nova em que a PAZ seja um caminho para todas as sociedades abolindo-se, definitivamente, qualquer forma de violência que sempre são destruidoras da vida das pessoas, grande maioria dos que não tem nada a ver com esses conflitos. Alto investimentos devem ser destinados a essa finalidade e a indústria bélica convertida em um setor produtivo para a vida das pessoas e não para a sua destruição.
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O mundo à beira do colapso. Artigo de José Afonso de Oliveira - Instituto Humanitas Unisinos - IHU