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A vida no Planeta está em perigo. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

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02 Novembro 2023

"Se algo não for feito para reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa, em vez de lidar com um único grande risco de cada vez, as pessoas em todo o mundo podem ser forçadas a lidar com três a seis ao mesmo tempo", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em Demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 01-11-2023. 

Eis o artigo.

“Estamos num barco sem combustível e arrancando madeiras do casco para alimentar as caldeiras”
Anselm Jappe (20/05/2022)

O relatório “Interconnected Disaster Risks” (Riscos de Desastres Interconectados), publicado pouco antes das negociações climáticas da COP28, identificou taxas aceleradas de extinção das espécies, esgotamento de águas subterrâneas, derretimento glacial, áreas “não seguráveis”, aumento dos detritos espaciais e calor extremo como as principais ameaças interconectadas.

O relatório diz que as pessoas muitas vezes pensam nos processos como simples e previsíveis. Quando precisamos de água, abrimos a torneira e sai água. No entanto, em primeiro lugar, não pensamos muito sobre a origem da água e muitas vezes não temos consciência dos muitos processos subjacentes que ocorrem antes de ela chegar até nós. Isto nos deixa com pouca compreensão do efeito da nossa utilização sobre outras pessoas no sistema, ou do risco de que um dia a fonte da nossa água possa desaparecer.

Os sistemas estão ao nosso redor e intimamente conectados a nós. Sistemas hídricos, sistemas alimentares, sistemas de transporte, sistemas de informação, ecossistemas e outros: o nosso mundo é constituído por sistemas onde as partes individuais interagem entre si. Ao longo do tempo, as atividades humanas tornaram estes sistemas cada vez mais complexos, seja através de cadeias de abastecimento globais, redes de comunicação, comércio internacional e muito mais. À medida que estas interligações se fortalecem, oferecem oportunidades de cooperação e apoio globais, mas também nos expõem a maiores riscos e surpresas desagradáveis, especialmente quando as nossas próprias ações ameaçam danificar um sistema.

Quando os nossos sistemas de sustentação da vida, como os da água ou dos alimentos, se deterioram, normalmente não é um processo simples e previsível. Uma torre feita de blocos de construção pode permanecer de pé no início se você remover uma peça de cada vez, mas a instabilidade aumenta lentamente até que você remova um bloco a mais e ele tombe. Tal como a pilha de blocos, quando um certo limiar de instabilidade é atingido num sistema, este pode entrar em colapso ou mudar fundamentalmente. Abrimos a torneira e de repente não sai nada. Isto é chamado de ponto de inflexão, e os pontos de inflexão podem ter impactos irreversíveis e catastróficos para as pessoas e para o planeta.

A 6ª extinção em massa das espécies é uma realidade que ameaça a própria humanidade. Cerca de 1 milhão de plantas e animais poderiam ser dizimados dentro de décadas, com a perda de espécies importantes podendo desencadear extinções em cascata de espécies dependentes e aumentar a probabilidade de colapso do ecossistema, como o fim das abelhas e dos polinizadores que podem provocar um colapso do sistema de produção de alimentos.

O estresse hídrico é outra ameaça concreta. Muitos dos maiores aquíferos do mundo já estão se esgotando mais rapidamente do que podem ser reabastecidos, com ocorre na Arábia Saudita, na Índia, nos Estados Unidos e outros países que já enfrentando riscos graves. A seca na Amazônia mostra como a maior bacia hidrográfica do mundo pode ficar sem água “da noite para o dia”.

Os escoamentos do derretimento de geleiras nas montanhas mais elevadas do mundo estão em declínio. Muitas dessas geleiras e glaciares são fundamentais para a sobrevivência de bilhões de pessoas. A Índia e a China – os dois países mais populosos do mundo, com quase 3 bilhões de habitantes – dependem totalmente das águas que escorrem das altitudes do Himalaia. O sul e o leste da Ásia podem virar áreas inabitáveis se os glaciares do continente forem reduzidos drasticamente.

Os pesquisadores também alertaram sobre os riscos crescentes apresentados pelos detritos espaciais, com colisões que podem tornar a órbita da Terra inutilizável e dificultar futuras atividades espaciais, incluindo o monitoramento por satélite de ameaças ambientais. Os recentes avanços tecnológicos tornaram mais fácil e acessível para países, empresas e até mesmo indivíduos colocar satélites no espaço. Os satélites tornam as nossas vidas mais seguras, mais convenientes e conectadas, e representam infraestruturas críticas que são agora essenciais para uma sociedade funcional. No entanto, à medida que o número de satélites aumenta, também aumenta o problema dos detritos espaciais, que representam uma ameaça tanto para os satélites em funcionamento como para o futuro da nossa órbita.

As alterações climáticas induzidas pelo crescimento demoeconômico estão causando um aumento global das temperaturas, conduzindo a ondas de calor mais frequentes e intensas com impactos graves na população mundial. Os últimos 9 anos (2014-2022) foram os mais quentes do Holoceno e 2023 vai bater todos os recordes anteriores. O calor extremo já foi responsável por uma média de 500 mil mortes anuais em excesso nas últimas duas décadas, afetando desproporcionalmente os mais vulneráveis. A alta umidade agrava os impactos do calor, dificultando a evaporação do suor, que é o mecanismo do corpo para se refrescar. Atualmente, cerca de 30% da população mundial está exposta a condições climáticas mortais durante pelo menos 20 dias por ano, e este número poderá aumentar para mais de 70% até 2100.

À medida que os fenômenos meteorológicos extremos em todo o mundo se tornam mais frequentes e graves, o mesmo acontece com o custo dos danos que infligem. Desde a década de 1970, os danos resultantes de desastres relacionados com o clima aumentaram sete vezes, com 2022 registrando perdas econômicas globais de 313 bilhões de dólares. O seguro é utilizado para proteger as pessoas contra o risco de perdas em decorrência de danos durante desastres, sendo o custo baseado na probabilidade de tais perdas ocorrerem. As alterações climáticas estão alterando drasticamente o panorama dos riscos, prevendo-se que o número de catástrofes graves e frequentes duplique a nível mundial até 2040, provocando o aumento dos preços dos seguros.

Em locais onde os fenômenos meteorológicos extremos causam cada vez mais estragos, os proprietários de casas viram os preços subirem até 57% desde 2015 e as pessoas estão lutando para pagar a cobertura securitária. Entretanto, face ao aumento das perdas, algumas companhias de seguros em áreas de risco decidiram limitar o montante ou o tipo de danos que podem cobrir, cancelar apólices ou abandonar completamente o mercado. Uma vez que o seguro já não é oferecido contra certos riscos (acessibilidade), em certas áreas (disponibilidade) ou a um preço razoável para os proprietários (acessibilidade), estas áreas são consideradas “não seguráveis”.

Também o artigo de Camilo Mora et. al., “Broad threat to humanity from cumulative climate hazards intensified by greenhouse gas emissions”, publicado na prestigiosa revista Nature climate change (19/11/2018), havia mostrado que as mudanças climáticas trarão múltiplos desastres de uma só vez. “Enfrentar essas mudanças climáticas será como entrar em uma briga com Mike Tyson, Schwarzenegger, Stallone e Jackie Chan – tudo ao mesmo tempo”, disse o principal autor do estudo, que descreve os inúmeros impactos que devem atingir a civilização nos próximos anos.

No total, os pesquisadores identificaram 467 maneiras distintas em que a sociedade já está sendo impactada pelo aumento dos extremos climáticos e, em seguida, expuseram como essas ameaças provavelmente se acumularão umas nas outras nas próximas décadas.

Se algo não for feito para reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa, em vez de lidar com um único grande risco de cada vez, as pessoas em todo o mundo podem ser forçadas a lidar com três a seis ao mesmo tempo. Os desafios serão profundos, múltiplos e simultâneos.

Leia mais

  • Rumo à terceira extinção em massa? Artigo de Leonardo Boff
  • Sobrecarga da Terra: decrescimento da economia e da população. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Espécie humana é organismo causador de grandes perturbações no planeta, pondo em risco sua própria existência. Entrevista especial com Heraldo Ramos Neto
  • O que esperar da sexta extinção em massa de espécies?
  • “Estamos diante da possibilidade real de uma sexta extinção em massa”, afirma David Attenborough
  • A 6ª extinção das espécies é na verdade o 1º evento de extermínio em massa
  • Sexta extinção em massa na Terra ameaça mais de meio milhão de espécies
  • “Estamos diante da ameaça de uma extinção e as pessoas nem sequer sabem”. Entrevista com Jeremy Rifkin
  • Mudanças climáticas aquecem os rios e ameaçam a vida aquática
  • Onda de calor no Brasil foi 100 vezes mais provável devido a mudanças climáticas
  • Como enfrentar o desespero sobre os próximos efeitos das mudanças climáticas. Artigo de Michael Sean Winters
  • Comunidade afetadas por mudanças climáticas precisam ser protegidas
  • A Torre de Babel das mudanças climáticas. Artigo de Carlos Bocuhy
  • Mudar escolhas alimentares ajuda a combater as mudanças climáticas
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  • Aquecimento global é “questão candente de direitos humanos”
  • O documentário “Muito quente para trabalhar” expõe condições de trabalho em tempos de aquecimento global
  • Aquecimento global aumentará a frequência das secas repentinas sobre terras cultiváveis
  • Mudança civilizatória: o desafio de transformar a nossa relação com a natureza. Entrevista especial com Arno Kayser
  • Colapso climático e o deslocamento forçado de milhões de pessoas. Entrevista especial com Paulo Brack
  • Greenpeace Brasil alerta: faltam políticas públicas para enfrentar emergência climática e evitar mais mortes
  • Colapso climático e os seus impactos nas populações rurais e urbanas. Entrevista especial com Rafael Altenhofen e Álvaro Rodrigues dos Santos

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