Aquecimento global é “questão candente de direitos humanos”

Foto: schutzl | Pxfuel

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

07 Julho 2023

Dado que os desastres climáticos extremos ameaçam o direito universal dos humanos à alimentação, o aquecimento global converteu-se numa questão candente de direitos humanos. Quem o sustenta é o Alto Comissário da ONU, Volker Türk, num discurso perante o Conselho de Direitos Humanos, no início da semana, em que defende também que “não devemos deixar [um futuro de fome e sofrimento] para os nossos filhos resolverem – apesar de o ativismo deles ser inspirador”.

A informação é publicada por 7 Margens, 05-07-2023.

O Alto Comissário sublinhou que o direito à alimentação foi “amplamente ameaçado” pelas mudanças climáticas e lembrou que houve um aumento de 134 por cento em desastres relacionados com inundações provocados pelo clima desde o início do século.

Os eventos climáticos extremos e os desastres “destroem os ecossistemas e os meios de subsistência dos agricultores”. Por outro lado, “a sua repetição rápida e implacável torna impossível para as comunidades reconstruir-se e sustentar-se”, disse ele.

Segundo o responsável da ONU, em 2021, 828 milhões de pessoas passaram fome. Esse número deverá aumentar 80 milhões até meados deste século, mantendo-se as tendências atuais.

Os impactos, nota Turk, são mais sentidos por pequenos agricultores e pessoas na África Subsaariana, na Ásia e na América Latina. Porém, com a aceleração do aquecimento, esses impactos irão amplificar-se e “nenhum país será poupado.”

Muitos dos que passam fome não contribuíram “quase nada” para os processos industriais que estão a “matar o nosso meio ambiente e a violar direitos”. Por isso, o Alto Comissário enfatiza a urgência de acabar com os subsídios aos combustíveis fósseis, transformando as instituições internacionais de desenvolvimento e financiamento em “motores de ação climática”, e fazendo da Cimeira COP28 de novembro deste ano uma “viragem decisiva”.

De acordo com ele, a geração atual dispõe das “ferramentas tecnológicas mais poderosas da história” para impedir o aquecimento do planeta em níveis que podem tornar a comida, a água e a vida humana “irreconhecíveis”.

Leia mais