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O cristianismo militante de São Paulo

Imagem: Divulgação imagem de São Paulo, Apóstolo dos gentios, é autor da metade dos livros que compõem o Novo Testamento

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08 Setembro 2023

"Não é fácil entender quem foi São Paulo para além da superfície das suas cartas e dos Atos dos apóstolos que narram sua vida, mas Augias sabe investigar com delicadeza nos meandros de um caráter duro e às vezes colérico, e seu livro também ajuda os leigos a perceber os aspectos humanos e a enquadrar no seu tempo um personagem excepcional", escreve o historiador italiano Massimo Firpo, professor da Universidade de Turim e da Scuola Normale Superiore di Pisa, em artigo publicado por La Repubblica, 05-09-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

No adro da Basílica de São Pedro encontram-se duas grandes estátuas dos Santos Pedro e Paulo que celebram os mártires fundadores da Igreja de Roma que aí têm o seu túmulo. São Pedro foi o príncipe dos apóstolos, a quem Jesus Cristo investiu com a autoridade suprema sobre a primeira comunidade dos discípulos e em perspectiva sobre toda a Igreja, dando àquele humilde pescador da Galileia, Simão filho de Jonas, e a seu irmão André a tarefa de se tornarem pescadores de almas.

Pouco depois, em Cesareia, disse-lhe: “tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mateus 16,13-20). Paulo, por outro lado, não tinha sido discípulo de Jesus, nunca tinha falado com ele, nunca o tinha visto pessoalmente, e não poderia, portanto, ser contado entre os apóstolos escolhidos por ele, mesmo que ele mesmo tenha se considerado “servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para anunciar o evangelho de Deus”. Jesus, isso o definiu vas eleitois, o meio escolhido para difundir "seu nome entre as nações" (Atos, 9, 15), e como “apóstolo dos gentios”, será depois consagrado pela tradição cristã.

É difícil sobrestimar a grandeza e o papel histórico daquele judeu culto helenizado, Saulo (Shaul), nascido em Tarso, na atual Turquia, mas cidadão romano, ferrenho perseguidor de cristãos em Jerusalém e intencionado a fazê-lo também em Damasco, que durante a viagem teria ouvido a voz de Cristo: "Saulo, Saulo, por que você me persegue?", enquanto a luz fulgurante da graça divina o inundara com tanta violência a ponto de cegá-lo e o jogá-lo ao chão.

Momento crucial da história cristã, o episódio teve inúmeras representações iconográficas, algumas das quais são supremas obras-primas: Caravaggio, com seus fantasmagóricos entrelaçamentos de luzes, armas, braços, pernas, veias, músculos de homens e cavalos; Michelangelo, que na capela Paolina não pintou um homem com pouco mais de trinta anos, mas um velho cegado pela luz divina em quem quis retratar a si mesmo, tocado pela graça salvífica; Parmigianino, que aqui atingiu o auge do requinte maneirista no corcel branco e poderoso com um focinho pequeno e afiado que parece exibir uma espécie de aristocrático desprezo, com uma sela de arminho e finas rédeas rosadas que flutuam no ar enrolando-se em um elegante laço, enquanto um improvável apóstolo dos gentios caído ao chão ostenta a senhorial barba anelada e o véu bordado que cobre seus ombros.

Curado pelo sacerdote Ananias e convertido por aquela experiência, São Paulo se tornaria o mestre do cristianismo primitivo, aliás, "o homem que inventou o cristianismo", como explica Corrado Augias nesse livro escrito entre história, relato e romance, em que a conhecida elegância narrativa do autor consegue dar concretude e vitalidade a fatos e personagens dos quais pouco se sabe.

Na medida em que são confiáveis, os Atos dos Apóstolos permitem acompanhar a vida agitada e as viagens incansável de Paulo, em meio a mil perigos, privações, conflitos, prisões, para proclamar o evangelho na Jordânia, Turquia, Macedônia, Atenas, Corinto, onde prega no Areópago em meio a ofensas e zombaria, Jerusalém, onde tem um embate no Templo com os severos guardiões da lei mosaica, até ser espancado, preso e processado. E finalmente Roma, onde foi decapitado durante a perseguição de Nero por volta de 65 d.C.

Não é fácil entender quem foi São Paulo para além da superfície das suas cartas e dos Atos dos apóstolos que narram sua vida, mas Augias sabe investigar com delicadeza nos meandros de um caráter duro e às vezes colérico, e seu livro também ajuda os leigos a perceber os aspectos humanos e a enquadrar no seu tempo um personagem excepcional. A sua pregação incansável, oral e escrita, soube de fato, transformar uma pequena seita profética em uma religião universal, libertar a nova fé do casulo judaico original e dar vida ao primeiro núcleo da Igreja Católica. "não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gál 3,28). Aceitar a nova fé e seu anúncio de misericórdia e vida eterna, significava sobretudo confiar-se ao perdão oferecido por Cristo crucificado e ressuscitado, independentemente do respeito formal da lei mosaica e das tradições rituais judaicas e depois dos cultos pagãos.

Explica-se, portanto, como São Paulo se tornou uma espécie de santo também para a Reforma Protestante, na verdade o único santo da Reforma (se assim se pode dizer), pois foi meditando sobre a carta aos Romanos, de fato, naquele inequívoco iustus autem ex fide viet, o justo viverá pela fé (Romanos, 1, 17), que Martinho Lutero conseguiu por fim libertar-se dos seus escrúpulos e tormentos interiores, do seu temor pela severidade da justiça divina. Foram aquelas palavras que o fizeram descobrir que tal justiça é, em vez disso, aquela misericordiosa revelada no evangelho, garantia de perdão e graça para quem tem fé no valor salvífico do sacrifício da cruz, sem depender de supostas obras meritórias e devoções supersticiosas.

Lutero voltava, portanto, a proclamar A liberdade do cristão, segundo o título de um seu famoso texto de 1520, reapropriando-se do anúncio evangélico com que Paulo no início da era cristã havia libertado os judeus e todos os homens do jugo de prescrições, leis, ritos, proibições, sacrifícios para anunciar que o justo vive pela fé. E ele havia anunciado que a ressurreição de Cristo era garantia da ressurreição e da vida eterna de todos aqueles que nele tivessem acreditado: uma mensagem ainda mais viva e convincente porque era também acompanhada por aquela do iminente fim dos tempos.

As cartas de São Paulo falam sobretudo disso (cuja atribuição em alguns casos é bastante incerta) dirigidas às comunidades cristãs que estavam se difundindo por toda parte nas ramificações da diáspora judaica: romanos, gálatas, coríntios, efésios, filipenses, colossenses, tessalonicenses. Para dar um simples dado quantitativo que ajuda a explicar como Paulo se tornou o apóstolo de gentios, "o inventor do cristianismo", as suas cartas ocupam no cânone bíblico um número de páginas 15 vezes maior que aquelas de Pedro (considerando que sejam autênticas).

Naturalmente, a mensagem paulina empenhou-se também a dar uma organização embrionária às primeiras comunidades cristãs, a responder às suas perguntas, a estabelecer algumas normas. Por exemplo, ao sugerir o casamento a quem não conseguia ser casto ("é melhor casar do que arder de desejo", I Coríntios, 7, 9), ao declarar apropriado que os bispos tivessem uma única esposa (1 Timóteo, 3,2), ao condenar toda repressão violenta dos hereges, limitando-se a excluí-los da comunidade após uma ou duas advertências (Tito, 3, 10): preceitos dos quais a Igreja não demoraria a se afastar, à medida que justamente graças a São Paulo se tornava a suprema autoridade do Ocidente, preenchendo o vazio político deixado pelo Império Romano.

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