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Da crendice à fé. Artigo de Jacques Neirynck

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12 Agosto 2023

"A fé situa-se nos antípodas da crendice, porque não exige provas sensíveis. Fé é confiança sem provas e sem condições, mesmo em meio a dúvidas. A fé empenha concretamente à ação na vida cotidiana. Considera os ritos como símbolos. Ao mesmo tempo, suporta as divagações da crendice sob o nome de 'religião popular'", escreve Jacques Neirynck, professor honorário da École Polytechnique Fédérale de Lausanne e ex-conselheiro nacional do Partido Democrata Cristão, da Suíça, em artigo publicado por Accueil, 07-08-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A crendice, uma forma infantil de fé, é abandonada ou se enrijece na idade adulta. Para a criança, os eventos são realizados pela magia de vontades superiores, como os pais visíveis ou espíritos invisíveis e, portanto, ainda mais irresistível. Para muitos adultos, a situação continua da mesma forma.

O conceito de lei natural, que remonta a três ou quatro séculos atrás, não é percebido por todos os crentes.

Para muitos adultos, a figura do divino é aquela de um onipotente, ao qual a Natureza se curva em todos os sentidos em respeito ou em violação de suas leis. O divino pode ser influenciado com a oração de pedido, com sacrifícios, com peregrinações. Esse invisível às vezes se manifesta com aparições, contestadas inicialmente pela hierarquia, depois aprovadas e que mais tarde fazem a fortuna de aldeias distantes...

A crendice se manifesta na fé sob a forma irracional do Credo quia absurdum: já que não compreendo, é uma manifestação de transcendência, incompreensível por definição. O divino não seria onipotente, se não pudesse violar a título de exceção perceptível as leis da Natureza, pois ele mesmo as promulgou. Na tradição histórica, essa onipotência foi a representação no sobrenatural do poder de um monarca absoluto. Acima do rei, havia apenas Deus. Mesmo que o monarca tenha se tornado constitucional, o Senhor não o é de forma alguma, para marcar a sua distância do humano.

Muitas homilias se baseiam nessa visão ao relatar uma história evangélica de milagre, como se fosse uma reportagem. Jesus caminha sobre um lago, multiplica os pães e transforma a água em vinho.

Muitos adultos acreditam que essa é a substância da fé. Eles se apegam a mitos, como a criança que acredita que o lobo realmente fala com a Chapeuzinho Vermelho. Uma aparição da Virgem, mesmo contestável e negada, constitui um fundamento indispensável para a crendice que se confunde com a fé. À transcendência é imposto se manifestar, isto é, se desmentir, a fim de consolidar sua própria realidade.

Purificar a fé das crendices residuais significa repudiar os resquícios daquele paganismo dentro do qual o cristianismo se difundiu e do qual necessariamente assumiu mitos, ritos, convenções. Por exemplo: na época, a justiça tradicional aceitava a culpa coletiva, a vingança e o sacrifício compensatório. Assim, naturalmente, isso deu origem aos mitos do pecado original, do limbo e do sacrifício da Cruz. Mas hoje a paleontologia ensina que o monogenismo, ou seja, a descendência de todos os homens de um único casal, é contrariado por dados da geologia e que o mito do pecado original não tem relação alguma com a realidade. O limbo dos bebês não batizados não é mais um artigo de fé. A missa perde o seu sentido de repetição de um sacrifício. Assim, com o passar dos séculos, a sociedade civil aceitou os progressos mais fundamentais do cristianismo e é ela própria, paradoxalmente, que agora prescreve sua obrigação às Igrejas.

A fé situa-se nos antípodas da crendice, porque não exige provas sensíveis. Fé é confiança sem provas e sem condições, mesmo em meio a dúvidas. A fé empenha concretamente à ação na vida cotidiana. Considera os ritos como símbolos. Ao mesmo tempo, suporta as divagações da crendice sob o nome de “religião popular”.

As reformas que muitos esperam na Igreja Católica dizem respeito a detalhes organizacionais: a ordenação de homens casados e mulheres; a aceitação de divorciados recasados e dos homossexuais; a realização de sínodos. Mas há algo mais importante: uma interpretação da fé liberta da crendice. Uma fé credível.

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