Governo filipino persegue defensores dos direitos humanos

Foto: Emmanuel Nicolas Jr. | Pexels

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19 Julho 2023

O Conselho Nacional de Igrejas das Filipinas (CNIF) foi estigmatizado com o selo “vermelho” do governo, apontado como apoiador de grupos de resistência de esquerda. Ativistas de direitos humanos documentaram inúmeros casos de pessoas e comunidades que enfrentaram a opressão do governo e, por isso, foram deslocadas, roubadas, estupradas e mortas por militares e policiais.

A reportagem é de Edelberto Behs.

O quadro de violência política em curso no país foi desenhado por representante do CNIF a defensores ecumênicos dos direitos humanos, informa o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Unidos (NCC), na quarta-feira, 12 de julho. Comunidades indígenas, como as dos Lumad, na ilha de Mindanao, correm os maiores riscos sob o governo do presidente Bongbong Marcos, que assumiu o cargo pelo Partido Democrático Filipino-Poder Popular, em maio de 2022.

Essas comunidades, informou o representante filipino, muitas vezes são alvo de corporações globais de mineração e projetos agrícolas de monocultura, voltadas às necessidades de indústrias e consumidores estrangeiros. Por documentarem abusos aos direitos humanos, igrejas do país, junto com o Comitê Internacional para os Direitos Humanos nas Filipinas (CIDHF), sofrem pressão do governo.

Tanto o CNIF quanto o CIDHF enviaram representantes à América do Norte para informar seus parceiros americanos sobre a situação nas Filipinas. O país está preso entre a China e os Estados Unidos que disputam a supremacia econômica e militar na região, explicaram os filipinos.

Segundo eles, os Estados Unidos enviaram milhões de dólares em ajuda militar ao governo filipino e realizaram exercícios militares conjuntos. Muitas das bases usadas em conjunto também são aquelas onde militares filipinos perpetram abusos aos direitos humanos contra a população local. Igrejas realizam missões de evangelismo para pessoas em situação de pobreza, deslocamento e opressão.

Os delegados filipinos buscam apoio dos colegas americanos para a aprovação da Lei de Direitos Humanos que tramita no Congresso. A lei acaba com o apoio militar dos EUA ao exército e à polícia filipina e responsabiliza pessoas e sistemas que geram abuso aos direitos humanos.

Desde 2016, os Estados Unidos enviaram 550 milhões de dólares em ajuda aos militares e policiais filipinos, afora a venda de armamento. O país asiático é um dos mais perigosos do mundo para profissionais da imprensa, defensores da terra e sindicalistas.

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