Especialistas esperam que o Sínodo contribua para prevenir abusos

(Foto: Thays Orrico | Unsplash)

Mais Lidos

  • Eles se esqueceram de Jesus: o clericalismo como veneno moral

    LER MAIS
  • Estereótipos como conservador ou progressista “ocultam a heterogeneidade das trajetórias, marcadas por classe, raça, gênero, religião e território” das juventudes, afirma a psicóloga

    Jovens ativistas das direitas radicais apostam no antagonismo e se compreendem como contracultura. Entrevista especial com Beatriz Besen

    LER MAIS
  • De uma Igreja-mestra patriarcal para uma Igreja-aprendiz feminista. Artigo de Gabriel Vilardi

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

27 Junho 2023

O potencial do Sínodo sobre a Sinodalidade para reformar as estruturas de poder e promover o diálogo no interior da Igreja Católica pode ser um forte contributo para “melhorar a prevenção dos abusos” e “aumentar a responsabilização” das estruturas eclesiais, concluíram mais de 200 especialistas em prevenção de abusos reunidos em Roma entre 19 e 22 de junho na Conferência Internacional de Prevenção organizada pela Pontifícia Universidade Gregoriana em colaboração com o Instituto de Antropologia.

A reportagem é publicada por 7MARGENS, 23-06-2023.

A conferência adotou uma metodologia próxima da que será seguida na assembleia de outubro do Sínodo dos Bispos, alternando as conferências proferidas por peritos internacionais com a reflexão em pequenos grupos. Na coletiva de imprensa realizada ao fim da tarde de dia 22, o arcebispo de Gatineau (Canadá), dom Paul-André Durocher, reconheceu, citado pelo Religion News, que continua a “encontrar uma certa resistência por parte do clero e de fiéis leigos na abordagem” das questões relacionadas com “a prevenção dos abusos”. No que foi secundado pelo arcebispo de Kuching (Malásia), dom Simon Poh, que afirmou: “as pessoas na Ásia geralmente calam-se quando se trata de questões de abuso”. Poh atribuiu tal silenciamento a “uma cultura que dá mais importância ao bom nome da comunidade e à boa imagem na sociedade do que ao respeito pelas pessoas”.

O padre Hans Zollner, que dirige o Instituto de Antropologia da Universidade Gregoriana e que em março se demitiu da Comissão Pontifícia para a Tutela dos Menores incompatibilizado com a direção que esta tomou nos últimos meses, repetiu que há uma “necessidade de repensar o papel do bispo” e criar verdadeiras estruturas de responsabilização. Zollner considerou que a Igreja sob o Papa Francisco tem adotado muitas diretivas que regulam punições e responsabilidades em casos de abuso, mas que “não tem sido consistente na aplicação dessas normas”.

Leia mais