01 Julho 2021
O conselho paroquial da Santíssima Trindade, a paróquia jesuíta próxima à Georgetown University, a qual o presidente Joe Biden foi várias vezes desde sua posse, postou uma declaração no seu site oficial dizendo que a Igreja “não negará a Eucaristia às pessoas que se apresentarem para recebê-la”.
A reportagem é de Michael J. O'Loughlin, publicada por America, 30-06-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
A declaração vem após a controversa votação dos bispos estadunidenses para proceder com a redação de um documento sobre a Eucaristia que pode incluir uma seção sobre líderes políticos católicos e suas virtudes para receber a Comunhão. Líderes da Conferência dos Bispos dos EUA disseram que eles não estão procurando implementar novas regras sobre quem pode receber a comunhão.
Mas muitos bispos disseram que eles apoiavam seguir em frente com o documento devido ao apoio de Joe Biden à legalização do aborto.
O conselho paroquial da Santíssima Trindade disse em sua declaração que eles estavam com o arcebispo de Washington, Wilton Gregory, que pediu aos bispos para não darem continuidade ao documento.
“Enquanto Conselho Paroquial da Santíssima Trindade, nós permanecemos com nosso arcebispo, Wilton Gregory, sobre as questões que envolvem a oferta da Eucaristia aos políticos americanos. Como paróquia com uma longa história de acolhimento a todos, concordamos e apoiamos a abordagem pastoral do nosso arcebispo”, afirma o comunicado.
O conselho paroquial disse que foi “chocante e decepcionante” que os bispos votaram para prosseguir com a redação da declaração.
“Infelizmente, a votação recente causou uma desolação considerável entre nossos paroquianos, bem como entre os católicos romanos em todo o país”, disse o comunicado.
“Como o Papa Francisco reafirmou recentemente, a comunhão deve ser vista ‘não como um prêmio para os perfeitos, mas como um poderoso remédio e alimento para os fracos’”, continuam. “Nenhum de nós, estejamos nos bancos ou atrás do altar, é digno de recebê-lo. O grande dom da Sagrada Eucaristia é sagrado demais para ser considerado uma questão política”.
