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“Precisamos de outro sistema econômico que não dependa da cultura do usar e descartar”. Entrevista com Margarita Mediavilla Pascual

Fonte: Unsplash

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18 Novembro 2025

Margarita Mediavilla Pascual, professora titular da Escola de Engenharia Industrial da Universidade de Valladolid [Espanha], coordena o grupo de pesquisa Energia, Economia e Dinâmica de Sistemas (GEEDS). Seus estudos combinam economia, meio ambiente e tecnologia para entender como os recursos finitos, a acumulação de energia e a gestão de minerais críticos marcam os desafios que enfrentamos.

A entrevista é de Eva Rodríguez, publicada por Ethic, 17-11-2025. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Quais são os limites físicos considerados mais determinantes para alcançar um sistema energético verdadeiramente sustentável?

A transição para energias renováveis é complexa, e o ritmo lento em que está sendo implementada confirma isto. Desde o Protocolo de Kyoto de 1997, estamos dizendo que devemos abandonar os combustíveis fósseis e continuamos consumindo 80% energia de origem fóssil, exatamente a mesma porcentagem de 1997.

Gostaria de deixar claro que essa transição é necessária. O último relatório da Agência Internacional de Energia reconhece que já faz 20 anos que o petróleo convencional, ou seja, o barato e fácil de extrair, alcançou seu máximo de produção e, atualmente, extraímos 10% menos. Algo parecido aconteceu com o gás natural convencional, em 2018.

Esse é um sinal inequívoco de esgotamento. As empresas estão tentando suprir a demanda com recursos mais caros e muito mais poluentes, mas não será possível manter isto por muito tempo. A transição energética é inevitável.

Qual é o maior desafio, atualmente, no campo da energia?

O desafio técnico mais relevante é o armazenamento de energia. Nossa sociedade se baseia em combustíveis fósseis, que são energias já acumuladas que podemos usar quando quisermos. As energias renováveis são variáveis e nos fornecem, basicamente, eletricidade.

No momento, a melhor maneira de armazenar eletricidade é com as baterias, no entanto, as mais avançadas armazenam 24 vezes menos energia por quilograma do que a gasolina. Isto torna muito complicado substituir o petróleo em usos que requerem armazenar grande quantidade de energia em pouco peso, como o transporte de mercadorias, a aviação e a maquinaria agrícola.

Em relação aos minerais críticos, estamos preparados para enfrentar sua escassez?

Os minerais na crosta terrestre são limitados e, atualmente, mal os reciclamos. A maior parte termina em aterros sanitários e, uma vez lá, são praticamente irrecuperáveis. Se não mudarmos radicalmente, nas próximas décadas, teremos problemas com os minerais de tecnologias como as baterias, as redes elétricas e a computação.

Em um dos cenários de transição energética que meu grupo analisou, conjecturamos que todo o transporte de veículos leves fosse elétrico até 2050 e descobrimos que as reservas de cobre, cobalto, lítio, manganês, grafite em flocos e níquel se esgotariam antes desta data.

Em diversas ocasiões, você já ressaltou que o crescimento econômico contínuo não é compatível com os limites planetários. Quais alternativas a ciência propõe para garantir o bem-estar, sem depender do aumento constante do PIB?

O crescimento é o grande problema. Embora as limitações técnicas sejam importantes, a raiz da questão são as dinâmicas econômicas que sabotam todas as tentativas de alcançar um equilíbrio com a natureza. É óbvio que mesmo que sejam mais eficientes e diminuamos o impacto ambiental de cada uma de nossas atividades econômicas, se cada vez tivermos mais e mais atividade, não haverá eficiência que dê conta: o impacto acabará crescendo também.

Por que não escolher majoritariamente tecnologias sustentáveis, se já existem e poderiam garantir nosso bem-estar a longo prazo?

Na realidade, a tecnologia não é a chave do problema. Se realmente quiséssemos iniciar uma grande transição para estilos de vida que respeitem os limites do planeta, poderíamos, em algumas décadas, mudar para estilos de vida praticamente sustentáveis. A dificuldade está em que essas tecnologias sustentáveis, embora possam trazer muito bem-estar a longo prazo, não são as mais rentáveis, nem as que oferecem melhores prestações, nem as que oferecem benefícios a curto prazo. Isto vai contra as lógicas econômicas do mercado que prioriza o lucro imediato. Se, além disso, temos de crescer economicamente e sobreviver em uma economia globalizada e competitiva, não sobra tempo para fazer as coisas direito.

Como seria viver bem, sem um aumento do PIB?

A ciência já sabe como cultivar alimentos sem a necessidade de utilizar agrotóxicos e fertilizantes sintéticos, já sabe como construir moradias com consumo energético muito baixo e baseadas em materiais recicláveis. Já sabemos como organizar nossas cidades para nos movimentar com bem pouca energia e como desenvolver produtos muito mais duráveis.

Contudo, temos um sistema econômico que não fomenta alternativas assim, mas, ao contrário, a obsolescência programada e a cultura do usar e descartar. Precisamos inventar outro sistema econômico que não necessite de comportamentos tão aberrantes para, simplesmente, funcionar.

Que novas formas de organização social e econômica seriam necessárias?

A vida humana, inclusive uma vida boa, não requer consumir mais ou a troca de serviços e mais consumo de energia a cada ano. Quem precisa inventar algo não são mais os e as profissionais da engenharia ou das ciências ‘duras’, mas, sim, os das ciências ‘brandas’: economistas, políticos e sociólogos.

As políticas climáticas também enfrentam o desafio de não reproduzir desigualdades. Como garantir uma transição energética justa?

Esta é uma pergunta muito complexa porque, no sistema econômico atual, as pessoas dependem da criação de postos de trabalho que proporcionem um salário. No entanto, as melhores políticas ambientais, aquelas que realmente podem inclinar a balança, são as que vendem menos coisas e produzem menos. Ou seja, têm uma “falha”: criam menos postos de trabalho.

Conforme El Roto dizia magistralmente: “A solução para a crise é muito simples, só se deve consumir mais para reativar a economia e consumir menos para não destruirmos o planeta”. Vivemos presos a dinâmicas perversas que fazem com que, para manter os empregos que nos permitem subsistir, tenhamos que destruir a natureza que é a base real de nossa vida.

O aspecto econômico continua sendo o fator determinante.

É necessária uma mudança profunda de modelo. Se quisermos realizar uma transição ecológica que realmente tenha impacto e não fique em medidas cosméticas, temos de nos questionar muito seriamente sobre como solucionar as grandes questões econômicas, como a desigualdade social, a distribuição dos bens e o emprego, sem a necessidade de recorrer ao crescimento econômico.

No Brasil, nesses dias, acontece a Cúpula do Clima COP30. Você considera que os compromissos atuais dos países são compatíveis com a urgência?

Estou bastante cansada de cúpulas internacionais onde compromissos são assinados só para serem sistematicamente descumpridos. Penso que deveríamos nos questionar muito seriamente para que servem as COPs. Sua incapacidade é o fracasso da governança global, que agora está muito mais frágil do que na primeira Cúpula da Terra, realizada justamente no Rio de Janeiro, em 1992. Se não formos capazes de fortalecer e democratizar as instituições de governança global, os esforços para gerir de forma minimante sensata os bens comuns globais, como a atmosfera, os oceanos e a biodiversidade, serão inúteis.

Seus modelos integram energia, economia e meio ambiente. O que é necessário para que esse tipo de conhecimento científico tenha mais peso nas decisões das Conferências das Partes da ONU sobre mudanças climáticas?

Apesar da pouca esperança de que os acordos dessas cúpulas sirvam para algo, essas ferramentas de análise podem servir para derrubar alguns paradigmas que estão causando muito dano, como o cientificismo e o reducionismo. Nossos modelos se baseiam em visões globais, sistêmicas, que analisam conjuntamente aspectos técnicos, ecológicos, sociais e econômicos, e isto permite tomar consciência dos múltiplos aspectos que criam os problemas. Servem para derrubar visões míopes ou interesseiras que querem nos fazer acreditar que a solução é, simplesmente, comprar uma nova tecnologia salvadora.

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