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Brasil: uma potência ambiental, uma potência petrolífera

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

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11 Novembro 2025

O país, anfitrião da cúpula climática da ONU em Belém, porta de entrada para a região do baixo Amazonas, está reforçando seu compromisso com os combustíveis fósseis ao autorizar a exploração de petróleo no delta do Amazonas. O debate em torno do petróleo e a tensão entre o progresso econômico e a preservação ambiental se intensificaram na região.

A reportagem é de Naiara Galarraga Gortázar, publicada por El País, 08-11-2025.

No Delta do Amazonas, onde o maior rio do mundo encontra o Atlântico, as correntes são traiçoeiras. Os moradores de Sucuriju, uma vila remota e pitoresca, sobrevivem há mais de um século em uma paisagem tão bela quanto implacável. Casas de madeira pintadas em cores vibrantes — vermelho, verde, amarelo, rosa —, duas escolas, uma igreja católica, uma igreja evangélica e um posto de saúde se erguem sobre palafitas ao longo de uma passarela de madeira que serve como rua principal. Aninhada dentro da Reserva Natural do Lago Piratuba (no estado do Amapá, Brasil), chegar a Sucuriju exige estômago forte e paciência para uma longa viagem em mar aberto, seguindo um litoral de manguezais. Quilômetros e quilômetros de árvores com suas raízes emaranhadas expostas ao ar, um verdadeiro tesouro de biodiversidade no litoral amazônico.

“Para nós, o petróleo significa uma luz no fim do túnel”, explica Ozeas Maciel, de 45 anos, presidente da associação de pescadores e o piloto de barco mais experiente da região, enquanto se balança numa rede à espera que o calor escaldante diminua. Só então a aldeia volta a ter vida. “Sabemos que com o petróleo virá uma imensa riqueza, uma possibilidade de desenvolvimento, porque aqui não há esperança de ter uma indústria ou bons empregos.”

Em uma medida altamente controversa, o Brasil acaba de inaugurar uma nova fronteira petrolífera. E o fez em uma área sensível, na costa da Amazônia, e em um momento delicado. Apenas alguns dias antes da cúpula climática da ONU, que reunirá a comunidade internacional na maior floresta tropical do mundo pela primeira vez para chegar a um consenso sobre o combate às mudanças climáticas — incluindo a eliminação gradual dos combustíveis fósseis —, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a exploração de petróleo no delta do rio Amazonas. Essa era uma licença que o governo havia negado em 2023. A perfuração começou imediatamente em um local conhecido como Bloco 59.

Projetos petrolíferos na região amazônica

A região Pan-Amazônica é uma área com presença do bioma Amazônico (terrestre e marinho) que abrange nove países.

A indústria petrolífera reagiu com euforia; os ambientalistas brasileiros, indignados. Para Suely Araújo, coordenadora do Observatório do Clima, uma aliança de ONGs, “estimular a expansão da produção de petróleo é apostar em mais aquecimento global” e, argumenta ela, é também uma sabotagem da COP30, que será realizada em Belém entre 6 e 21 de novembro. “Lula acaba de enterrar sua pretensão de ser um líder climático no Delta do Amazonas”, segundo essa ex-funcionária de alto escalão que, quando era presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), negou licenças para projetos semelhantes na mesma área. “Concedi muitas licenças”, disse ela em outubro em um café paulista. “Mas aquela área tem características específicas”, apontou. “As correntes são muito fortes, tem uma biodiversidade muito alta e pouco estudada. E, pelo que me lembro, a Petrobras nunca explorou em uma área com correntes tão fortes.” A ambientalista veterana alerta que o Bloco 59 será apenas o começo de uma corrida para extrair petróleo de toda a zona marítima equatorial. O último leilão deixou clara a enorme procura por parte das companhias petrolíferas do Brasil, dos Estados Unidos e da China.

Potência ambiental e petrolífera, o Brasil se sente à vontade em ambos os papéis; ele personifica os dilemas e contradições da luta contra o aquecimento global. Detém 60% da floresta amazônica, reduziu drasticamente o desmatamento e promete eliminá-lo completamente até 2030. Mas, até lá, também almeja se tornar o quinto maior produtor de petróleo do mundo. Com 3,3 milhões de barris por dia, ocupa atualmente a oitava posição.

A Petrobras, empresa petrolífera semipública e joia da economia brasileira, está confiante de encontrar, nas profundezas de um mar particularmente agitado, as fabulosas quantidades de petróleo bruto que transformaram um país vizinho, a Guiana, em um próspero petroestado.

Na região mais próxima do poço 59, o apoio popular é forte. A vida na floresta amazônica, um sumidouro de carbono que ajuda a mitigar o aquecimento global, é repleta de dificuldades e desafios. Os moradores locais, conscientes do frágil equilíbrio da natureza e vítimas dos estragos das mudanças climáticas, anseiam por prosperidade, oportunidades e um futuro digno. Mas muitos deles veem o petróleo como sua salvação. Lula argumenta que o petróleo bruto servirá para financiar a transição energética e melhorar a vida dos brasileiros na Amazônia.

O Greenpeace e o Instituto de Pesquisas Científicas do Estado do Amapá, o mais próximo do Bloco 59, queriam saber até onde o petróleo chegaria em caso de vazamento, então realizaram uma simulação usando bóias. As correntes traiçoeiras levaram uma delas até a reserva que circunda o povoado de Sucuriju. Maciel, o chefe dos pescadores, sabe que se o petróleo bruto contaminar esse manguezal, seu mundo estará completamente destruído. Mas seu desejo de que sua terra prospere supera seus medos. E ele confia no histórico da Petrobras. Ele já se reuniu com eles duas vezes. "Eles falaram muito sobre segurança, que cumprem as normas e que têm um histórico de vazamentos de petróleo", enfatiza.

As marés e o calor ditam o ritmo nesta aldeia onde a vida gira em torno da pesca artesanal de gurijuba, uritinga e pirarucu, os maiores e mais valiosos peixes da Amazônia. Cultivar a terra é impossível, pois ela alaga a cada maré alta. Ao cair da noite, é hora de nadar e jogar futebol, brincadeiras que meninos e meninas fazem juntos. À noite, a lua cheia e o céu estrelado oferecem um espetáculo inestimável. Um gerador fornece energia elétrica. A mais recente aquisição são os painéis solares, que finalmente permitem que usem a geladeira com segurança. Embora vivam rodeados de água, a água potável é escassa. É uma dificuldade. Sem poços, eles armazenam a água da chuva que cai durante a estação chuvosa e a racionam para o resto do ano.

A aparência idílica esconde dificuldades e perspectivas limitadas. Iriana da Silva, de 41 anos, saiu para estudar e depois voltou. Enfermeira e professora, ela administra a pousada e um dos quatro bares. “A gente ficou sabendo do petróleo pela TV, pelas redes sociais. Não é bom para a gente; não traz investimento. Quem tem menos instrução não entende direito; acha que vai ser o paraíso. Mas se alguma coisa der errado, tudo isso acaba”, enfatiza ela na varanda de sua casa. Os que se opõem ao projeto são minoria por aqui.

O entusiasmo pela promessa do petróleo é ainda maior a 350 quilômetros a noroeste da vila, na cidade de Oiapoque. Ela fica na única fronteira do Brasil com a Europa: um rio a separa de um pedaço da França, a Guiana Francesa. A mera chegada de uma equipe de técnicos da Petrobras agitou a cidade, a mais próxima do Bloco 59, localizado a 175 quilômetros de Oiapoque e a 500 quilômetros da bacia do Rio Amazonas. As expectativas são colossais.

María Oricina Ferreira está radiante porque, apesar de não ter formação acadêmica e ter 50 anos, conseguiu um bom emprego, algo impensável em sua cidade natal. Ela prepara o café da manhã em um dos hotéis recém-inaugurados, frequentemente ocupados por profissionais da indústria petrolífera. Chegar a Oiapoque exige percorrer uma rodovia impecável, com exceção de um trecho de 100 quilômetros de estrada de terra. Uma cicatriz vermelho-escura em meio à densa floresta amazônica e aldeias indígenas. É a rota para o Eldorado pessoal de muitos homens, mulheres e famílias. Há anos, a cidade atrai pessoas que fogem da pobreza e oportunistas que sonham com a mina de ouro que os enriquecerá.

Aos negócios tradicionais — a fronteira, a mineração ilegal de ouro e a pesca — soma-se agora a corrida do petróleo. Os moradores sentem que estão quase ao alcance do ouro negro, aquele golpe de sorte que mudaria definitivamente suas vidas. “Espero que as expectativas sejam atendidas. Se autorizarem a exploração de petróleo, esta cidade vai mudar 100%”, disse um entusiasmado Claudio Lima Bezerra, de 37 anos, no início de outubro. Sua loja de materiais de construção está prosperando graças aos novos hotéis, pousadas, prédios de apartamentos, casas de tijolos, armazéns… Todos que têm dinheiro investiram.

Embora todos falem sobre um influxo de forasteiros nos últimos meses, é difícil encontrar algum recém-chegado. Um morador suspeita que as autoridades locais estejam exagerando para obter mais verbas públicas. Ninguém quer ficar de fora. A Câmara Municipal estima que os atuais 27.000 moradores dobrarão. Sete novos bairros surgiram recentemente, sem nenhum planejamento. Mais do que bairros, são apropriações de terras à força. Um fato consumado. Alguém chega, se instala e começa a assentar tijolos até que eles tomem a forma de uma casa.

O bairro conhecido como Nova Conquista está crescendo rapidamente, com centenas de casas espalhadas pelas colinas áridas que antes eram cobertas por densa floresta. “Eles estão invadindo nossas terras, desmatando, queimando a vegetação e poluindo os córregos”, reclama Mauriano Furtado, de 31 anos, presidente de uma aldeia vizinha, o quilombo de Patuazinho, fundado por descendentes de escravos. De um lado, os colonos já ocupam várias casas; do outro, ergueram a estrutura de outra. Passo a passo, estão invadindo suas terras. Furtado e sua comunidade se sentem impotentes diante da inação da polícia. “O pior é que eles nem estão construindo para morar, estão construindo para vender!”, diz ele, referindo-se à especulação imobiliária que tomou conta de Oiapoque.

Os moradores locais pouco sabem sobre a paciência necessária no ramo do petróleo. As explorações, iniciadas recentemente, revelarão em alguns meses se há petróleo bruto. Depois, será preciso analisar se a exploração é rentável. Em outras palavras, a primeira gota (e com ela os cobiçados royalties) ainda pode levar anos. A Petrobras estima que poderá encontrar 6 bilhões de barris, o equivalente à metade das reservas brasileiras. Ninguém em Oiapoque quer sequer cogitar a possibilidade de não encontrar petróleo.

Os preços de aluguel e hospedagem estão disparando. O pequeno aeroporto foi ampliado para receber voos diários com técnicos da Petrobras, que depois pegam helicópteros até a plataforma de perfuração ancorada no Bloco 59. Novos negócios também surgiram. De não ter nenhuma ótica, agora há três lojas de óculos e duas de maquiagem. Um café chique foi inaugurado e um restaurante de sushi abrirá em breve — o auge da sofisticação por aqui, onde é difícil escapar do arroz com feijão acompanhado de alguma proteína, carne ou peixe. E, apesar do calor sufocante, as sopas substanciosas fazem sucesso.

A atividade de construção é tão frenética que há escassez de mão de obra. É difícil encontrar pedreiros ou pintores profissionais porque a demanda é muito alta, explica Lilma Campos, presidente da associação de comerciantes. "A melhor coisa que poderia acontecer a Oiapoque é petróleo", diz ela em seu escritório, decorado com fotos e estatuetas da Torre Eiffel, lembranças de sua época morando na França. Proprietária de um hotel-cabana projetado para turistas europeus que querem explorar a Amazônia, ela está ciente dos riscos ambientais, mas os coloca em segundo plano. "Um vazamento teria um impacto enorme. Estamos preocupados, sim, mas queremos e precisamos de desenvolvimento", enfatiza.

O medo mais imediato é outro completamente diferente. “É importante que contratem trabalhadores daqui, que não tragam funcionários de outros lugares e que nos deem uma chance”, destaca. Eles temem que a oportunidade passe, que todo o pessoal qualificado seja contratado e que os lucros da mina vão direto para o Rio de Janeiro, São Paulo, os cofres do estado ou os bolsos dos acionistas, enquanto eles ficam de fora. Campos acredita que mudanças reais começarão a ser notadas em alguns anos. Por enquanto, a comunidade empresarial está promovendo cursos de culinária, hotelaria, coquetelaria, francês, cabeleireiro… antecipando as necessidades futuras.

A narrativa de que a região está mergulhada no atraso por ser uma das mais bem preservadas do Brasil ganhou força. No Amapá, duas ou três famílias de chefões locais exercem poder há décadas. A desconfiança em relação aos políticos é profunda. O debate em torno do petróleo se intensificou. A hostilidade contra os ambientalistas locais está crescendo. Flávia Guedes, da ONG Mapinguari, enfatiza por telefone que os manguezais e os recifes de coral seriam extremamente vulneráveis ​​a qualquer vazamento, pois as dificuldades para realizar uma operação de limpeza seriam imensas. Como se remove petróleo bruto de um manguezal? As autoridades ambientais aprovaram o simulado de acidente realizado pela petrolífera com 400 trabalhadores, mas Guedes aponta algumas falhas.

Para o povo Karipuna, a mera prospecção dessas águas representa uma catástrofe, pois elas são sagradas. “Em nossa cosmologia, existem três mundos”, explica o pintor Yermollay Caripoune, de 49 anos, no esplêndido museu indígena de Oiapoque. “O céu, o mundo intermediário, que habitamos, e o mundo das profundezas. Os espíritos do peixe-espada, da tartaruga… e de outros seres intocáveis ​​vivem nesses recifes de coral.” Seus chefes têm pressionado as autoridades incansavelmente.

Lula queria sediar a cúpula climática na Amazônia para que líderes mundiais e negociadores pudessem vivenciar em primeira mão os muitos desafios envolvidos na proteção da floresta tropical. A COP30 oferece ao veterano presidente brasileiro uma plataforma para demonstrar suas credenciais ambientais, embora o boicote dos EUA ao Acordo de Paris enfraqueça o evento.

Todos os presidentes do Brasil democrático, com exceção do negacionista das mudanças climáticas Jair Bolsonaro, entenderam a Amazônia como um ativo singular para a projeção internacional do país. É por isso que ambientalistas alertam que o renovado foco no petróleo está minando a reputação do Brasil como um país que lidera pelo exemplo na agenda ambiental internacional.

Araújo, do Observatório do Clima, tinha vinte e poucos anos quando, em 1992, participou da cúpula do Rio de Janeiro que deu origem à convenção climática da ONU. Ela enfatiza que, neste momento, abrir novas fronteiras petrolíferas é incompatível com o combate à crise climática. Eis seus cálculos: “Uma vez obtida a licença ambiental, o poço só produzirá petróleo em uma década. Os blocos concedidos em junho começariam a produzir, digamos, em 2040. E se cada plataforma tem uma vida útil de cerca de 30 anos, por quanto tempo continuaremos produzindo petróleo?”, questiona, indignada. O Observatório do Clima propõe otimizar os poços que já estão produzindo e diversificar os investimentos com um firme compromisso com biocombustíveis e hidrogênio verde.

Para João Victor Marques, especialista em energia da Fundação Getúlio Vargas, “buscar novas fronteiras significa garantir a posição estratégica do Brasil no mercado internacional”, com vistas a satisfazer a demanda, enquanto durar, de países como a China ou a Índia.

Na década de 1970, impulsionado pela crise do petróleo no Oriente Médio, o Brasil investiu pesadamente em energia hidrelétrica e biocombustíveis (é o país de origem dos carros que funcionam tanto com etanol quanto com gasolina). Isso criou um perfil energético em que metade da oferta provém de fontes renováveis ​​e um terço do petróleo. Em outras palavras, enfatiza o especialista, "o país possui uma matriz energética mais limpa do que a que a União Europeia almeja alcançar até 2030".

Os moradores da vila de Sucuriju e da cidade de Oiapoque sabem que, a cada estação seca, o calor se intensifica, as áreas de pesca diminuem e o pescado atinge os mesmos preços de anos atrás. O pescador Maciel resume o dilema que os divide: “É claro que queremos preservar o meio ambiente; queremos as duas coisas: desenvolvimento e conservação da natureza. Mas parece que, por sermos uma vila de pescadores, estamos fadados a morrer sem jamais ver o desenvolvimento que o petróleo poderia trazer”. Para esse povo amazônico, as negociações climáticas em Belém, do outro lado do vasto Delta do Amazonas, parecem um mundo à parte.

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