• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

"Assim curamos os homens violentos. Conosco, aprendem também a chorar". Entrevista com Stefano Ciccone

Mais Lidos

  • A categoria do medo é inseparável da política, mas deve ser tensionada com a esperança. Um dos aspectos do amor mundi arendtiano evoca o sentir-se responsável pelo mundo e aponta para um duplo desafio ético relativo à afetividade

    A centralidade do medo na modernidade e a esperança em novos inícios. Entrevista especial com Paulo Eduardo Bodziak Junior

    LER MAIS
  • Leão XIV, aos movimentos populares: "Terra, teto e trabalho são direitos sagrados pelos quais vale a pena lutar"

    LER MAIS
  • A oração desvela nossa autoimagem. Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

25 Outubro 2025

Homens que cometeram atos de violência não são maníacos nem loucos. Eles são portadores de uma cultura compartilhada que interpreta de forma exacerbada e extrema uma ideia errada. Aquela do homem que deve se controlar. Do homem que precisa dominar suas emoções. Que só pode expressar raiva. Mas as emoções não são só das mulheres. São de todos. Mesmo desses homens, que não sabem reconhecê-las. Porque foram criados sem a capacidade de se sentir.

A entrevista é de Elisa Sola, publicada por La Stampa, 23-10-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

São homens a quem foi ensinado que um homem não pode chorar. Stefano Ciccone, presidente da "Maschile Plurale", convidado hoje em Turim para o festival Women & the City, forma e reeduca homens de todas as idades, incluindo aqueles acusados de crimes violentos. Ele os ajuda a se transformarem em algo diferente da violência.

Eis a entrevista.

Ciccone, como funciona seu trabalho na prática?

Trabalhamos em grupos. Temos homens normais à nossa frente. Autores de violência de vários tipos. Eles têm entre 18 e 70 anos. Começamos com um processo de desconstrução. Desmontamos a ideia errada de que um homem precisa dominar suas emoções. Porque esse é um dos estereótipos que relança a cultura da violência.

Dizer a eles para controlar a raiva é uma mensagem errada?

Sim. Homens autores de violência precisam primeiro se entender. Geralmente são parecidos. Todos se sentem vítimas e, portanto, justificados a agredir. Se sentem isolados. Porque, mesmo que vão jogar futebol, não conversam com os amigos sobre como realmente se sentem. E, por fim, cresceram com uma ideia prejudicial: a de que emoções são coisa de mulher. São panelas de pressão prestes a explodir.

Como funciona uma sessão em grupo?

Trabalhamos as emoções num primeiro momento. Explicamos que não basta serem legitimadas socialmente. Que não são domínio de um gênero. Que um homem pode reconhecer se sentir angustiado ou triste. E isso é correto. Que é errado que eles tenham sido ensinados a expressar apenas a raiva.

É por isso que são violentos? É a única maneira que sabem se expressar?

Eles se sentem legitimados a demonstrar apenas essa emoção porque não conhecem as outras. Foram submetidos ao crivo social do qual todos somos culpados. São homens que, se choravam quando crianças, ouviam: não banque a garotinha. Homens obrigados a crescer com a ideia de controle.

Controle e rejeição fazem parte da violência. Por quê?

A rejeição se torna inadmissível e inconcebível se um homem foi ensinado que o amor é assim: existe ele, homem, o motor da relação. Ele chama, e ela responde ao desejo. Ela não escolhe, não decide. A rejeição de uma mulher coloca o homem violento diante de uma vulnerabilidade que ele provavelmente nunca esperaria. Cai a visão do ‘me basto’, e se estilhaça a imagem de que a mulher está ali para ele. Nesse ponto, o homem desmorona.

Basta tão pouco?

Sim. A cultura patriarcal em que vivemos só prevê duas imagens de mulher. A mãe, que se sacrifica pelas necessidades dos outros, e é por isso que culpabilizamos as mães que trabalham ou têm vida sexual. A segunda imagem é a da mulher erotizada. A acompanhante, a mulher da propaganda que usa maquiagem — é isso que o homem violento pensa, porque a missão dela é me agradar. Quando essa segunda imagem cai, porque o homem é rejeitado, tudo desmorona.

A identidade masculina desmorona?

Esfacela-se a ideia da relação homem-mulher. Mas o próprio modelo de identidade do homem entra em crise, que não sofre apenas pelo rompimento de um vínculo. Ele não se reconhece mais. Ele não sabe mais quem é. Os homens são violentos porque suas identidades masculinas são sempre precárias.

O que isso significa?

Que eu, um homem que cresceu com esses estereótipos de mulher — a mãe e a amante — estou sempre ansioso para provar que sou um homem de verdade. Minha identidade depende disso. Se a identidade depende de como eu controlo a mulher, e ela me rejeita, eu não existo mais. São homens que não sabem mais quem são. A violência contra as mulheres tem uma matriz cultural.

Por que trabalham em grupos?

Um homem violento geralmente não percebe que é violento. Ele não se dá conta até ver outro como ele na sua frente. Colocamos o jovem que violentou sua colega diante do homem de sessenta anos que bate na esposa. No início, acham que não têm nada em comum.

E depois?

Cada um conta sua própria história. Sua própria crise. E encontra nos outros uma escuta empática, mas que não deve ser cúmplice. Sempre dizemos que ninguém é juiz ou superior aos outros. Com a escuta, um homem enxerga sua própria miséria. E não dizemos a ele que precisa se controlar. É a abordagem errada. Nós o levamos a assumir a responsabilidade pelo que fez. Ele deve reconhecer a dor que causou. Deve enxergar que os filhos têm medo dele. É aí que eles desmoronam. Naquele momento, a parte difícil é explicar a eles que a mudança não é recuperar a mulher com quem estavam. Ela foi embora. A recuperação é deixar ir. É encontrar a capacidade de recuperar um relacionamento consigo mesmo, primeiro. Depois, com as mulheres em geral. Construindo um homem que tem emoções. Que não banca a vítima. Que tem sua genitorialidade e sexualidade. Que merece um relacionamento profundo com uma mulher. Que entende que o sexo como dominação ou punição é degradante também para ele. Que uma mulher calada à sua disposição é sinal de um relacionamento ruim. Que pode sentir. E também pode chorar.

Leia mais

  • Feminicídios, Maschile Plurale: “Gino Cecchettin e os outros quebram a narrativa tóxica das TV”. Entrevista com Stefano Ciccone
  • “Liberdade feminina, um valor para todos”. Entrevista com Lucia Vantini
  • Patriarcado. Somos todos responsáveis
  • “A violência? Das cinzas do patriarcado um monstro de duas cabeças: narcisismo e depressão”. Entrevista com Massimo Recalcati
  • “A violência contra as mulheres é quase satanismo. Irritar-se com Deus também é um modo de rezar”, afirma o papa
  • Oxfam: violência contra mulheres cresceu 111% durante a Covid
  • Violência contra as mulheres
  • Violência contra a mulher: Brasil tem leis progressistas, mas ainda enfrenta barreiras culturais
  • Descrédito e exigência de prova física: obstáculos das vítimas de violência
  • Emergência dentro da emergência. Mulheres vítimas de abuso, caem as denúncias. “Presas, não podem pedir ajuda”
  • Para 54% dos brasileiros, mulher que denuncia violência sexual não é levada a sério

Notícias relacionadas

  • Machismo marca debate no plenário do Senado em processo de impeachment

    O preconceito de gênero foi um dos componentes que marcaram os primeiros dias do julgamento final do impeachment da presidenta Di[...]

    LER MAIS
  • Homem xinga e mostra pênis para assessora do Instituto Lula em restaurante

    “Todos nós, homens, de esquerda, de direita, de centro, somos sim inimigos até que sejamos devidamente educados para o contrá[...]

    LER MAIS
  • Italiana se mata após assédio nas redes por causa de vídeo sexual espalhado por ex-namorado

    “Abrimos uma investigação por indução ao suicídio”, declarou nesta quarta-feira o chefe do Ministério Público do Norte [...]

    LER MAIS
  • Papa e Patriarca não irão rezar juntos na Geórgia

    Eles trocarão cumprimentos cordiais e falarão um ao outro. No dia 1º de outubro, acenderão velas juntos na catedral patriarcal[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados