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O pulso da juventude ameaça o poder no Peru

Foto: Mario Vásquez Rioja/Pexels

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14 Outubro 2025

A Geração Z, um em cada quatro eleitores, está na vanguarda dos protestos contra um sistema podre.

A reportagem é de María Martín Renzo Gómez Vega, publicada por El País, 14-10-2025.

O pai de Jean Villanueva é cobrador de ônibus em Lima, uma dessas vans que avançam em meio a buzinas e medo. Ele é um dos alvos das máfias que extorquem cobradores e motoristas de ônibus, aqueles que, como tantos outros, saem de casa todos os dias sem saber se voltarão. O pessimismo e o cansaço se espalham pelo Peru, mas Villanueva, um contador de 29 anos, prefere não esperar que o país mude por conta própria. Agora ele grita. Ele cerra os punhos. Sempre na linha de frente. Ele está convencido de que os jovens peruanos são os únicos que podem restaurar a esperança. Sua geração, a que enche as ruas das cidades ao redor do mundo, cansou de esperar.
“Precisamos de uma nova liderança”, diz Villanueva em um Starbucks no centro de Lima. Há pouco mais de um mês, a mesa onde ele estava sentado foi coberta por uma nuvem de gás lacrimogêneo. A polícia usou cassetetes para expulsar os manifestantes até este shopping a céu aberto. Ele ainda carrega as marcas daquele dia nas mãos, nádegas e cabeça. “Eu estava carregando um megafone, exercendo meu legítimo direito de protestar, e a polícia veio até mim e me jogou no chão”, lembra. A violência contra manifestantes se tornou uma constante nos últimos anos, com mais de cinquenta mortes desde 2022.

Os poderes entrincheirados olham de soslaio para jovens como Villanueva, a chamada Geração Z, aqueles com menos de 30 anos. São eles que lideram protestos massivos em países díspares como Indonésia, Quênia, Nepal e Marrocos, espalhando a palavra uns aos outros, como aconteceu com a Primavera Árabe e anos atrás no Chile, ou mesmo no próprio Peru. Suas causas são diversas, mas todas exigem algum tipo de ruptura, melhores serviços públicos ou o fim da corrupção. Eles exigem mudança. Agora. Eles se organizam nas mídias sociais, e um de seus símbolos é uma bandeira pirata com uma caveira usando um chapéu de palha. E, no Peru, há um enorme motivo adicional para a agitação. Jovens entre 15 e 29 anos são o maior bloco eleitoral do país: mais de 25% do eleitorado, mais do que qualquer outra faixa etária.

A queda de Dina Boluarte na sexta-feira passada surpreendeu quase todos. Surpreendeu o Ministério Público, que teve que se apressar para emitir medidas cautelares para impedi-la de deixar o país. Também surpreendeu milhares de jovens que passaram semanas preparando uma grande marcha com jovens de todo o país para exigir sua cabeça. Com Boluarte escondida em sua casa, eles involuntariamente alcançaram seu primeiro objetivo. Mas ainda há muitas cabeças a serem reivindicadas. Eles querem a renúncia de José Jerí, o novo presidente interino. Eles querem a revogação de leis. Eles querem a criação de uma mesa de diálogo para participar dos rumos do país. Eles querem que os responsáveis ​​pelas mortes de manifestantes sejam processados. Eles querem que um congressista "independente e justo" assuma a presidência até as eleições de abril. Eles querem que os poderosos parem de roubar. Eles querem que os criminosos parem de matar. Nesta quarta-feira, eles voltarão às ruas de Lima. Até que consigam isso.

“Há quem esteja disposto a ir até o Nepal. Deixe tudo para lá ”, alerta Yackov Solano na mesma mesa. O universitário de 22 anos — vestindo uma bandana preta e uma jaqueta bomber verde-militar — é um dos rostos mais visíveis desse movimento juvenil composto por dezenas de grupos capazes de mobilizar “irmãos e irmãs” em todo o país. “Infelizmente, a corrupção se normalizou aqui, mas chegamos a um ponto em que nós, jovens, estamos dizendo 'não, chega'”, argumenta Solano.

Os adultos os acusam de viver vidas desconectadas, grudadas às telas, presas em maratonas de séries, jogos online e redes sociais. Mas foram eles que levaram o descontentamento virtual às ruas. Foram eles que enfrentaram a polícia, determinados a silenciá-la. Uma reforma que obrigou os trabalhadores autônomos a contribuir para as administradoras de fundos de pensão, incapazes de garantir uma aposentadoria digna, os desenraizou: eles interferiram no futuro de uma geração que mal tem o suficiente para viver, muito menos sonhar. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Peru é o quinto país do mundo com a maior proporção de jovens que não estudam nem trabalham. O número de "ninis" (ninis) gira em torno de 1,5 milhão.

A reforma foi frustrada, mas não se tratava apenas de aposentadorias. Muitas dessas crianças, diz o cientista político Omar Coronel, especialmente aquelas dos setores mais populares, estão marchando pelo mais básico: uma vida pacífica. "Elas não estão seguras em lugar nenhum. Não podem ir à escola ou trabalhar em paz. Não são os jovens de antes; estão muito mais confrontadores e resilientes", diz ele. "Participamos dos protestos de 2020 em um cenário muito semelhante ao atual e, cinco anos depois, nos encontramos fazendo a mesma coisa. Éramos aprendizes na época, mas isso mudou. Agora estamos muito mais conscientes", enfatiza Yackov Solano, filho de uma enfermeira e um contador.

A Geração Z peruana tem seus próprios símbolos. Entre ratos gigantes e os típicos cartazes com o rosto do atual presidente, novos emblemas de luta surgiram: caveiras com chapéus de palha, bandanas e espadas de samurai. "Se Che Guevara ou Karl Marx já foram ícones da revolução no século XX, hoje o anime [a animação popular japonesa] ocupa esse lugar simbólico", afirma o escritor JJ Maldonado, autor de dois livros que explicam o presente: Narrativa Messiânica: Animes para o Resgate da Ficção e Uma Galáxia Pop Chamada One Piece.

Nos protestos desses jovens, One Piece se tornou um emblema. A história em quadrinhos, criada no final do século passado por Eiichiro Oda, um inconformista que abandonou os estudos de arquitetura para escrever e desenhar mangás, é um fenômeno cultural com quinze filmes, cinquenta videogames e mais de mil episódios. É a história de garotos aventureiros que enfrentam piratas em busca de tesouros escondidos, uma história repleta de temas como liberdade, justiça, rebelião contra o poder e corrupção. "Sofremos mais de uma década de instabilidade política. Chega. A hora é agora", afirma a Geração Z em suas declarações.

Kevin Puelles, gerente da plataforma Fotos de Lucha, documenta os protestos no Peru desde 2022. Este psicólogo, que usa sua câmera para registrar os abusos das Forças Armadas, destaca que esta quarta-feira, 15 de outubro, será uma data para tomar o pulso do país. “Fora de Lima, o eco das mobilizações é abafado, mas não esquecido. Há uma expectativa de que os universitários saiam às ruas”, explica. A memória dos mortos mantém as tensões vivas. A extensão dependerá da mobilização em outras regiões, além da capital. Puelles hesita. “Pelo menos em Trujillo, Cusco e Puno, isso não existe”, afirma. É um fenômeno em construção. Por enquanto, Carlos Castillo, arcebispo de Lima, já deu sua bênção: “Aqui não há terroristas, mas pessoas com direitos. Elas têm muito a dizer à humanidade.”

Villanueva e Solano, com a franja cobrindo a testa e as mochilas nas costas, conheceram-se em uma manifestação e se apaixonaram. Desde então, caminham juntos entre faixas e ativistas. São o retrato de uma geração que está rompendo com os moldes impostos pelos mais velhos. "Contei à minha congregação que era bissexual e me senti muito apoiado", confessa Villanueva. "Nossas mentes estão muito mais abertas", concorda seu companheiro. "Talvez eu pense como um sonhador", enfatiza Solano, "mas nossa geração pode ser a grande mudança que o Peru precisa."

Leia mais

  • Quem são os jovens da Geração Z que estão tomando as ruas?
  • Bandeira de “One Piece” vira ícone de protestos da Geração Z
  • Por que a Geração Z se rebela? Artigo de Rudá Ricci
  • De Madagascar ao Marrocos: protestos da Geração Z abalam a África
  • No Marrocos, na Ásia ou no Peru, movimento Geração Z ganha impulso com 'efeito espelho’ na internet
  • Causas e consequências da "revolução" nepalesa. Artigo de Roman Gautam
  • Guerra Mundial Z. Artigo de Victor Lapuente
  • Geração Z: como mitigar o mal-estar da Era Digital?
  • Geração online: muitos jovens querem viver sem redes sociais
  • Nepal: por que a geração Z se amotinou. Artigo de Atul Chandra e Pramesh Pokharel
  • Na Croácia, do Nepal e do Burundi. As vidas rejeitadas nas fronteiras da Europa
  •  A geração dos oito segundos
  • A geração Z é a geração ‘do Fim do Mundo’. Entrevista com Carlos Tutivén Román
  • Geração Peter Pan. Artigo de Enzo Bianchi
  • “Entrelinhas pontilhadas”, o lamento de uma jovem geração. Artigo de Paolo Benanti
  • A perda de espaços contemplativos: a geração Z, a comunicação escrita e o trabalho. Artigo de Robson Ribeiro
  • Geração Z estadunidense apoia regulamentação das mídias sociais
  • Geração Z questiona impactos das redes sociais
  • Geração Z e vulgarização da política. Artigo de Frei Betto
  • A geração Z, trabalho remoto e a condição do entretenimento. Artigo de Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves

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