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A Terra Santa. Artigo de Flávio Lazzarin e Claudio Bombieri

Foto: Robert Bye | Unsplash

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09 Outubro 2025

O nosso é um tempo de guerras e lacerações, que revela, com maior intensidade, a incapacidade dos seres humanos de conviver em paz.

O artigo é de Flávio Lazzarin e Claudio Bombieri.

Flávio Lazzarin é padre da diocese de Coroatá MA e agente da CPT.

Claudio Bombieri é padre, missionário comboniano e agente pastoral junto aos Guajajaras do Maranhão.

Eis o artigo.

Com certeza, cabe neste contexto a teologia da unidade que encontramos no lema agostiniano do brasão heráldico do papa Leão XIV “In Illo Uno Unum”, "No único Cristo, somos um", e que corresponde ao carisma Petrino: “... a unidade de fé e de comunhão de todos os fiéis. O Romano Pontífice de facto, como Sucessor de Pedro, é perpétuo e visível fundamento da unidade, não só dos Bispos mas também da multidão dos fiéis, e por isso ele tem uma graça ministerial específica para servir aquela unidade de fé e de comunhão, que é necessária para o cumprimento da missão salvífica da Igreja.”[i]

Todavia o serviço Petrino, tendo em vista a unidade do corpo de Cristo, que é a Igreja, nunca pode ser testemunhado e pensado prescindindo de processos sofridos de discernimento espiritual para encontrar caminhos de unidade na complexidade desafiadora dos diferentes contextos históricos.

Sem jamais esquecer que somos constitutivamente limitados e falhos.

Sem esquecer, também, que a sina do discipulado na sequela de Jesus nunca é a eficácia, - o resultado positivo da missão - e tampouco negociações irreconciliáveis com o Templo e o Palácio, mas somente a fidelidade à Realeza do Pai e a coerência do testemunho.

A pergunta dramática que nos atormenta atualmente é como defender a unidade num mundo em que se radicalizaram o ressentimento, o ódio, a divisão, a vingança, a guerra, o extermínio ad intra e ad extra. A situação é ainda mais complicada quando nos desafiam as atuais divisões e radicais polarizações, que deturpam o rosto das Igrejas. Contraposições que são teológicas, culturais e políticas e que não são simplesmente o reflexo do choque epocal entre a saudosa reafirmação da tradição e a fluidez da modernidade, mas constituem inegavelmente as próprias inspirações e motivações da guerra mundial e das guerras civis, sem perdão e sem pacificação.

Quando nos perguntamos como poderíamos ser testemunhas confiáveis da unidade substancial e não como mera virtude ou princípio genérico, não encontramos fáceis respostas, até porque muitos acham que ao tomarmos partido ao lado das vítimas, denunciando os responsáveis do extermínio programado dos pobres, nos colocaríamos em processos inconciliáveis com o mandamento da unidade.

O que fazer diante da aparente inconciliabilidade da salvaguarda da paz com a defesa das causas dos oprimidos?

Com efeito, as circunstâncias e os violentos, independendo da nossa vontade,  nos envolvem como inimigos na guerra mundial e na guerra civil.

E, além disto nos acompanha um ulterior sintoma da precariedade do princípio-mandamento da unidade porque, quando nos enxertamos em movimentos que defendem causas humanitárias urgentes e indiscutíveis, somos obrigados a conviver com atitudes, posturas e comportamentos, que nem sempre coadunam com a nossa sensibilidade ética e política ou demonstram claros sinais de contradição. Nestas circunstâncias, a definição balthasariana da Igreja: “comunhão de solidões” aparece como âncora de salvação.

Em suma, não passa de uma perniciosa ilusão apostar no diálogo diplomático ou, pior, na neutralidade equidistante para salvaguardar a unidade e a paz. Também certo pacifismo, que acredita na possibilidade de superar o conflito, ignorando o nosso inevitável envolvimento, é mais uma falsidade inconcludente.

Nesse contexto é quase uma obrigação histórica recordar que, enquanto o papa Honório III dava continuidade à Quinta Cruzada, promovida por Inocêncio III através do Quarto Concílio de Latrão, Francisco de Assis, em 1219, viajava ao Egito com o objetivo de promover a paz. Ele se encontrava com o sultão Al-Malik Al-Kamil, líder muçulmano, sobrinho de Saladino, em Damieta.  

Uma profética oposição à guerra e à teologia católica da guerra santa. Um pobre e desarmado testemunho do valor incomensurável da fraternidade, que vai pacificamente além dos pecados da cristandade europeia.

Um gesto de paz em tempos de guerra, que não se subtrai porém a implícita e também pacifica reprovação da traição do Evangelho e dos equívocos institucionais e culturais dos cristãos.

A proposta de diálogo de Francisco não se sustenta a partir de discursos e doutrinas, e nem de estudadas negociações diplomáticas, mas, evangélica e simplesmente, na pobreza radical no seu corpo, que se expõe indefeso aos riscos que comporta o encontro com o inimigo dos seus próprios conterrâneos. É a fidelidade radical à Cruz, à Ressurreição, ao Shalom, à Paz.

Francisco nos diz, também hoje, que a unidade surge, paradoxalmente, aos pés da cruz, na eliminação-crucificação do profeta Jesus que tomou partido ao lado dos agredidos da história. É a partir do patíbulo dos agressores romanos de onde surge, com o Seu perdão, a derrota definitiva do ódio, violência, guerra, morte.

Antes de recordar este episódio da vida de Francisco, por estranhos jogos da memória, voltava uma profecia inesquecível de Giorgio La Pira. Aliás, foi La Pira que nos conduziu a lembrar de Francisco de Assis e do seu diálogo com o Islam.

La Pira acreditava na tríplice família de Abraão: judeus, cristãos e muçulmanos são os herdeiros espirituais do patriarca bíblico e por isto têm uma vocação especial para o diálogo e a missão da construção da Paz.

Fiel à esta certeza utópica da Paz, foi um incansável articulador político. Pensamos nos Colóquios Mediterrâneos, iniciados em 1958, em que promoveu encontros entre líderes religiosos e políticos de países árabes e muçulmanos, buscando criar pontes de entendimento e cooperação. Ele acreditava que a política deveria ser guiada por valores evangélicos e espirituais e muitos, também do seu partido, a Democracia Cristã, o consideravam um ingênuo desconectado da realidade geopolítica e dos interesses econômicos.

La Pira acreditava que Jerusalém deveria ser uma cidade universal, “santuário espiritual da paz”, “jardim da humanidade”, santuário imortal dos filhos de Abraão. Para ele, a cidade santa não pertencia exclusivamente a um povo ou religião, mas era um patrimônio espiritual comum.

“(…) O Mediterrâneo, ao longo do qual vivem estes povos, não pode voltar a existir - é o seu destino! - um centro de atração e gravitação histórica, espiritual e política essencial para a nova história do mundo? Por que não começar, aqui mesmo, a partir da Terra Santa, a nova história de paz, unidade e civilização dos povos de toda a terra? Por que não superar com um ato de fé – religioso e histórico e, portanto, também político, nesta perspectiva mediterrânea e mundial – todas as divisões que ainda quebram tão gravemente a unidade da família de Abraão, para começar, precisamente a partir daqui, aquele inevitável movimento de paz destinado a abraçar todos os povos da terra e destinado a construir uma era qualitativamente nova (salto qualitativo!) na história do mundo?"[ii]

Hoje, não poderíamos ampliar a geografia e a política espiritual de La Pira, com a convicção de que toda Terra Santa é terra universal, santuário dos descendentes de Abraão? E em Hebron, Cisjordânia, na caverna de Macpela, o Túmulo dos Patriarcas, os descendentes de Isaac, Ismael e Jesus de Nazaré assinariam um protocolo metapolítico, que afirma a primazia do sentido espiritual e ético da política, a renúncia definitiva ao poder do estado e da guerra. E um solene e inadiável pacto multilateral em defender e construir, paciente e sistematicamente, uma unidade de intenções e de práticas plurais que, longe de representar homogeneidade padronizada, vise garantir um planeta-humanidade sem males, sem lágrimas, sem dor, sem morte! 

Notas

[i] CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, O PRIMADO DO SUCESSOR DE PEDRO NO MISTÉRIO DA IGREJA, 4.

[ii] Da Gerusalemme la pace del mondo, Note di Cultura, n. 36, febbraio 1968, Edizione Nazionale delle opere di Giorgio La Pira. giorgiolapira.org, sito della Fondazione La Pira.

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