‘Ação violenta e ilegal’: integrantes de flotilha que tentava chegar a Gaza estão incomunicáveis

Mariana Conti, Gabi Tolotti e Nicolas Calabrese | Foto: Divulgação

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02 Outubro 2025

Os três militantes do PSOL que estão na Global Sumud Flotilla, que tenta levar ajuda humanitária a Gaza, tiveram as embarcações que tripulavam interceptadas por Israel nesta quarta-feira (1º). A vereadora de Campinas Mariana Conti, a presidente do partido no Rio Grande do Sul, Gabi Tolotti, e o educador popular da Rede Emancipa Nicolas Calabrese estavam em dois dos 44 barcos do esforço internacional que se aproximava do território palestino.

A reportagem é publicada por Sul21, 01-10-2025.

A interceptação foi realizada pelas forças militares de Israel em águas internacionais, enquanto a Flotilha tentava ingressar no território de Gaza. “É uma ação violenta e ilegal de Israel contra ativistas de quase 50 países que estão tentando levar alimentos, medicamentos e próteses a um povo sob genocídio. O governo brasileiro precisa exigir a libertação imediata de todos os seus cidadãos detidos”, disse Mariana Conti, que estava no barco Sirius-Haifa.

Para Gabi Tolotti, que navegava no barco Spectre, o caráter pacífico da flotilha não justifica nenhuma medida de força por parte de Israel. “Somos uma missão humanitária não violenta, carregando mantimentos básicos para a sobrevivência do povo palestino e protegidos por todas as leis do direito internacional. A agressão de Israel é mais uma expressão da política genocida de manter Gaza sob bloqueio total e utilizar a fome como arma de guerra”, considerou.

Nicolas Calabrese, também do barco Sirius-Haifa, destaca que a luta para abrir um corredor humanitário em Gaza seguirá mesmo com o sequestro da atual Flotilha. “Somos parte de um movimento que começou há quase 20 anos, desde que a Faixa de Gaza foi colocada sob bloqueio por Israel. A Global Sumud Flotilla é a maior da história, e sua captura ilegal não impedirá que outras sigam o nosso caminho, pois a luta só terminará quando Gaza deixar de ser a maior prisão a céu aberto do mundo”, manifestou.

As declarações foram dadas pelos três integrantes do PSOL antes da detenção e atualmente eles se encontram incomunicáveis. A delegação brasileira na flotilha conta com 15 pessoas – além dos militantes do PSOL, estão também a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e Thiago Ávila, liderança internacional da Global Sumud Flotilla.

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